Didatura da minoria

As minorias organizadas estão mandando nas cidades, foi isso que aconteceu com a aprovação da lei dos mototáxis e é isso que acontece com a imposição de barulho e de tantas outras aberrações.

A maioria se recolheu e, amedrontada, está dentro de casa, sem manifestar-se.

A maioria dos eleitores não apóia a corrupção, mas a maioria dos congressista, que obteve o voto das minorias organizadas de seus Estados, respondem a processos por corrupção, formação de quadrilha, sonegação fiscal e tantos outros crimes.

A maioria dos cidadãos não aceita música alta, barulho, brega horrível, basta ir até a periferia e verificar, mas a minoria ameaçadora impõe sua vontade, no grito.

Nas praias, as famílias em volta das mesas brincam, bebem, comem, contam histórias. De repente chega um maluco, abre a mala do carro, exibe uma parafernália de som e, pronto, acaba o sossego de todos. As pessoa de bem encerram o papo e com medo da reação dos bagunceiros vão embora caladas.

Os mototaxistas não são a maioria, não são mesmo, mas prometem votar organizado e isso interessa aos candidatos, pois o processo eleitoral para o legislativo resulta na soma de voto das minorias organizadas de cada município.

Um deputado só se elege se o seu partido obtiver cadeiras e se ele for um dos mais votados da chapa. O cálculo é bem preciso e a campanha cirúrgica. A torcida de uma aparelhagem vota unida? Isso interessa para vencer a regra eleitoral. A maioria dispersa, embora maioria, não manda nesta democracia das minorias.

Para derrotar essa lógica tem uma saída, limpar o parlamento agora para fazermos a reforma política e mudar as regras no sentido de alcançar sempre a posição e o sentimento da maioria. Democracia é a vontade da maioria.

 

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