Chupa essa manga!


Eu sou um dos que defende que Jatene tem direito de ser candidato a reeleição. Alias sempre defendi isso. É direito dele, está na Constituição, tem que exercer. 
Que inventou esse negócio de renúncia, fui eu? Foi o Jader Barbalho? Foi a oposição? Não. Foi o próprio Jatene. 
Ele que dizia, em alto e bom som, para quem quisesse ouvir que por princípio era contra a reeleição. Dizia mais: "Oito anos de mandato no Brasil, uma democracia recente, é muito tempo". 
Repetiu isso pelo Pará inteiro como se estivesse abafando. Muita gente ouviu. 
Eu ouvi, Wandenkolk Gonçalves ouviu; dr. Milton Nobre ouviu; Orly ouviu; os prefeitos ouviram; a convenção do PSDB e dos partidos aliados ouviram; o Pará inteiro ficou convencido que Jatene era contra a reeleição por não achar condizente com nossa democracia.
Jatene repetia o mantra, "sou contra a reeleição por princípio" até na frente do espelho do Palácio dos Despachos. 
Tudo começou quando Almir decidiu ser candidato a governador. Jatene era quem tinha direito, mas Almir disse que queria ser. A oposição denunciou que havia um prévio acordo entre os dois. Jatene estava apenas marcado lugar para devolver o cargo a Almir. Jatene, para não ficar mal inventou esse negócio, e saiu bradando que era contra a reeleição por princípio. 
E agora? Agora ele deve dizer que se enganou e vir para disputa eleitoral prestar contas do seu governo. 
Eu sou pretendente a candidato a governador pelo PV. Se o PV aprovar meu nome na convenção disputarei com ele e vou cobrar outras coisas dele, menos essa bobagem que ele mesmo inventou. 

Terminal Hidroviário, podemos ter três

Jatene vai inaugurar uma obra. Vai mesmo. Será o novo Terminal Hidroviário. Esse nome quer dizer um porto de passageiros para os barcos que vem de outros municípios. O povo necessita de um obra dessas? Claro que necessita. O Governo sabe disso. Tanto sabe que esse será o segundo terminal hidroviário que vai ser pago com o nosso dinheiro.

Como assim, José Carlos Lima?

O primerio foi inaugurado pela Ana Júlia, no final do governo. Ela perdeu as eleições e novo Governador, Jatene, apontou muitos problemas e abandonou a obra pronta, iniciando um novo terminal. Pagamos dois e podemos pagar um terceiro.

Se Jatene perder as eleições, o novo governador, depois de tomar posse, vai verificar que o local onde foi construído o terminal de Jatene não tem estacionamento e pode, com isso, criar dificuldade para o funcionamento e mandar construir um terceiro terminal.

Jatene acusou Ana Júlia. Ana Júlia acusou Jatene. Quem tem razão eu não sei, sei sim, pagamos dois terminais e ainda não temos nenhum, mas podemos ter que pagar um terceiro.

Segurança no Pará chegou ao fundo do poço

Hoje no Pará o Estado não é capaz de dar aos seus cidadãos a segurança pública prometida na Constituição Federal e nas propagandas televisivas durante as campanhas eleitorais. Um pai não pode garantir a sua família que vai a padaria comprar pão e voltará em paz para o seu lar, simplesmente porque o sistema policial perdeu o controle da situação.

Ficou muito fácil contratar a morte de algum desafeto, ou mesmo de pessoas sem qualquer envolvimento com o mundo do crime, basta procurar nas esquinas algum matador de aluguel, dos muitos que existem na periferia de Belém, ou nos municípios que são praças conhecidas desse tipo de "profissional" do crime.

A policia parece que sabe quem é, onde moram e como agem, há indícios que indicam esse conhecimento, mas, por alguma razão que não sabemos explicar, ela simplesmente não faz o seu papel de investigar e prender os pistoleiros e traficantes.

O Governo do Estado podia pedir auxilio ao Governo Federal, uma união de forças poderia surtir efeito sobre a bandidagem. No Rio de Janeiro vem dando certo. Aqui poderia também ser eficaz. Lá as UPPs foram implantadas com sucdesso. Não foiu só a polícia, vieram junto com a repressão os programas sociais e de inclusão da juventude vunerável dos morros.

No Pará tínhamos o programa ProPaz e as UPPs começaram a ser copiadas. Lembro de um que no início do atual Governo foi implantada no bairro da Terra Firme. Não durou muito, logo o Programa ProPaz pegou o sentido das campanhas eleitorais, e seguiu pelos municípios tirando documento, pequenas cirúrgias, distribuíndo óculos e fazendo aquilo que os órgão públicos, como é o caso da saúde, não é consegue fazer como rotina.

O ProPaz que seria uma programa arrojado de cultrura de paz, transformou-se numa espécie de "Caminhão do Papudinho", lembram? A versão ficou tão empobrecida, que nem foi capaz de chegar perto do antigo "Presença Viva".

União, estado, municípios e sociedade numa união pela paz. Cada fazendo sua parte. É urgente o pacto pela paz.

Lei é potoca

O prédio em construção ilegalmente na Orla de Belém é revelador do tipo de elite que temos por aqui. Ela não tem preocupação com meio ambiente, com o bem comum e nem respeita a maioria. Não acredita no Estado Democrático de Direito. E tem certeza que seu poder de influenciar os órgãos e as pessoas em cargo de mando é o suficiente para quebrar todas as barreiras que se antepuserem sobre os seus interesses.

Em suma, continua valendo o dito baratista. Quando é para favorecê-los, eles sempre pensam "a lei é potoca".

É uma elite que não tem compromisso com a cidade ou com o estado. Aqui é para ganhar dinheiro e gastar com luxo e com viagens. Os filhos são preparados para partir, morar em outros lugares. Os nossos ricos não gostam de Belém e nem do Pará.

É comparado o fazendeiro do Marajó do século XIX. O gado é criado solto. A fazenda não tem cerca. Os empregados são escravos. Vacina, remédio, sal, são produtos de luxo. Lá tem umas choupanas para abrigar os vaqueiros e suas famílias que não frequentam escolas, não tem saúde pública e nem direitos trabalhistas. O fazendeiro nunca investe na melhoria do gado e no bem estar dos empregados. De lá, apenas tira tudo que pode. A única coisa diferente por lá é a casa grande. Uma casa de luxo no meio do nada. O fazendeiro marajoara precisa de conforto nos poucos meses que tem que ir até aquele inferno buscar a renda do que a terra e escravidão produziram. Assim é a nossa elite.

Daqui eles querem tirar tudo que podem e no período que ficam por aqui, por esse submundo atrasado, violento, brega, sem requinte, ganham dinheiro e precisam de um bom apartamento para descansar seus ossos quebrados de tanto contar o que ganharam com o nosso atraso, de preferência com vistas para baia, muito embora a miséria more bem ao seu lado.

A Lei Federal diz que áreas em beira de rio são consideradas de preservação permanente. Proíbe construções do tipo multifamiliar que alterem a paisagem, ameaçem o equilibrio geológico e os recursos hídricos. Os donos do terreno e da construtora sabiam disso. Sabiam porque o primeiro pedido de licença foi negado e lhes foi dito que não podiam construir o tal prédio ali, as margens da baia. E o que eles fizeram? Esperaram mudar os dirigentes do órgão ambiental e fizeram outra tentativa que acabou dando certo.

O MPF, o MPE e a sociedade tentaram barrar. A Justiça Federal mandou parar a obra, mas eles foram até Brasília e de lá sairam com uma decisão liminar para continuar a obra. Chegaram onde chegaram por acreditar que nada e ninguém pode para-los. É isso, assim pensa e age a nossa eleite.

Agora, eles apostam que não vai dar em nada. Quem é o juizo ou a Justiça que pode mais que eles? Quem é?




Perguntas que não sei responder

1. Jatene é candidato a reeleição? Não sei. Sendo candidato, vai permanecer no cargo? Não sei mesmo. Sendo candidato a reeleição, como fica o discurso dele que sempre foi contra por princípio?

2. O BRT não era com ônibus bi-articulados, para trezentos passageiros, com ar condicionado, bllhete único, integrado, vindo de Icoaraci a Belém, parando em abrigos superprotegidos e confortáveis, iguais aos de Curitiba?

3. Quanto o Hospital Galileu da Mário Covas recebeu de emenda parlamentar ao longo desses muitas anos em que vem sendo construído? O Estado não está pagando duas vezes e caro pelo mesmo hospital?

4. O prolongamento da João Paulo II está cortando o Parque do Utinga, tirando-lhe um pedaço e modificando os traçados da Unidade de Conservação, isso está de acordo com a Lei?

5. O Hospital Portos Dias vai ser comprado pelo Município? O preço está de acordo? Ali, naquele perímetro, tem vias e estrutura de trânsito para suportar dois hospitais em funcionamento?

6. Se o Prédio Premium está sendo construído em local proíbido e por isso está cometendo crime ambiental em área federal, por que o Ministério Público Federal ainda não ingressou com a ação penal?

7. Para ser conselheiro dos Tribuanais de Contas deve se ter reputação ilibada, como é que se apura a reputação dos candidatos? O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa que responde a processos pode apurar reputação alheia?

8. Belo Monte não cumpre os termos do Licenciamento Ambiental, por isso comete crime ambiental, por que as autoridades não tomam providências que a lei prescreve?

Prédio - a luta pela proteção da orla de Belém

Hoje haverá uma reunião da sociedade de Belém na sede da Câmara Municipal. Se você não concorda com a construção de prédios na Orla da nossa cidade. Vá lá e participe.

PV de Belém tem nova direção

No dia 14 de fevereiro, sexta-feira, às 18 horas, o Partido Verde fará cerimônia de posse, na Câmara Municipal de Belém, da sua nova direção em Belém. A nova direção do PV será presidida pelo advogado, presidente da comissão previdenciária e conselheiro da OAB Pará, Cleans Bonfim.

A nova direção do PV em Belém terá a missão de organizar o partido em todas as zonas eleitorais, fazer crescer o número de filiados no município e também inserir o PV em demandas concretas da sociedade por uma “Belém Ecopóle da Amazônia”. O PV não aceita que a Cidade perca suas áreas verdes, seja pouco arborizada, não trate o esgoto e não tenha um plano de mobilidade urbana que inclua pedestres e ciclistas.


Na ocasião, o partido prestará uma justa homenagem ao deputado Gabriel Guerreiro, falecido recentemente, instituindo a “Medalha de Mérito Ambiental Gabriel Guerreio”. Serão distribuída apenas duas medalhas a cada e será concedida a uma empresa ou instituição e a uma personalidade que, de alguma forma, contribuíram para preservação do meio ambiente ou para o desenvolvimento com sustentabilidade. A escolha será feita por um conselho formado por intelectuais ligados ao estudo ou a causa ambiental da Amazônia.

PSOL lançou Araceli Lemos

O primeiro turno das eleições é feito para debater propostas. E propostas dependem de candidaturas lançadas. As forças políticas tem obrigação de lançar seus candidatos e apresentar programas.

Hoje fiquei muito feliz em saber que o PSOL lançou Araceli Lemos como sua pré-candidata. Agora o pleito começou a ficar democrático, é o fim da polarização entre o bem e o mal. Afinal de contas, o Pará é colorido, onde a cor verde ainda predomina.

O PV com candidatura própria. O PMDB com candidatura própria. O PSOL com candidatura própria. O governo com candidaturas. Assim, já temos garantindo pelos menos quatro visões sobre os problemas dos paraenses.

O PT, embora tenha polêmica interna, e contrariando a expectativa das suas bases, parece que decidiu seu caminho, será aliado do PMDB.

Ainda podem sair outras candidaturas, como a do ex-prefeito Duciomar Costa. O PSTU tradicionalmente lança candidato, espero que mantenha-se na mesma perspectiva.

As pessoas querem opções sobre segurança pública, saúde, educação, cultura, esporte, desenvolvimento e meio ambiente, pelo menos. Uma mais esquerda, outra de centro, algumas de direita.

O PV, que não acredita em esquerda e direita, proporá um caminha em frente.

Dia 19.03, no Gasômetro a nossa Fundação Verde Herbert Daniel realiza debate sobre os desafios para tornar o Pará um estado rico para as pessoas.

O turismo gera emprego e renda sem poluir

Ao pé dos bancos, às cinzas de Jorge e Zélia
Ao pé dos bancos, às cinzas de Jorge e Zélia

O turismo é uma indústria limpa e desejada por qualquer governo, por movimentar a economia do entretenimento e serviços como nehuma outra é capaz de fazer. O Pará, um estado pujante, de localização privilegiada, com grande parte da exuberante floresta Amazônica, campos de natureza, cerrado e região costeira, dono de um rica história do período colonial, possuidor de inigualável diversidade étnica e de uma rica culinária, não valoriza essas marcas e nem cria condições para atrair turistas.

Em Salvador, onde o turismo já é forte, os governos sempre querem mais e mais turistas, por um tempo de permanência cada vez maior. Estive lá recentemente, onde participei da cerimônia de assinatura do termo de comodato entre a família de Jorge Amado e Zélia Gattai e a Prefeitura. Os familiares dos escritores estão entregando a casa da Rua Alagoinhas, 33, no bairro do Rio Vermelho, para que o Memorial Casa do Rio Vermelho seja construído com o acervo dos baianos famosos. ACM Neto, no ato da assinatura, destacou que o objetivo da Prefeitura era dar motivo ao turista para ficar um dia a mais em Salvador.

A Casa onde moraram Jorge Amado e Zélia Gattai é bonita e o acervo tem grande valor para a cultura nacional. Todavia no Pará temos, da mesma forma, escritores renomados, com grande acervos, além disso temos atrativos ímpares, iniguláveis, todos dentro de uma moldura exuberante construído pela natureza. A civilização europeia ocupou a América do Sul entrando pela Amazônia. Isto é potencialmente um diferencial.

Certa vez, visitando a exposição “Homem das Américas”, na sede do Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, deparei-me com peças de artesanatos tapajônicos classificadas como as mais antigas peças fabricadas pelo homem no continente.

O ex-deputado Gabriel Guerreiro, recentemente falecido, era dono de uma tese que a Amazônia foi habitada por uma civilização muito antiga, que ocupou as várzeas do Grande Rio e ali deixou muitos vestígios que merecem ser pesquisados, catalogados e expostos também como produtos turísticos, além de objetos científicos.

Demorei-me um pouco na Bahia, e lá, conversando com intelectuais sobre a Amazônia, fui surpreendido com a pergunta sobre os americanos que migraram para Santarém depois da Guerra de Secessão. Respondi que não conhecia bem a história, mas falei com entusiasmo de Fordlândia e vi que todos se interessaram e ainda alongaram a conversa sobre Jari e Daniel Ludwig.

Fordlândia e Jari podem se transformar em atrativos para pessoas interessadas na história desses dois homens visionários. Associar a região à história da indústria automobilística, creio que atrairia americanos, que terão a oportunidade de conhecer a exuberância da região e tomar banho nas deliciosas praias do Caribe Brasileiro.

O rios Tocantins, Araguaia, Xingu, Fresco são de significativo valor turísticos. A Floresta Nacional dos Carajás reserva surpresas aos visitantes.  A Serra das Andorinhas, também conhecida como Serra dos Martírios, habitada antigamente por povos que deixaram rastros de sua existência em pinturas e cerâmicas, a abriga um ecossistema dos mais ricos do Brasil em termos de diversidade biológica. Possui um total de 292 cavidades geológicas, entre elas 26 cavernas e 36 grutas.  (http://pt.wikipedia.org/wiki/Serra_das_Andorinhas)

O Pará tem marcas fortes e uma ínfima política de turismo. Os números de pessoas que escolhem nosso estado para passar férias, passear, divertir-se, conhecer história, pontos geográficos, culinária ainda é muito pequeno por falta de investimentos na infraestrutura para recebê-los. Basta ver que 28% de todos os turistas do mundo viajam pelos seguinte motivos: natureza, ecoturismo e aventura.


Originalmente publicado no jornal Correio do Tocantins

O PT não aceita o julgamento das instituições nacionais


André Vargas repudia Joaquim Barbosa com o punho cerrado durante a sessão de abertura dos trabalhos na Câmara dos Deputados. O que fez Barbosa para merecer críticas? Fez o que sua função de juiz requer. Apurou e depois de ver provas, ouvir depoimentos, analisar defesas, se convenceu que houve crime e propôs a condenação dos réus do "mensalão". Réus de muitos partidos.

O voto do relator foi aceito por maioria de votos, mas Joaquim Barbosa, tronou-se o alvo do PT. E só o PT age assim, os outros partidos que tiveram condenados se conformaram com o resultado. Se os outros ministros não concordassem, não haveria condenação. O PT ataca o ministro Joaquim com tudo que pode, até com gestos incabíveis.

O punho cerrado, do jeito que André Vargas fez em repúdio ao Joaquim, era usado por membros da Internacional Comunista quando cantavam o hino de unidade das forças de esquerda contra as desigualdades sociais:
"...
Crime de rico a lei cobre,
O Estado esmaga o oprimido.
Não há direitos para o pobre,
Ao rico tudo é permitido.
À opressão não mais sujeitos!
Somos iguais todos os seres.
Não mais deveres sem direitos,
Não mais direitos sem deveres!

Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional"

…"

Por mais respeito que se tenha à história dos militantes condenados, eles foram condenados por uma corte superior da democracia brasileira e a sentença é para ser cumprida. O PT não pode se transformar em órgão superior da democracia brasileira, único responsável por dizer a verdade.

O PT é um partido que sonhou em construir um sociedade justa e sociedade justa só existe se a lei for aplicada, doa a quem doer. O hino termina com essa boa lição:

"...
Pois somos do povo os ativos
Trabalhador forte e fecundo.
Pertence a Terra aos produtivos;
Ó parasitas deixai o mundo
Ó parasitas que te nutres
Do nosso sangue a gotejar,
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol de fulgurar!

Bem unido façamos,
Nesta luta final,
Uma terra sem amos
A Internacional

…"


 

Posts Comments

©2006-2010 ·TNB