OAB debate em conferencia a violação aos direitos humanos

O Pará tem números alarmantes em termos de violação aos direitos humanos. Isto se levarmos em conta apenas os crimes dolosos contra a vida. Mas se fizermos uma ampliação do conceito de direitos humanos, analisando, por exemplo, as violações ao direito das pessoas ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, então esses números vão crescer em muito.

Na terça-feira, dia 28.04, a partir das 9h, no Hangar Centro de Convenções, durante a Conferência, terá lugar um fórum, sobre acesso à agua e meio ambiente. Discutiremos casos concretos, dentre os quais, o caso macrodrenagem da bacia do Una. Dos debates sairá um documento denunciando o Estado do Pará por mais esta violação.

No Qatar, ao falar das prevenções de crimes, Jatene ouvirá da platéia: O rei está nú.



O Governador Jatene passou a viver num mundo completamente deslocado do mundo real. Um mundo de fantasias, no qual há emprego, saúde, educação, infra-estrutura e total segurança pública para os cidadãos viverem em paz, construindo suas famílias e preparando o futuro dos seus filhos.

É desse mundo que o Jatene falará em viagem oficial para a Doha, no Qatar, e Cambridge, na Inglaterra.  No 13.º Congresso das Nações Unidas para Prevenção do Crime e Tratamento do Deliquente, (o nome do Governador não consta da programação, as credito que ele vai falar no evento: veja aqui) que ocorrerá em Doha entre os dias 12 a 19 de abril, falará que através do ProPraz conseguiu prevenir crimes urbanos no Pará. É mentira, todos sabemos, acho que os gringos também sabem, mas o Governador acredita piamente que é verdade e falará sem medo de estar cometendo crime algum. 

O que o Governador não dirá é que no dia em que anunciou sua viagem para vender as suas ilusões no estrangeiro, um comissário de bordo da empresa GOL Linhas Áreas, de nome Felipe, hospedado no Hilton Hotel, juntava-se aos inúmeros mortos, vítimas de assaltos, tráfico de drogas, crimes de mando e extermínios aqui no seu Estado. 

Felipe deve ter lido a coluna de O Liberal que o Pará é uma estado seguro, acreditou na propaganda oficial de Jatene e decidiu dar uma voltinha pelos arredores do Hotel, bem ali no Centro da Metrópole da Amazônia, tempo suficiente para encontrar a morte trágica, encontrou a morte pela bala de um revólver, talvez alugado à jovem desses das nossas periferias pobres e dominadas pelo tráfico de drogas ou por milícias a serviço de quadrilhas organizadas. 

O corpo do Comissário de Bordo, que saiu de sua residência em Niterói, vestindo as belas roupas brancas com detalhes laranja, da Companhia a aérea Gol, voltará enrolado num papel alumínio e dentro de uma urna metálica para casa de sua mãe e de seu pai, que o receberão com os corações partidos, sem acreditar que o filho amado, criado com todo carinho, com uma carreira brilhante pela frente, encontrou a morte no estado do Pará, governado a mais de 16 anos pelos tucanos do PSDB.

Espero que outras pessoas ao ouvirem o ilusionista Simão, tenham ao menos a curiosidade de olhar as estáticas oficiais sobre violência urbana no Brasil e descubram que o Pará é um dos estados mais violentos do país.

Quem sabe algum garoto na platéia desse evento, olhando para Simão Jatene falar em prevenção de violência urbana e do sucesso do ProPaz, tenha a coragem que nem um dos políticos daqui tiveram de pronunciar a velha e sincera frase do conto do dinamarquês Hans Christian Andersen, As roupas novas do rei: O Rei está nú. Jatene ouvirá o garoto, suspeitará que a frase é verdadeira, mas continuará sua farsa.

Cooperados de Cametá tem máquina apreendida pela Receita Federal e demitem 20 trabalhadores

O Pará sempre me surpreende negativamente. Fui a Cametá participar da posse da nova diretoria do Partido Verde local e lá fui procurador por pessoas do Projeto Óleos Verdes:

"…o projeto respeita a conservação e o reflorestamento principalmente da espécie nativa da palma chamada Inajà (maximiliana regia), que produz cachos de frutos oleaginosos quase o ano inteiro, por meio de um manejo sustentável desenvolvido por nossos engenheiros agrônomos em colaboração com os produtores locais da Região do Baixo Tocantins – Cametá, Baião, Oeiras , Limoeiro de Ajuru e Igarapé Mirim."

Acesse: Óleos Verdes

A história é inacreditável, mas é assim que aconteceu. Os cooperados conseguiram tecnologia, parceiros, financiamento e compradores. Precisavam então de máquinas adaptadas a extração do óleo de inajá. Os parceiros italianos construíram uma máquina especifica e sem similar nacional. A máquina foi fabricada exclusivamente para atender as necessidades da Óleos Verdes.

Para importar a máquina, o projetos utilizou uma empresa de São Paulo, mas a máquina foi presa pela  Receita Federal no Pará. A Receita alega que os trâmites burocráticos não foram respeitados. Prendeu o equipamento e levou a leilão. A cooperativa perdeu a máquina e sem apoio de ninguém, foi obrigada e demitir 20 trabalhadores, pois para cumprir os contratos está utilizando de aluguel de uma fábrica em Santa Izabel, com custos mais altos.

Fiquei triste, pois isso é inadmissível para um Estado como Pará que precisa gerar emprego e renda diversificando a sua base produtiva. Enquanto o Governo do Estado ficar preso ao boi, madeira e ferro, este Estado não superar a pobreza e a desigualdade.
 

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