Açoreanos povoaram Bragança a partir de 1753

O governador Fracisco Xavier de Mendonça Furtado, irmão do Marques de Pombal, no ano de 1753: "Dá o nome de Bragança a Vila de Souza no Caité, que assim se chamava por ser este o appelido do seu antigo Capitão Donatario (Álvaro do Souza); e como entaõ por extremo puco animada jazia pobremente entre ruinas pede aõ Ministerio que a mande povoar de Ilheos Açorianos para que cresça e propere. Erige ao pé da Casa Forte do Rio Guamá a Villa de Ourem, principiando-a com cento e sessenta Indigenas tomados a diversos Contrabandistas; e nella estabelece uma Escola de lingua Portugueza para a Mocidade. Obetem do Ministerio algumas familias e homem solteiros ilheos Angrenses e Michaelenses para lançar raizes de vivenda nesta Povoaçaõ. Funda um Lugarejo como o nome de Tentugal quasi nas vertentes do rio Caité com alguns Casaes a fim de terem canoas promptas para communicaçaõ dos habitantes de Ourem com os de Bragança;"
Estas informações estão no livro Compêndio das Eras do Província do Pará , pags 160 e 161 de Antônio Ladislau Monteiro Baena.

Quero ver como ficam os historiadores de Bragança diante dessas informações. A Vila do Souza do Caité passou a se chamar Bragança em 1753 e foi povoada, entre outros, por açoreanos trazidos pelo Governador Mendonça Furtado. A ligação de Bragança para Belém começava como um trecho de feito de canoa até a Vila Tentugal. De lá seguia-se em lombo de animal até Ourem. De Ourem vinha-se de barco até Belém. Gostaram?

Novo Marco da Mineração

Mais competitividade, mais riqueza para o Brasil


 
A história mostra que a mineração foi fundamental para a expansão de nossas fronteiras e a ocupação de nosso território.
A mineração garante o desenvolvimento de um país, pois cria demandas por infraestrutura e serviços, induz a instalação de indústrias de transformação e de bens de capital, interioriza a população, gera empregos, renda e reduz as disparidades regionais.
O Novo Marco da Mineração proporciona maior planejamento do setor e permite ao Estado garantir o uso racional dos recursos minerais para o desenvolvimento sustentável do País.
MUDANÇAS PROPOSTAS: 
 - Criação do Conselho Nacional de Política Mineral
  • Órgão de assessoramento da Presidência da República na formulação de políticas para o setor mineral.
 -Criação da Agência Nacional de Mineração
 • Órgão responsável pela regulação, gestão das informações e fiscalização do setor mineral.
 • Autarquia Especial dotada de autonomia administrativa e financeira vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
 • Extinção do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM.
 • A agência garantirá o equilíbrio do mercado, coibindo práticas que possam comprometer o funcionamento do setor mineral.
 PROPOSTAS PARA NOVOS REGIMES DE APROVEITAMENTO MINERAL: 
Os direitos minerários somente poderão ser concedidos ou autorizados a sociedades constituídas segundo as leis brasileiras, organizadas na forma empresarial ou em cooperativas, com sede e administração no país. 
- Contrato de Concessão para Pesquisa e Lavra
 • As concessões serão precedidas de licitação ou chamada pública;
 • Título único para pesquisa e lavra;
 • Prazo de 40 anos renováveis por 20 anos, sucessivamente;
 • Critérios de habilitação técnicos e econômico-financeiros;
 • Exigência de conteúdo local
 • Previsão de uma fase de pesquisa com prazo definido.
 - Licitações
 • Rodadas de licitação em áreas definidas pelo Conselho Nacional;
 • Os critérios poderão incluir: Bônus de Assinatura; Bônus de Descoberta; Participação no Resultado da Lavra e programa exploratório mínimo.
 - Chamadas Públicas
 • A chamada pública tem por finalidade identificar eventuais interessados na obtenção de uma concessão em áreas não classificadas pelo Conselho Nacional como de Licitação Obrigatória;
 • Processo de seleção simplificado.
- Autorização de Exploração de Recursos Minerais
 • Dispensa de licitação para exploração de minérios destinados à construção civil; argilas para fabricação de tijolos, telhas e afins; rochas ornamentais; água mineral e minérios empregados como corretivo de solo na agricultura.
 • Prazo de 10 anos, prorrogável sucessivamente.
COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS MINERAIS (CFEM) 
- Nova Base de Cálculo
 • Receita bruta da venda deduzidos os tributos efetivamente pagos incidentes sobre a comercialização do bem mineral.
- Alíquotas
 • Valor máximo definido em lei (até 4%).
 • Alíquotas especificas para cada bem mineral definidas em regulamento.
 - Critério de Distribuição
 • A regra permanece a mesma. A distribuição da CFEM será feita da seguinte forma:
  ► 65% para os municípios;
  ► 23% para os estados; 
  ► 12% para a União.

Fonte: Ministério das Minas e Energia

O Pará produziu café e não produz mais

Trago a prova definitiva que o Pará no lugar de avançar, desenvolvendo sua economia e crescendo para se tornar uma potência mundial, regrediu.

O trecho a seguir foi retirado do livro de Antonio Baena, intitulado "Compêndio das Eras da Província do Pará", e mostra um Pará pujante, cuja exportação não dependia de minérios e sim de produtos agrícolas como cacau e café. A produção era tão grande que havia cargas para treze navios por ano, para uma população de mil chefes de família.

Onde foi que erramos para no lugar de crescer, regredir? Será que nossa aposta nos minerais nos tirou definitivamente do nosso verdadeiro caminho de desenvolvimento?

Leia, reflita e chore de tristeza, depois refaça suas energias cabanas e vamos a luta salvar o Pará dos seus equívocos históricos, muitos dos quais impostos de fora para dentro, com conivência de lideres locais, é verdade.

Um parque e mais edificios para Belém



A desativação do Aeroclube para que ali seja construído um novo Parque para Belém é um boa bandeira, sem dúvida, mas cheias de desafios. Vamos estudar todas as conseqüências dessa proposta. 

Retirar o serviço de táxi aéreo e leva-los para aeroporto, necessita autorização da Aeronáutica, através do DAC e do Infraéreo, pois seria necessário construir hangares para as pequenas aeronaves. 

Precisamos resolver o problema da escola de pilotagem. O Aeroclube do Pará forma pilotos e pára-quedistas e precisa de área para instrução.

Superado esses primeiros óbices, diga-se que há boa vontade para tanto, tem que ficar amarrado a utilização da área como parque e não para outras funções.  Para concretizar o parque, precisa ver a de quem é propriedade do imóvel, que parece pertencer a união. Se for da união, saber se ela está disposta a ceder a prefeitura. A prefeitura tem que ter verba para o Parque. 

Uma última e importante questão, diz respeito a construção de prédios na área. Hoje o gabarito daquela região sofre restrições por causa justamente do pouso e aterrissagem dos pequenos aviões, se retiramos o aeroporto, retiramos as restrições, permitindo que se possa construir muitos prédios por ali, principalmente em terrenos das Forças Armadas. Ali é uma região com bastantes áreas verdes.

Mesmo com todas essas questões, o tema é palpitante de não deixa de ser um grande desafio debatê-lo. O que vocês acham?

Todos são iguais perante a lei

Todos são iguais perante a lei. Penso nisso todos os dias em que os condenados do mensalão pedem benefícios no cumprimento de suas penas. E penso assim por causa dos condenados por outros crimes. Se todos são iguais perante a lei, cada benefício concedido a um dos mensaleiros devem ser estendido aos demais presos, isso é inevitável.

Os demais condenados brasileiros devem, de dentro de suas celas, estar torcendo pelo sucesso dos mensaleiros. Eles acabaram sendo líderes em busca de soluções reivindicadas para o sistema penal. Da superlotação a alimentação, tudo pode mudar para todos os presos brasileiros, basta atender o que pedem os mensaleiros e os benefícios serão extensivos.

Vamos aguardar para ver se de fato todos são iguais perante a lei.

Execuções continuam acontecendo, por quê?

Hoje, abri o jornal e vi que mais pessoas foram executadas na Região Metropolitana de Belém. Os que morreram tinham passagem pela polícia, pelo menos foi o que disse a reportagem que li. Se tinham mesmo não tenho como saber. O jornal diz que tinham. Se tinham ou não, eles foram executados e isso fere a nossa Constituição Federal e os mais comezinhos princípios de direitos humanos, previstos nos tratados, dos quais o Brasil é signatário.

Pelo número de mortes, acredito que existam por aqui em plena atividade vários grupos de extermínio. Existem aqueles ligados aos próprios bandidos. Mas existem outros de origem não idetificada. Espero apenas que nem um desses grupos seja composto por integrantes das corporações pagas para nos dar segurança e fazer cumprir a lei.

Ferrovia da Vale é liberada por estudos defasados



Para retirar todo o ferro do complexo Serra Sul em vinte e dois anos e exportar enormes quantidades minerais, a Vale conseguiu, em 06 de maio deste ano, que o IBAMA emitisse a Licença de Instalação para as obras de implantação do Ramal Ferroviário Sudeste do Pará, localizado nos municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás, com extensão de 101,1 km.

A construção do Ramal Ferroviário Sudeste do Pará utilizará 3.000 operários, mas na fase de operação serão empregadas diretas apenas 270 pessoas para mover e fazer manutenção de uma frota de 56 locomotivas com 4.620 vagões, que todos os dias cruzarão as áreas urbanas dos municípios atingidos, transportando por ano 130 milhões de toneladas de ferro rumo ao Ponta da Madeira em São Luís do Maranhão.

A Licença de Instalação foi concedida com base em Estudos de Impacto Ambiental apresentado em 26 de Janeiro de 2011 e aceito pelo IBAMA em 23 de Fevereiro. Significando que todo os levantamentos foram feitos com dados anteriores, por exemplo, ao Censo de 2010 do IBGE, portanto em estimativas e não em levantamentos concretos da realidade.

A análise técnica do IBAMA aponta o fato: “O EIA utiliza dados do Censo 2000 para avaliar o IDHM dos municípios em análise, o Censo 2010 estava em aplicação enquanto o EIA era elaborado”. Todos os dados utilizados no EIA, e que deram origem ao RIMA, estão no mínimo com seis anos de defasagem portanto não tem qualquer validade cientifica, contribuindo para a completa nulidade das duas audiências públicas e das licenças emitidas pelo IBAMA.

O Estudo de Impacto Ambiental, baseado em dados desgastados e completamente fora da realidade, levaram a um relatório de impacto ambiental e também a compensações que não mitigarão os danos ambientais que serão causados pelas obras e pelo funcionamento diário da ferrovia.


Os ruídos, por exemplo, da circulação das composições pelo Ramal Ferroviário, com as 56 locomotivas, seus muitos vagões, com 30,5 km dentro da área urbana da cidade de Parauapebas, foram mal dimensionados.

Os dados de expansão urbana utilizados, com no mínimo seis anos de atraso, deixaram de considerar os novos bairros e a proximidade destes com a ferrovia. Os trens circularão em intervalos muito curtos, emitindo ruídos e vibrações ainda não calculados. A indicação pelo EIA de que os ruídos emitidos pelas composições ficarão entre 72 e 75 decibéis é completamente absurdo e inaceitável.

O mais prudente seria cancelar as licenças, realizar novos estudos adaptados aos dados atuais e convocar novas audiências públicas para consultar as populações atingidas diretamente.

Uma última observação diz respeito à aplicação do valor da compensação ambiental prevista, os R$ 8.873.970,53 correspondentes ao grau máximo de impacto ambiental de 0,5%. O relatório técnico indica que o valor deve ser utilizado integralmente na Floresta Nacional de Carajás. Discordo completamente. O impacto urbano sobre Canaã dos Carajás e Paraupebas suprimirá muitas áreas verdes urbanas, por isso parte desse valor deveria ser utilizada na construção de parques, reservas urbanas ou arborização, como forma de dar mais conforto térmico a essas áreas.

Por fim, volto a afirmar que o processo de licenciamento ambiental da RFSA feito integralmente pelo IBAMA, sem a participação ativa dos dois municípios diretamente afetados e do estado do Pará, fere o art. 23 da Constituição Federal que prevê competência comum aos entes federados.

Oposição não é destruição

Ser oposição é apontar os defeitos e propor novas soluções. A meta é atingir o bem comum, tendo em vista que devemos buscar sempre um mundo melhor para todos.

Vejamos um caso concreto A segurança pública de todos os cidadãos paraenses. Hoje ninguém está imune de ser vítima de qualquer violência urbana no Pará. Os delitos criminosos atingiram todos os municípios, tanto faz ser na zona urbana quanto rural, em municípios pequenos, médios e grandes, todos estão sujeitos a crimes e criminosos.

O Governo atual é responsável e disso não pode se escusar. Mas é responsável por tudo que encontrou, lógico que é. A responsabilidade aqui não é a de ter causado a violência. O Governo é responsável por encontrar as soluções e executar medidas que combata a violência e garanta a paz ao povo.

A oposição também tem responsabilidade. Os que perderam as eleições ou pretendem apresentar-se como candidato tem obrigação de apontar alternativas as propostas oficiais, mas podem concordar com as medidas adotadas pelo Governo e ajudar na sua implementação. A oposição não pode fazer duas coisas: ficar de braços cruzados para ver o circo pegar fogo ou contribuir para o fracasso de medidas que são favoráveis ao povo.

O Governo também não pode ser auto-suficiente, achando que só ele tem razão e tudo que vem da oposição não presta. Deve lembrar, acima de qualquer coisa, o fim a ser alcançado é o bem estar da população.

No Pará, há muito tempo que Governo e Oposição não agem em favor do povo. No lugar de ao final das eleições desarmarem os palanques, eles mantém o clima de campanha permanente. Os problemas aqui passam a ter cores dos partidos. Quem está no Governo, quer resolver tudo sozinho, fecha os ouvidos para as críticas e soluções. Quem está na oposição joga pedra e torce contra, mesmo que isso signifique colocar em risco o bem estar da população.

Tudo funciona mais ou menos como as torcidas de Payssandu e Remo. Se o jogo é contra um time de fora, não importa, torcemos para que o da casa leve uma surra, seja humilhado em campo. Cada gol do time de fora do Pará no nosso adversário interno é uma festa que fazemos. Muita gente torceu para o Pará perder a copa para Manaus. O Pará perdeu. Os hotéis perderam. O turismo perdeu.  Nossa economia perdeu. Tudo bem, pois a Governadora foi derrotada nas urnas, é que importa.

Antonio Lemos foi um visionário administrador de nossa cidade. Planejou bairros, construiu praças, implantou esgotos, criou parques. Mas foi arrancado de casa de pijama por uma turba enfurecida, estimulada pelos seus oposicionistas. Antonio Lemos pegou um navio, foi embora e nunca mais pois os pés por aqui. Ficamos na saudade. Os que venceram Antonio Lemos impuseram a política com ódio, resumida na frase "aos amigos, a lei; aos inimigos, os rigores da lei", e assim continua até hoje.

Para por fim a esse tipo de política nefasta, o eleitor precisa reprová-los. Não devemos aplaudir as atitudes destruidoras dos nossos interesses. Queremos que a oposição de prepare bem, apresente alternativas e ajude o governo a melhorar nossas vidas. Queremos que o governo deixe de partidarizar os problemas, escute com humildade as criticas e aceite as sugestões. Antes de pensar em vocês, pensem em nós o povo.


Guaimiaba


Minha homenagem ao líder tupinambá, morto durante uma massacre feito pelos portugueses. A música é interpretada por Salamão Habib do CD Omani Omani. 

Será que o Pará foi amaldiçoado?



Será que o Pará foi amaldiçoado? Tenho me feito essa pergunta constantemente por não me conformar com as atitude da nossa classe política.

Aqui eles não brigam para construir. A briga é sempre para destruir, arrasar, acabar, fenecer. Se você não concorda e quer propor outro caminho, recebe uma carga pesada de destruição. 

Briga sempre tem em política, mas há que ter limites e o limite deve ser o bem coletivo. Para mim, se Jatene faz coisas boas, eu elogio e não tou nem ai. Se Jader defender boas propostas para o povo, também estou a favor.

Mas essa não é a prática.

Donde vem tamanha praga? Será que a matança generalizada de milhões de tupinambás é causa? Sei lá.

Encontrei um relato histórico que dá sentido a minha pergunta. Veja o que diz Antonio Baena:

Minirreforma eleitoral é aprovada pelo Senado


O Senado Federal aprovou ontem (20/11), em Brasília, o Projeto de Lei 441/2012, mais conhecido como minirreforma, com alterações administrativas e procedimentais no processo eleitoral. De acordo com o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), por não estarem afetadas pelo princípio da anualidade, as alterações irão valer para as eleições de 2014. Agora o Projeto de Lei segue para sanção presidencial.

O que muda com a minirreforma eleitoral aprovada ontem pelo Senado:


CABOS ELEITORAIS
Para cada candidato, o número de cabos eleitorais pagos não poderá passar de 1% do eleitorado nos municípios com até 30 mil eleitores. Nos demais municípios, a contratação é de mais uma pessoa para cada mil eleitores que excederem os 30 mil.

JUSTIÇA ELEITORAL
O poder de auditoria da Justiça Eleitoral se limitará a contabilidade, prestação de contas e despesas de campanha eleitoral dos partidos.

PROPAGANDA EM BENS PARTICULARES
Proíbe-se propaganda eleitoral em bens particulares com placas, faixas, cartazes, bandeiras, pinturas, cavaletes e bonecos. Será permitido o uso de adesivos, limitados a 50cmx40cm. Em carros, só é permitido o uso de adesivos microperfurados nos para-brisas traseiros.

COMÍCIOS
Os comícios de encerramento de campanha poderão durar até às 2h da manhã, mas os demais devem ser realizados entre 8h e 24h. O texto libera os carros de som e minitrios elétricos, com limite 80 decibéis medidos a 7 metros de distância.

FISCAIS DE ELEIÇÃO
Limita a dois o número de fiscais de cada partido ou coligação por seção eleitoral.

MULTAS
Limita parcelamento de multas eleitorais a 10% da renda do candidato, em até 60 meses.

ENTREVISTAS
Pré-candidatos poderão pedir voto em entrevistas, programas, encontros ou debates. Os eventos poderão ter cobertura da mídia e ser transmitidos pela internet.

REDES SOCIAIS
Libera a campanha nas redes sociais e considera crime eleitoral a contração de pessoas para publicar mensagens com ofensas a candidato, partido ou coligação.

COLIGAÇÕES
Isenta os partidos que participarem de coligações da responsabilidade sobre excessos cometidos por candidatos de outros partidos nas propagandas partidárias.

CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS
Deverão ser feitas entre 12 e 30 de junho do ano em que se realizarem as eleições.

TEMPO DE CAMPANHA
Começarão no dia 7 de julho, em vez de ser no dia 5, como é hoje.

CONTAS DE CAMPANHA
Dispensa de comprovação doações de bens móveis de até 4 mil e doações decorrentes do uso comum de sede e de material. Passagens aéreas com recursos do Fundo Partidário serão comprovadas com fatura ou duplicata da agência de viagem.

VALOR DE ANÚNCIO
Propaganda eleitoral na imprensa escrita deve vir acompanhada do valor pago.

GASTOS COM ALIMENTAÇÃO E PASSAGENS
Limita a 10% da receita obtida. Gastos com aluguel de carros, a 20% dessa receita.

FUNDO PARTIDÁRIO
Quanto às penalidades pelo uso incorreto, proíbe-se suspensão dos repasses aos partidos durante o segundo semestre do ano em que se realizarem eleições.

DUPLA FILIAÇÃO
Prevalecerá a filiação mais recente.

ENTREGA DE MATERIAL ÀS EMISSORAS
Gravações da propaganda eleitoral têm de ser entregues com antecedência de seis horas do horário previsto para início do programa.

GRAVAÇÕES EXTERNAS
Retira da lei proibição de uso de gravação externas, montagens, computação gráfica, desenhos animados e efeitos especiais nas propagandas eleitorais.

IGUALDADE DE GÊNERO
Nos anos eleitorais, a Justiça Eleitoral poderá fazer propaganda para incentivar a participação feminina na política, entre 1º de março e 30 de junho.

Fonte: Jornal do Senado

Também fui assaltado

Depois de participar de uma sessão do conselho da OAB sobre violência, onde a cúpula da segurança pública compareceu para apresentar dados e propostas para responder ao crescente número de crimes que atingem todos e de todas as classes, fui para casa de carona no carro do conselheiro Cleans Bonfim comentando sobre a insuficiência das explicações das autoridades.

Na porta do meu prédio, quando me preparava para descer, um jovem muito nervoso, encostou uma arma e me obrigou a entrar no banco traseiro e deu ordem ao conselheiro Cleans, ao volante, que segui-se em frente, sem fazer qualquer gracinha, obedecendo suas ordens, caso contrário eu seria morto.

Com a arma todo o tempo apontada para mim, o jovem disse que era menor, estava doidão, nada tinha a perder e queria tudo, dinheiro, relógio, eletrônicos, etc. Começou um tensa negociação entre nós e o bandido. A muito custo, conseguimos acalma-lo e fazê-lo aceitar o dinheiro de nossas carteiras e o relógio do conselheiro Cleans.

Na esquina da Caripunas com a Generalíssimo, o bandido nos largou e correu para a baixada, sem saneamento, escura, sem asfalto, sem área de lazer e sumiu na escuridão do canal que corta a rua e que ainda espera de que as obras de macrodrenagem reiniciem.

Saímos do local o mais rápido que podemos e fomos a delegacia de São Braz registrar, para efeito das estáticas, a ocorrência.

A delegacia estava lotada, apenas um delegado de plantão e um investigador trabalhando muito para dar conta de duas guarnições que faziam apresentação de flagrantes de assalto, um grupo envolvido em acidente de trânsito, um idoso tarado que, bêbado, apalpava mulheres em plena rua e uma jovem e sua mãe. Todos aguardavam serem atendidos pelos poucos funcionários.

Enquanto aguardávamos para registrar o assalto, aproximei-me da mãe e filha e descobrir, estupefato, que se tratava de uma jovem advogada, assaltada ao sair de casa, em plena Travessa Guerra Passos, Canudos. Dois jovens, armados, em uma bicicleta, aproximaram, renderam a colega e levaram sua bolsa com tudo, inclusive com o cartão da Ordem.

Ao relatar o assalto para o escrivão, voltou-me as cenas e os detalhes. Percebi que em nem um momento tive raiva do bandido. Não sei qual foi de fato o meu sentimento além do pânico. O rosto daquele jovem pobre e de periferia, que será em breve assassinado pela polícia ou pelos traficantes, não quer sair da minha mente. Não lembro de detalhes, não serei capaz de reconhece-lo ou fazer um retrato falado, não o consigo individualiza-lo, ele para mim é um rosto coletivo de uma sociedade apodrecida que pede socorro e recebe droga, bala, privações.

Eu já vi aquele assaltante em muitos cabos eleitorais que balançam bandeiras, distribuem santinhos de políticos nos dias das eleições e vendem o voto para comprar mais drogas ou quem sabe completar com o dinheiro do bolsa família o valor das prestações.

Na delegacia, recebemos o apoio dos colegas Imbiriba e Leonardo. Pelas redes sociais, todos os conselheiros da Ordem prestaram solidariedade. Quando a notícia se espalhou pelo facebook, o assunto virou um debate com muitas opiniões e muitos relatos de outros assaltos. Cleans deixou-me em casa, voltei para a segurança da minha família, mas não consegui dormir e não consegui parar de pensar no assalto.

O que me perturba é a saber que lutamos tanto por uma sociedade justa e os nossos líderes não foram capazes de preservar a paz  e garantir um futuro para o nosso povo. Me incomoda a posição assumida pelo Governo do Estado de que está tudo bem. Me incomoda saber que por trás dos muitos jovens tem um corrupto e um traficante rico estimulando o aumento da criminalidade. Me incomoda o silêncio por medo dos homens de bem.

A OAB continuará pressionando o Estado. Mas a sociedade precisa mostrar nas ruas sua insatisfação.

Meu carro matou um Filipino


Você ouviu falar no supertufão Haiyan? Ele arrasou as Filipinas recentemente, um país de ilhas. Foram 10 mil mortos e 4.5 milhões de afetados. Agora, você sabe o que causou todo esse desastre? As mudanças climáticas, meu bem. 

Quando fui noticiado do tufão, pensei: meu carro matou um Filipino. Com remorsos, dormi muito mal. As mudanças climáticas estão sendo ocasionadas pelo excesso de gases de efeito estufa na atmosfera. Os gases emitidos da terra sobem e formam uma camada cada vez mais espessa e duradoura, impedindo que o calor se disperse livremente no universo.
Muitos fatores provocam as emissões dos gases. O desmatamento, o pum dos inúmeros animais ruminantes como o boi, a decomposição do lixo diário, as indústrias e os carros. Sim, os carros e seus gases. Cada acelerada que você dá para se deslocar até ao salão de beleza, à padaria, à farmácia, ao supermercado, ao trabalho, emite gáses. Um carro não altera significativamente, mas milhões deles, todos os dias, fazem grande diferença. 

As mudanças climáticas afetam a maior área do planeta, que são os oceanos. Os mares aquecem e nas áreas mais profundas formam-se os tufões, embora em menor quantidade, são mais intensos. O Haiyan chegou com ventos de até 190 quilômetros por hora, tendo seu olho, mais de 90 quilômetros, arrasando tudo que encontrou pela frente. 

Muitos desastres aconteceram em todo o mundo. No Brasil, em 2010, o Governo destinou 4,6 bilhões para auxiliar vítimas dos muitos eventos desastrosos, como o que ocorreu na região serrana do Rio de Janeiro.

“O aumento de eventos como furacões, secas extremas, enchentes em regiões costeiras e em várzeas de rios, deslizamentos de encostas, entre outros, vai obrigar milhares a deixarem o local que habitam.  A extensão do fenômeno ainda é difícil de avaliar – as estimativas variam entre 25 milhões e 1 bilhão de “deslocados” até 2050, segundo levantou o pesquisador Oli Brown em livro sobre o tema, publicado pela Organização Internacional de Migração.” ( Fonte G1)

Você pode estar se perguntando: contra uma força devastadora dessas, o que eu posso fazer? Muita gente pensa que só o seu carro andando pela cidade não vai fazer diferença. Vai. Um carro, dois carros, muitos carros, muitos gases, mais tufões e muitas mortes. Dê exemplo para seu filho diminuindo o uso do seu carro.

Só isso ajuda? Ajuda, mas não é tudo. Lute na sua cidade por transporte coletivo de boa qualidade para todos. Lembre-se que uma boa cidade é aquela que até o rico anda de ônibus. Também exija do prefeito a construção de espaços para os ciclistas e pedestres. 

A indústria automobilística é poderosa, sei disso. Eles conseguiram contratar a Disney para fazer o inocente desenho carros. Ficou tão bom que até eu fui assistir. As crianças saíram das salas de exibições apaixonadas por carros. Conheço cassais que saem de carro a noite para fazer o beber dormir. Que vício!

O povo e os desastres têm cada vez mais forças. A população mostrou força durante a Primavera Árabe e nas manifestações brasileiras. O povo nas ruas foi tão forte que resultou, por exemplo, nas primeiras prisões de pessoas acusadas de corrupções. Os desastres naturais são cada vez mais violentos. Se quisermos, mudamos tudo para construir um mundo mais equilibrado e paramos o furor dos homens maus e a força dos desatres. Caso contrário, teremos que receber em breve os desabrigados dos desastres climáticos em busca dos poucos espaços seguros que ainda restarão.

Pense nisso!

Publicado do Estado do Tapajós
 

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