A saída para crise vai nos custar caro

A pergunta que os brasileiros se fazem nos últimos tempos é como sairemos dessa crise política, para resolver ou enfrentar a crise econômica. Merecemos uma resposta, afinal estamos sem perspectiva de futuro desde de antes do Natal. 

Poucas pessoas arriscaram fazer dívidas diante de tanta incerteza. Incerteza que continua próxima das nossas salas, vinda dos noticiários sobre aumento do dólar, queda nas bolsas, juros estratósfericos e desemprego. 

Nem precisa esperar pelos jornais das tevês, basta dar uma voltinha pela cidade para ver placas e mais placas anunciando casas para vender ou alugar e constatar a crise rondando a vizinhança.

O Estado Brasileiro é grande, interfere em muitos aspectos da vida das pessoas e das empresas, portanto, a sua inércia nos coloca a deriva e não permite encontrar os caminhos para voltar a crescer.  E a crise política está nos colocando sem rumo e sem política.

A presidente da república, Dilma Roussef, em pouco tempo, perdeu a legitimidade e vem tendo seu mandato questionado. Na linha sucessória, Eduardo Cunha é réu em processo junto ao Supremo Tribunal Federal, da mesma forma, Renan Calheiros, presidente do Senado Federal, também está na mesma situação. 

As alianças política para reconstruir a base do governo no Poder Legislativo, tão necessária a estabilidade, tem se demonstrado infrutífera e fala-se em impeachment ou cassação do mandato via Tribunal Superior Eleitoral. A Presidente da República resiste a tudo e seu PT acusa a oposição de golpe, mas não consegue recompor o apoio político e fazer aprovar os ajustes ficais e previdenciário, ditos como necessários como saída da crise.

Uma vez que os movimentos de rua não foram capazes de impor mudanças, as oposições articulam saídas institucionais possíveis.

Uma aliança entre o PMDB e o PSDB, através do senador José Serra, tenta viabilizar o impeachment, mas tem pela frente uma barreira quase intransponível que são as regras duras de admissibilidade imposta pelo STF, que torna o impedimento da Presidente da República uma missão quase impossível, pois precisará de um quorum superqualificado. 

A outra saída que alguns partidos articulam é a cassação dos diplomas, via Tribunal Superior Eleitoral. Neste caso, assumiria o presidente da Câmara dos Deputados. Aqui mora o problema dessa proposta. Eduardo Cunha, reponde a processo junto ao STF e pode usar a presidência da república, mesmo que temporariamente, para impor seus desejos incontidos de se perpetuar no poder e interferir nos processos judiciais que correm na Suprema Corte.

Mesmo aquele que respeitam o resultado das urnas, já dão sinais de que é preciso encerrar o mandato atual e construir uma nova legitimidade para permitir um governo politicamente forte, capaz de enfrentar a crise e a especulação financeira.

A crise, porém, está longe de se encerrar. Se a Presidente Dilma está fragilizada e sem legitimidade para continuar governando, não há consenso entres os líderes de oposição e os mecanismos democráticos de correção de crise no sistema presidencialista de coalizão são difíceis e dolorosos. 

As dificuldades em encontrar soluções, vão nos custar caro, mas nos ajudará a refletir sobre a necessidade de adotarmos o parlamentarismo, um sistema muito mais adequado a resoluções imediatas de ilegitimidade do chefe de governo, sem golpe contra o chefe de estado eleito pelo voto. Nos fará caminhar para um nova forma de financiamento de campanha que afaste o estímulo a corrupção. Fortalecerá as instituições colocando todas as pessoas abaixo do império da lei. 


A geração atual deve pagar o preço e vai pagar, mas deve cobrar as mudanças que protegerão as gerações futuras, para que elas não venham a passar pelos mesmo dissabores que esta geração está passando. 

Belém para as pessoas

As nossas cidades estão com muitos problemas e sem soluções a vista, uma vez que temos administradores incapazes de apresentá-las ou, tendo, implementá-las.

O saneamento, que se traduz por limpeza das águas servidas, do esgoto, do lixo, das ruas, das valas, não avança. Aqui em Belém, capital da Amazônia, com 400 anos de existência, trata apenas 7% do esgotos e o lixo é ainda recolhido e tratado de forma precária.

A saúde, que se traduz por atender a prevenção e fornecer atendimento básico de urgência e emergência de forma universalizada. Aqui em Belém está um caos total. Duciomar, e depois Zenaldo Coutinho, foram incapazes de manter a rede de atendimento preventivo ao cidadão. Na urgência e emergência, ficamos com noticias de que as mesas de anestesias do Pronto Socorro do Guamá foram levadas para servir de cenário na inauguração do Pronto Socorro da Quatorze de Março. 

A mobilidade, que se traduz por sistema de trânsito e transporte que permita o deslocamento das pessoas para o trabalho, lazer, compras ou outras atividades do dia a dia, com conforto, rapidez e preço justo. Belém não possui um sistema de transporte público interligado e inteligente. Aqui, sempre quem mandou, ditou as regras neste setor foram os donos das empresas de transporte público que, geralmente, financiam campanha e ao fazerem, elegem prefeito e vereadores, que politicamente interferem para que interesses individuais dos empresários se sobreponham aos interesses coletivos. 

Meio ambiente e habitabilidade, que se traduz em compatibilizar o direito a moradia digna para todos, com a preservação de áreas verdes, construções de parques, preservação de nascentes, igarapés, rios, qualidade do ar e do solo. Belém foi verticalizada por interesse dos construtores de edifícios que defendem a verticalização da cidade, sem colaborarem com a estrutura urbana, causando caos total em varias áreas. As arvores e áreas verdes vão dando lugar a construções de prédios e casas, sem qual quer planejamento. As nascentes e igarapés são aterradas para dar lugar a moradia de baixa habilidade, abrigando a população de baixa renda em locais insalubres e inapropriados.

Segurança pública, que se traduz por viver em paz, sem susto dos assaltos, dos sequestros, das morte inexplicáveis, das brigas de gangues, do consumo de drogas e bebidas. Belém virou uma cidade violenta, todos os dias morrem muitos jovens nas periferias de nossas cidades. Sabemos que os grupos que controlam o tráfico de drogas nas periferias, estimulam os assaltos, as saídinhas, os sequestros e as execuções. A cidade precisa voltar a viver em paz e isso só será possível se reconectarmos as pessoas através de planejamentos de bairros e unidade de vizinhanças, fortalecendo as relações humanas, a através da participação, da cultura, do esporte e do lazer. 

Tudo pode melhorar. Não como passe de mágica, mas com a aplicação de políticas públicas inclusivas e honesta.

O Partido Verde que presido no Pará, trabalharam por superar esses problemas urbanos. Nos juntaremos a qualquer grupo político ou movimento que tenha no seu norte a preocupação com temas coletivos, visando o bem comum. Podemos traduz tudo no desejo de construir cidades para as pessoas e para o meio ambiente. 
 

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