Consumo sustentável em Marabá

Vou participar da Conferência Municipal de Meio Ambiente de Marabá e lá vou falar sobre produção e consumo sustentável. É um desafio encontrar soluções para os problemas modernos e bem mais complexos. Somos sete bilhões de pessoas vivendo num mundo com escassez de recursos naturais. 

É inegável que a humanidade avançou desde a revolução industrial. A vida moderna é bem mais fácil que àquela vivida pelos irmãos da Idade Média. Mas os problemas sociais e ambientais se agravaram também. 

Devemos pensar coletivamente para encontrar soluções que o mercado não conseguem responder. Distribuição de riquezas é uma deles. A outra reside nos graves problemas ambientais. 

Um parte da população paraense joga no lixo parte da comida e dos bens de consumo que compra e não usa. Outra, infelizmente muito grande, sofrer com a escassez de alimentos e serviços básicos. 

Veja o mapa do índice de desenvolvimento humano municipal aqui do Pará e por ele conclui-se que muito precisa ser feito:



A maioria das pessoas preferiu morar em centros urbanos. As cidades são boas invenções humanas, mas o ambiente artificial criado para abrigar as pessoas nos coloca grandes desafios. Lixo, mobilidade, violência.

Para todos os problemas modernos, é possível encontrar soluções também modernas. Elas existem. Precisamos convencer pessoas e governos a adotá-las. Optar pelo transporte coletivo. Implantar coleta seletiva. Adotar consumo sustentável... 

Cada solução dessas, exige mudanças de hábitos adquiridos com a modernidade. Estamos disposto a mudar?

Precisamos cumprir a nossa Constituição Federal

Fiquei muito ligado à visita do Papa Francisco ao Brasil, principalmente a mensagem de que é preciso fazer. Transformar as palavras em gesto concreto. O fazer é mais importante que o dizer.

O Papa, falando aos políticos e entidades da sociedade civil brasileira, acrescentou três aspectos fundamentais para mudar a realidade social: respeitar a diversidade cultural, ter responsabilidade social e praticar o dialogo criativo.

Os jovens estão nas ruas porque não acreditam nas instituições e na classe política. E não acreditam porque os dirigentes deste nosso país não conseguem praticar nem uma das três regras ditas pelo Santo Padre, mas principalmente porque não conseguiram tirar do papel a declaração central e a razão de ser da nossa República Federativa expressa no artigo terceiro da Carta de 1988:


Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.


Acredito que o melhor é que todos os partidos, todos os políticos, todos os ocupantes de cargo público decorem o artigo terceiro da nossa Constituição Federal, faça sair do papel os objetivos fundamentais de nossa República Federativa. Que tudo vire realidade na vida das pessoas.

Vamos nos indignar com a ausência de saúde pública. Vamos nos indignar com a ausência de educação pública. Vamos nos indignar com a pobreza. Vamos nos indignar com a marginalização de pobres, pretos e prostitutas. Vamos promover o bem de todos. Vamos, em fim, construir uma sociedade livre, justa e solidária.

Raimundo Carreiro venceu a falsa moral

O caso do ministro que mudou a idade para não se aposentar, ainda ficar dois anos como conselheiro e chegar a presidente do Tribunal de Contas da União acabou sendo abafado pela imprensa nacional. Nem deu tempo das rede sociais tomarem gosto pelo assunto, mas é um assunto para lá de quente.

O ministro Raimundo Carreiro é uma homem de muita sorte. Andava pelo interior do Maranhão (não sei a cidade) sem lenço e sem documento. Não tinha futuro. Até que um dia, a política o abraçou. Passou por lá pela sua casa um grupo pedindo votos. Era eleição de 1966. A UDN queria eleger os seus. A disputa era renhida. Cada voto podia fazer a diferença. 

Raimundinho era um voto a mais. Só que não tinha certidão de nascimento. Só um batistério, prova de sua consagração à Igreja Católica, havia dezesseis anos.  Isto não é problema, disse o cabo eleitoral. Vamos providenciar tudo. Como, o menino não tem idade?

Raimundo passou a se chamar Raimundo Carreiro, dois anos mais velho. Saiu do cartório com certidão de nascimento, dois anos mais velhos, título de eleitor e o engajamento na campanha da UDN. Um cidadão forjado pela política dos coronéis.

O primeiro voto a gente nunca esquece. Raimundo sempre lembrava do padrinho político. O padrinho também não esqueceu de Raimundo. Até que um dia, a amizade política fez de Raimundo o mais novo funcionário da Gráfica do Senado Federal. 

Raimundo queria mais. Foi efetivado no cargo por uma Resolução, maldosamente apelidada de "trem da alegria". Dai foi um pulo para conseguir o melhor. Crescer na carreira de funcionário efetivo do Senado Federal. Homem de confiança, assumiu o maior cargo depois de Senador, secretário da Mesa Diretora da Casa Legislativa. Raimundo venceu.

Prestes a se aposentar, Raimundo acreditava que ainda podia contribuir com o país. Por coincidência, surgiu uma nova oportunidade dele mostrar seu amor pelo Brasil. Aceitou de bom grado a missão que seu padrinho lhe incumbiria: Conselheiro do Tribunal de Contas da União. 

Já aposentado do Senado, Raimundinho segui para o novo cargo. Trabalhou com afinco, sem pensar nos dias que ainda lhes restavam de atividades na Corte de Contas. 

Um belo dia, depois de trabalhar arduamente, Raimundinho foi tomado de pânico, estava completando 70 anos e, por lei, deveria ir para casa. Como ir para casa assim se agora era a vez de assumir a presidência do TCU? Triste, Raimundinho foi dormir, no auge do sono, lembrou-se que sua certidão havia sido alterada e que ainda lhes restavam dois anos antes de completar a idade expulsória. 

Raimundinho acordou feliz, aquilo era uma aviso dos céus. Foi direito ao Judiciário reclamar. O Juiz recebeu a petição. Analisou o caso. Ouviu testemunhas. Concluiu que de fato havia ocorrido uma fraude na idade do peticionante, fraude nas eleições, fraude na posse do cargo no Senado, fraude na aposentadoria... Mas não podia decidir extra petita, afinal, o que não está nos autos não está no mundo. Ainda mais que o homem tinha padrinho forte. A sentença foi expedida e o cartório obrigado a expedir nova certidão de nascimento e Raimundo rejuvenesceu dois anos. 

Os conselheiros do TCU, ao tomar conhecimento da nova idade do colega, resignaram-se com a possibilidade de Raimundo Carreiro continuar entre eles e, em breve, assumir a presidência da Corte que julga os erros administrativos e contábeis dos ordenadores de despesas. Lugar que zela pela boa aplicação dos recursos arrecadados com impostos. 

A noticia, porém, vazou para imprensa. Matérias especulativas foram publicadas até que o grande jornalistas, defensor da moral nacional, Alexandre Garcia, sentenciou: a história de Raimundo Carreiro é o retrato de uma Brasil sem certidão e sem cidadania. Trata-se de uma raro caso de um menino pobre, do interior longínquo do Maranhão e que venceu na Capital Federal.

Queremos obras sociais padrões FIFA

Base de Torre de Transmissão

O Governo Federal conseguiu levar energia de Tucuruí para Manaus e Macapá. Para que isso acontecesse, foi necessário ultrapassar duas grandes barreiras naturais, quase intransponíveis, o domo da florestas Amazônica, com suas árvores gigantes e o poderoso rio Amazonas.

O que parecia ser obstáculos impossíveis de transpor, foram superados com muita tecnologia e disposição empreendedora do setor elétrico brasileiro.

Para ultrapassar a floresta sem abrir-lhe sulcos, ferindo-a de morte, com conseqüências ambientais imprevisíveis, os engenheiros construíram torres mais altas que as árvores mais altas da floresta e passaram todos os fios por cima do seu domo. Um maravilha de obra. Muito mais cara que a forma tradicional, é verdade.

Já enfrentar o rio Amazonas foi um pouco mais trabalhoso e requereu maiores estudos. Primeiro era preciso escolher o ponto certo para travessia. O trecho mais estreito que fica na chamada "garganta de Óbidos", em frente da cidade do mesmo nome. Ali, os portugueses já haviam erguido um forte para defesa de toda a Amazônia. O rio pode ser atravessado com um tiro de canhão, mais  ou menos mil e quinhentos metros.

Escolhido o local, foi instalada torres que são apenas cinco metros a menos que a famosa "Torre Eiffel", construída em Champs de Mars, Paris. As torres são umas verdadeiras maravilhas da engenharia humana. Os fios foram instalados por meio de helicópteros e a navegação no rio Amazonas foi interrompida pela primeira é única vez, no período do dia, durante uma semana. A foto que mostra o pé da torre e o secretário de energia Nicias Ribeiro é perfeita para se ter a dimensão e altura desta gigante. (foto do facebook do Secretário)

O governo que consegue uma façanha imensa destas que acabo de descrever e o mesmo que não consegue colocar um médico e um posto de saúde minimamente equipado para atender brasileiros. Não consegue garantir ensino de qualidade para todos. Não consegue resolver o problema de trânsito e transporte público nas grandes cidades. Não consegue oferecer água e esgoto tratado para a sua população. Por quê?

Os governos funcionam com duas agendas. Uma agenda econômica e outra social. A agenda econômica parece que é tocada a todo custo pelas mãos das empresas que ganham fortunas com obras e serviços. O setor elétrico e as telefônicas brasileiras são modernas e suas obras avançam sem barreiras burocráticas, por exemplo.

A outra agenda, a social, aquela que interessa para a população mais pobre e que deve ser implementada a custa de dedicação, amor a causa pública e vontade de construir uma sociedade justa, esta é morosa e anda aos empurrões. Esta agenda só interessa ao povo.

A frase "Queremos obras sociais padrões FIFA",  dita nos cartazes dos manifestantes, foi o melhor exemplo de que o povo brasileiro começou a entender que o Governo só governa para os interesses dos poderosos.

A Vale do Rio Doce e o Governo do Estado vendem as riquezas paraenses

Os jovens que foram as ruas da região metropolitana de Belém precisam saber que muitos das suas queixas expostas em cartazes tem origem no modelo de desenvolvimento e de política que se executa por aqui pelo Pará. 

O Pará é um estado rico em recursos naturais. Os recurso do Pará estão sendo transformados em produtos e vendidos no mercado, gerando riquezas, muita riqueza. 

Madeira, água, terra, minerais, temos em abundância. A exploração de todas estas riquezas deveriam ser feitas, mas com respeito ao meio ambiente e tendo como objetivo “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais” (art. 3.º da CF/88).

As riquezas geradas por estes projetos deveria ser usada prioritariamente para melhorar os péssimos índices sociais das cidades paraenses. São jovens sem perspectivas que viram assaltantes e drogados, enquanto os recursos naturais estão criando fortunas e sustentando campanhas eleitorais milionárias.

Os grupos políticos no poder aqui no Pará, porém, deixaram de perseguir o objetivo constitucional de servir ao povo e passaram a quase funcionários das empresas que nos exploram. Muitos em troca de seus próprios negócios.

Veja o caso do novo projeto Serra Sul da poderosa Companhia Vale do Rio Doce:

Conheça o projeto:

“O Projeto Ferro Carajás S11D, novo empreendimento minerário da Vale a ser implantado na região sudeste paraense, localizado no município de Canaã dos Carajás, compreende na sua etapa de operação a explotação de minério de ferro do Bloco D do corpo S11 de Serra Sul, por meio do método de lavra a céu aberto pelo sistema truckless,”

Conheçam os números:


  • O empreendimento explorará ferro nesta área por 22 anos;
  • A Vale produzirá em Canaã dos Carajás 90 milhões de toneladas de ferro por ano;
  • O custo de produção será de US$ 23,00 por tonelada de ferro colocados no Porto da Madeira em São Luís do Maranhão;
  • O custo é baixo por causa da tecnologia truckless (
  • Transportador de Correia de Longa
  • O custo da tonelada de ferro no mercado internacional hoje é de US$ 114,00 a toneladas de ferro;
  • Em 22 anos o projeto Serra Sul produzirá 1,9 bilhões de toneladas de ferro; 
  • Agora faça as contas: 1,9 bilhões de ferro a US$ 114,00 a tonelada e veja de quanto será o lucro da Vale do rio Doce.

Distância (TCLD) de minério) o que dispensará caminhões e trabalhadores;

Um projeto com este volume de impacto socioambiental só é liberado se o Governo Federal, Estadual e Municipal quiser e impor condições. E as condições deve estar relacionada as compensações socioambientais. Um Governo sozinho não pode dizer sim para a Vale sem que os outros concordem. 

No caso do projeto Serra Sul, o Governo Federal concedeu a Licença de Instalação e apenas cobrou uma pequena compensação para ser aplicada na Floresta Nacional de Carajás. Com relação as compensações sociais e econômicas, o IBAMA concedeu ainda 60 dias para que a Vale reapresente o projeto para este importante setor. 

E o Governo do Pará? O Governo do Pará ficou calado, omitiu-se na defesa dos nossos interesses e nada disse. 

A OAB Pará estranhou o silêncio do Governador e pediu que o Conselho Estadual de Meio Ambiente se reuna extraordinariamente, com a presença do Procurador Geral do Estado, para dotar providências em defesa de toso os paraenses.
Eu, como sou da geração Baby Bommers, lutarei do jeito que aprendi a lutar.

Se você jovem manifestante vê nestes fatos uma causa para o Annonymus, vá fundo e faça o que deve ser feito do jeito que você e sua geração aprenderam a fazer.

O Pará é os seus péssimos representantes

Cada estado dispõe de três senadores. O Pará também elege três desses representantes. É importante eleger senador?

Claro que sim. Os senadores representam os anseios de cada estado que compõe a federação brasileira e são os responsáveis por tentar fazer cumprir o objetivo fundamentais do Estado Nacional que está previsto na Constituição Federal, art. 3.º:



"Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem,
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação."

Os senadores devem lutar para fazer cumprir os objetivos fundamentais da federação em cada estado. O Pará é um estado muito mal representado. Verifica-se pela quase ausência do Estado em muitos dos nossos municípios e pelos baixos índices de desenvolvimento humano da nossa população.

Será que os três senadores que elegemos pelo Pará estão lutando para construir o primeiro objetivo da nossa Federação que deseja ser uma sociedade livre, justa e solidária? Pense bem antes de responder.

Ah, entendi. Você não lembram o nome dos nossos senadores. Vou ajudá-lo. O PSDB elegeu dois: Mário Couto e Flexa Ribeiro. O PMDB elegeu Jader Barbalho.

Mesmo sabendo o nome deles, você ainda não consegue responder a primeira pergunta.

Vamos pular esta e partir para outra.

Eles tem se esforçado para garantir o segundo objetivo que é o desenvolvimento do Pará?

Quando a Constituição fala em desenvolvimento ela quer dizer desenvolvimento com respeito ao meio ambiente e distribuição de riquezas.

Não enrole. Vá direto a resposta. Eles estão ou não trabalhando pelo nosso desenvolvimento? Não sabe?

E erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais, nosso terceiro objetivo federativo? Você também não consegue responder esta pergunta difícil?

Vamos ao quarto e última objetivo. Promover o bem de todos? Agora eu seu que não fácil responder?

Quando senador Jader Barbalho mostra no Diário do Pará que senador Mário Couto usava o DETRAN para sustentar uma mansão e um clube de futebol em Cuiarana ele está preocupado com os objetivos republicanos da Constituição Federal?

Quando o senador Mário Couto ocupa quase a totalidade do tempo do mandato para assomar a tribuna do Senador e atacar seus adversários, será que ele está de acordo com o desejo do povo e da Constituição Federal?

E o senador Flexa Ribeiro quando valoriza os empresários de fora do Pará, concorda com Belo Monte e se cala para exploração das nossas riquezas minerais feitas pela Vale do Rio Doce está defendo os interesses do nosso povo?

Os nossos representantes federativos podem fazer propaganda do trabalho que acham que fazem, mas apenas duas estatísticas das muitas que temos pelo Brasil são suficientes para desacreditar o trabalho dos nossos senadores.

A segurança dos cidadãos por aqui vive constantemente ameaçada. O Pará tem o município mais violento do Brasil, segundo a pesquisa da Universidade Federal de Campina Grande. E o que fazem eles? Agora você acertou, nada.


A Frente Nacional de Prefeitos chegou a conclusão que os nove municípios mais importante do Pará tem baixa renda per capita e alta vulnerabilidade socioeconomica. Sabe o que isto significa? Que a pobreza e a desigualdade estão presente na casa dos eleitores paraenses.

Veja a tabela e pense se não está na hora de avaliar a representação do Pará no Senado em Brasilia.



Uma cerimônia para o espírito de Guimiaba

Estamos cansados das brigas políticas dos nossos caciques. Jader e Jatene brigam novamente depois de anos de amizade e brigas.

E por que eles brigam?

Por mim?

Por você?

Por nós?

Nós queremos saúde, mas eles brigam por cargos. Nós queremos educação, mas eles brigam pelas próximas eleições. Nós queremos distribuição das riquezas, mas eles brigam por financiamento nas campanhas.

A história do Pará começou a partir de um briga lá em São Luís do Maranhão. Brigaram Francisco Caldeira Castelo Branco e Jeronimo de Albuquerque. A desavença foi grande e quase pôs a dominação de São Luis a perder. Para evitar o pior, Alexandre de Moura dividiu a dupla de brigões e mandou Castelo Branco fundar Belém.

"O governo de Francisco Caldeira, à frente da nova colônia, foi considerado autoritário e desagregador, razão pela qual, já em 1617, um memorial do Governador-Geral do Brasil, dirigido ao rei de Portugal, solicitava que ele fosse removido daquele posto "onde faz mil desconcertos, desaquietando os índios, pondo em seu lugar outra pessoa que os conserve como convém, para não se rebelarem"."

Castelo Branco foi removido e preso, mas o germe da discordia ficou aqui entre nós e até hoje produz divisões que em muito nos prejudica.

Lauro Sodré e Antonio Lemos viviam às turras. Barata e Assunção eram como cão e gato. Nem a didatura militar aqui foi unida. Alacid e Jarbas se dividiram no poder militar. Jader e Hélio brigaram muito. Jarbas e Jader também brigaram. Almir Gabriel não podia ouvir o nome de Jarbas e nem de Jader que dava ataques. Jatene, dizendo que queria união de todos, ganhou duas vezes, mas governou discriminando e brigando, agora rompe mais uma vez com Jader e se atacam mutuamente.

Depois da partida de Castelo Branco, Pedro Teixeira e Bento Maciel Parente ficaram e brigaram, nessa briga resolveram exterminar os paraenses que viviam em estado natural.  Houve então um grande massacre aos índios Tupinambás, resultando na morte do cacique Guimiaba.  

Os pajés tupinambás, após a morte do líder também conhecido como "Cabelo de Velha", se reuniram e decidiram conclamar os deuses a espalhar ainda mais o espirito da discórdia deixado aqui por Francisco Caldeira Castelo Branco. Para os índios, enquanto os chefes brancos cuidarem apenas de explorar estas terras, menosprezando a gente simples daqui, não haverá paz. 

Os caciques brigam, enriquecem, brigam, enriquecem mais ainda. Os interesses do povo do Pará nunca foram defendidos. Chega. Vamos fazer uma cerimônia para o espirito de Guimiaba. Vamos exorcizar estes homens do mal. Vamos implantar a paz em defesa da nossa gente.

Jovens nas ruas pedem o fim da corrupção


As manifestações mostraram a indignação dos brasileiros acerca do que consideram errado ou ilegítimo no cenário político brasileiro atualmente. Protestaram contra os péssimos serviços públicos de transporte coletivo, educação e saúde. Exigiam ‘Padrão FIFA’ para hospitais e escolas públicas.

Alguém disse que as manifestações eram o Facebook nas ruas. E eram mesmo. As redes sociais mostraram suas forças clamando por um país melhor.

Leia mais: Estado do Tapajós 

A saúde do Pará está falida e o Governador aproveita para fazer assistencialismo

O Governo do Pará segue com duas carretas fazendo campanha eleitoral antes do tempo. A Caravana Pró Paz é o atestado de incompetência do Estado em fazer funcionar os serviços regulares de atendimento a população.

A saúde pública não é favor, é um direito. Quando o repórter da TV Liberal anuncia a Caravana, ele diz, "é de graça, basta apenas levar a carteira de identidade e a cartão do SUS". 


Para que o cartão do SUS? 

Para cobrar do sistema o repasse de verbas pelos atendimentos feitos. De onde vem as verbas? Da pesada carga tributária que pagam todas as pessoas, pobres, médias e ricas.

Atendimento oftalmológico e qualquer outro atendimento deveria ser uma rotina nas unidades de saúde, mas não tem e os cidadãos precisam esperar um caminhão que passará hoje e só voltará nas próximas eleições, daqui a quatro anos.

Chega de fazer o povo de besta.

O Hélio Gueiros é quem inventou esse negócio de caminhão, era o "Caminhão do Papudão". Depois veio a Valéria Pires Franco com o "presença viva". Agora volta o Jatene, com a mesma receita. Quer enganar quem?


Vocês conhecem a estória do médico do interior que mandou o filho estudar na capital? Quando o filho voltou formado. O médico entregou o consultório para que ele tomasse conta e se aposentou. Logo o filho, agora médico responsável pela clinica do pai, 

Se os deputados estaduais fossem comprometidos com o melhor para o povo e com a legalidade das ações públicas faria uma comissão especial para avaliar a eficiência destas ações e seu custo, incluindo o custo de propaganda. Não seria melhor investir em uma ação permanente e universalizada de saúde pública?

Viva o povo que foi à Câmara Municipal de Belém

As manifestações estão cada vez mais indo ao cerne das questões políticas do país. Fiquei de alma lavada ao ver o povo de Belém ir a Câmara Municipal cobrar emendas ao PPA.

PPA? O que é isso?

Plano Plurianual é uma lei onde o prefeito eleito escreve seu programa de governo para os quatro anos de mandato. Aquilo que foi dito e prometido durante a campanha, agora deve aparecer em números concretos. Os três "S" do Zenaldo quanto vai custar e em que prazo vai ser executado, está lá, claro como a luz do sol.

O Plano Plurianual é uma lei tão importante que o certo é que ela seja discutida diretamente com o povo. As organizações da sociedade também devem ser consultadas. A população é que paga a conta e sofre os efeitos ou se beneficia das futuras ações feitas na sua cidade.

O Governo não convocou o povo ara discutir seu próprio destino. O povo então se organizou e foi a "Casa do Povo" ouvir, conversar, debater e propor alterações. Queriam passe livre, mais saúde e educação. Estavam lá na sua própria casa. Os seu representantes, isolados por um vidro, estranharam quando o povo chegou. Ficaram com medo. Chamaram a polícia. Coisa horrível, isso.

Imaginem a seguinte estória: "Um homem construiu uma vila de casas, alugou-as a moradores e ausentou-se por um tempo. No tempo de cobrar aluguel, enviou um cobrador aos locatários para que lhe dessem o valor dos alugueis. Estes o feriram e o reenviaram de mãos vazias".

Foi o aconteceu ontem aqui em Belém, na Câmara Municipal. Os donos do poder foram até lá cobrar de seus representantes que os ouvissem e aprovassem suas propostas. 

Os representantes, no lugar de estender um tapete, servir café e água, mandar sentar e ouvir o povo, convocaram a Guarda Municipal e a população foi ferida e expulsa de mãos vazias da sua própria casa.

Vamos mandar outros e outros e mais outros, até expulsar este usurpadores de poder.


Faltou Pará nas manifestações


- As bandeiras de interesse dos paraenses não estavam nas manifestações ocorridas no Pará, disse-me um amigo querendo ouvir minha opinião ou mesmo provocar-me, sei lá.

-  Calma, disse eu ao meu interlocutor; você não viu os manifestantes pedindo para parar Belo Monte e começar o BRT? completei.

-  Mas Belo Monte e o BRT não representam a totalidade dos nossos problemas. Aliás, nem são os principais, protestou veementemente, o meu amigo provocador. 

Não somente foi este quem notou a ausência das reivindicações por políticas públicas estaduais que prezem pela melhoria na qualidade vida do paraense. Muita gente estranhou as manifestações aqui não terem tocado em assuntos importantes os quais estão em estado de pendência por parte dos nossos governantes.

Quer ler mais? Acesse aqui Estado do Tapajós 

Prefeito fugitivo articula cassação de vereador em Tomé Açu

A Câmara Municipal de Tomé Açu, atendendo desejo do prefeito fugitivo, acusado de mandante do assassinato do dr. Jorge Pimentel, abre processo para cassar o vereador Gedeão Júnior. A acusação é por quebra de decoro parlamentar por conduta incompatível com o cargo.

O processo é uma completa armação para intimidar o Parlamentar que é membro da comissão processante aberta para apreciar pedido de perda do mandato do prefeito. Entenda o casso.

O prefeito Carlos Vinicius é acusado pela Policia Civil e pelo Ministério Público, que reuniram provas de que ele foi o mandante do assassinato do empresário Luciano Capacio e do advogado Jorge Pimental. O MP apresentou a denuncia criminal, recebida pelo Poder Judiciário, e o Prefeito teve a prisão preventiva decretada. Carlos Vinicius apresentou um pedido de licença de 120 dias e sumiu, fugiu, escafedeu-se. Os órgãos de segurança do Pará até agora não sabem o paradeiro dele.

A familia de Luciano Capacio apresentou o pedido de impedimento do Prefeito, que, debaixo de pressão da sociedade, foi recebido e constituída a comissão processante, formada pelo vereador Humberto Ithzó, Aurenice e Gedão Júnior.

Uma semana depois deste fato, os aliados do prefeito apresentaram um pedido de cassação do mandato do único vereador que declarou-se favorável a abertura do processo de impedimento dele. Eles acusam o vereador de manter contrato com a Prefeitura. O contrato é de locação do antigo hospital Sol Nascente, onde hoje funciona o Hospital Municipal. A acusação é absurda e de cunho político intimidatório.

Tudo só mostra o quanto a prisão de Carlos Vinicius é um questão de segurança pública. Esperamos que o Governador atue determinando o fim desse estado de barbárie que vigora em Tomé Açu.
 

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