O seu zé é catador

A reunião entre o prefeito Zenaldo Coutinho e os catadores do "Lixão do Aurá" mal havia começado, já estavam presentes todos os secretários, dirigentes de órgãos, a comissão de catadores e o representante da Ordem dos Advogados, quando o catador conhecido por José da Vaugea (Varzea) pediu a palavra.

O clima ainda estava tenso por causa do primeiro ponto da pauta que tratou da indenização quando José pediu para se pronunciar. A negativa do prefeito, alegando que a PMB não tinha recurso e nem amparo legal para conceder o valor que os catadores pedem para sair do lixo e tentar se estabelecer em outro negócio tocou fundo em "Seu Zé" e ele quis dar um depoimento..

"Seu Zé", em poucos minutos de fala direta, dura, honesta e com palavras de um só significado, contou uma vida de 47 anos de sofrimento e superação.
- Prefeito! iniciou "Seu Zé";
- Tenho 47 anos de vida e tudo que possuo, adquiri no lixão; o Lixão é tudo para mim; e seguiu narrando.
Eu, prefeito, fui criado na rua, sem casa, sem família; Nunca andei de turma, fazia meus lances sozinho; fazia um lance, me abasteci e ficava comendo daquilo, até acabar; quando estava esgotando o que tinha guardado, pensava noutra parada; e assim fui levando, até que fui parar no "Lxão". Morei num barraco lá em cima, dentro do Lixão, por muitos anos e aprendi a catar reciclados. Trabalhando do lixão, construi um barraco, casei, criei filhos. Eu só sei fazer isso. Se o lixão acabar, não tenho para onde ir e nem quero voltar para morar na rua e voltar a fazer o que antes de ser catador fazia.

O depoimento do "Seu Zé" despencou sobre a cabeça das pessoas que estavam ali, naquela sala. Uma pessoa se recuperou no Lixão, catando.

O Lixão é um lugar inóspito. O lixo que você produz em sua casa ou no apartamento e joga para fora, é recolhido pelo caminhão nas madrugadas e prensado para caber muito lixo em pouco espaço, facilitando o transporte. Os caminhões seguem quilômetros até o Lixão. Nesse transporte, acondicionado ali naquela caixa de metal, o lixo vai produzindo métano e chega quente lá no destino final onde os catadores, na madrugada, com um chapéu com laterna para iluminar, estão trabalhando desde a tarde.

O lixo é jogado, um trator espalha, e os catadores, com seus ganchos, vão abrindo os sacos em busca de papel, papelão, plásticos e metais. O fedor é insuportável, mas eles nem sentem, aquilo já faz parte do insalubre cotidiano. Todo o material coletado é armazenado em "Big-bags". Depois levado para o quintal de uma das ocupações ao redor do Aurá - Tem a Nova Vida, Santana do Aurá, mas gosto do Olga Benário, o nome é significativo e nem sei quem batizou o lugar assim - triado, separado e depois vendido.

O lixo que o catador retira e recicla deixa de fazer mal para o meio ambiente e voltra para industria produzir novos produtos, deixando de utilizar matéria prima virgem direto da natureza.

Em agosto a Lei 12.305/2010 determina que o lixão deve ser fechado e os catadores perderam o local de trabalho se o poder público não tiver sensibilidade para fazer a reinclusão socioeconômica. Se Zé está ficando cada vez mais apreensivo, ele não quer assistencialismo, só quer trabalhar duro, catar reciclados, vender e sustentar sua família, que constituiu sem pedir favor alguma para o estado.

Catadores devem ir para coleta seletiva


Esta semana o prefeito Zenaldo Coutinho deve receber os catadores do "Lixão do Aurá" para negociar a saída deles do local. Até agosto, o lixão tem que fechar, é o que diz a Lei Federal n.º 12.305/2010, e dois mil catadores não poderão mais catar ou reciclar lixo naquele local. O Prefeito deve buscar soluções para os catadores e para o lixo reciclável.

Belém teve quatro anos para implantar um Plano de Resíduos Sólidos e não fez. Agora, faltando pouco tempo para o prazo final de fechamento, sobrou para Zenaldo implantar as soluções. Não é fácil agir com pouco prazo, mas não é difícil, com um bom espírito público, encontrar as soluções adequadas.

Dos dois mil catadores, nem todos querem continuar com a atividade de reciclagem. Esses devem ser treinados e reinseridos economicamente em outras atividades. Os que ficarem, devem ser integrados no programa de coleta seletiva de resíduos sólidos. Ganhamos todos.

Prisões não são masmorras



Ao relatar no Facebook a visita que fiz as prisões de Belém, acompanhando uma comissão da OAB Pará, assustei-me com a reação das pessoas. Muitos disseram que nós da OAB estávamos defendendo bandidos. Outros, que deveríamos deixá-los morrer. Que mereciam castigo pior. Teve até quem defendesse o extermínio dos acusados de crimes. E não adianta argumentar com o respeito aos direitos humanos, pois muitas pessoas entendem que estamos defendendo criminosos. 

Os direitos humanos são tratados pelos juristas como direitos de terceira geração e são considerados o símbolo da atual civilização. Direito a vida digna, ao meio ambiente equilibrado, a liberdade, direitos políticos, direitos sociais, etc.

O direito a presunção de inocência, a julgamento justo, a prisão humanizada, a cumprir sentença em condições de dignidade, a progressão de regime, a ressocialização, etc. São direitos humanos inalienáveis. São conquistas de todos seres humanas e representam avanços da nossa civilização atual, demarcando nosso distanciamento da idade média e da brutalidade dos campos de concentração da segunda guerra mundial. 

Na idade média era olho por olho, dente por dente. Matou, morreu. Roubou, perdia a mão. Tudo com execução imediata, pública e sem julgamento justo. A brutalidade coletiva gerou muita brutalidade individual. Quanto mais o estado punia, mas crimes eram cometidos. Até que as pessoas que viveram nesse período de horror, chegaram a conclusão que estavam no caminho errado e evoluíram para um sistema de respeito mútuo. Foi assim que a humanidade evolui e hoje, embora tenhamos crise de violências, no geral somos uma sociedade de paz e de fraternidade. 

A crise de segurança pública, com o aumento da criminalidade, faz com que muitas pessoas, vítimas de crimes, queram reagir como se reagia na idade média, regredindo o processo civilizatório. Matar bandido, tratar preso de modo cruel, suprimir direitos, tudo isso já foi tentando antes e não deu certo, como vai dar certo agora? Os acusados de crimes tratados dessa forma, quando ganham a liberdade, reagem com mais crueldade contra inocentes. 

Nada de violência. Para combater a violência, devemos tratar o problema em várias frentes. Diminuir a pobreza e desigualdade. Criar programas de inclusão social e econômica. Urbanizar e dar condições moradia digna para as pessoas. Isso ajudará a diminuir o número de crimes e de criminosos. 

Ressocialização. Aqueles que, por alguma razão, cometeram crimes, devem ser julgados, sentenciados e nas cadeias participar de programa de ressocialização, assistidos por profissionais habilitados.  São caminhos que estão dando certo mundo a fora. 

O individuo, vítima de um crime, quer vingança, mas o estado, representante da coletividade, não pode trilhar por esse caminho, em hipótese alguma. A vingança sempre evoluiu para matar mais inocentes. 

O Povo quer um terceiro nome para governar o Pará

Cada vez que encontro pessoas preocupadas com os futuro do povo do Pará, sempre escuto um apelo para a construção de uma terceira via. Elas não acreditam nos atuais governantes paraenses, foram muitas promessas e poucas realizações. Digo que estou a disposição, embora não tenha dinheiro e nem apoio das elites. 

Incluir os catadores na política de encerramento do lixão do Aurá e na implantação da coleta seletiva, coisa simples, torna-se quase impossível por causa da insensibilidade e de outros compromissos dos governantes.

Assim é com a agricultura familiar, a relação com produtores rurais, a incorporação de tecnologia, a diversificação da base produtiva. Tudo que é simples e bom para maioria da população, nas mãos da elite, fica complicado e inatingível. Por que, meu Deus?

Assim é com a agricultura familiar, a relação com produtores rurais, a incorporação de tecnologia, a diversificação da base produtiva. Tudo que é simples e bom para maioria da população, nas mãos da elite, fica complicado e inatingível. 

Por que, meu Deus? Será que não encontrarei forças para lançar uma candidatura alternativa ao governo do estado?

O PV vai à Justiça buscar a vaga de deputado

A PV não dormiu, não cochilou e nem deixou de requerer, em tempo hábil, o direito a vaga de deputado aberta com a injusta cassação e depois com o falecimento do deputado Gabriel Guerreiro. Vaga que conquistamos nas urnas e sem coligação alguma. Tanto sabe disso a Assembléia, onde tramitam dois requerimentos, um do PV e outro do senhor Mario Alves da Silva; como o TRE, que no dia 19 de dezembro, após atender o requerimento nosso, determinou a diplomação do suplente do PV.

O senhor Jarbas Porto, secretário da mesa diretora, irmão do candidato a deputado federal Joaquim Passarinho, aliado de  Cesar Meira, vice-presidente do PMN, acompanhado do advogado Paulo Meire, são testemunhas das diligências feitas pelo PV em busca da vaga, incluindo os requerimentos que tramitam da secretaria do Legislativo e a reunião conjunta com a presidente do TRE.

O que ocorreu foi o seguinte. A Assembléia Legislativa tinha uma única opção legal, dar posse ao suplente do PV porque a vaga por lei pertence  ao partido, e o suplente infiel que mudou de partido sem justo motivo que procurasse a justiça para reclamar direitos que achava que tinham.

Haviam três pedidos de posse, um do presidente do PMN e outros dois, um do PV e outro de Mário Alves da Silva. E por que a Assembléia Legislativa tomou o caminho de descumprir a Lei, dando posse a quem não tinha direito a vaga?

Ai, volto a dizer o que disse antes, tudo por aqui está virando caso de política. Vi nitidamente o dedo e até as mãos de alguns candidatos das próximas eleições. Vi e registrei tudo.

Vi também a retaliação a postura de independência que o PV, as duras penas, tenta manter. Por aqui não se admite partidos livres, ou se está do lado do poder ou sofre as consequências, inclusive de perder a vaga conquistada nas urnas.

O TRE ainda nem tinha se posicionado e o presidente da Comissão de Constituição e Justiça Raimundo Santos, que não concorda com a fidelidade partidária (O deputado já passou pelos seguintes partidos: PFL, 1986-1989; PRN, 1989-1994; PPR, 1994-1995; PP, 1995; PPB, 1995; PFL, 1995-2001; PL, 2001, hoje no PEN) foi ao programa de rádio patrocinado pela UGT, defender que a Assembléia Legislativa desse posse contra a lei ao presidente do PMN e que aquele que se achasse lesado que procurasse o direito na Justiça. Conclusão para lá de inconstitucional e ilegal.

A decisão da Assembléia Legislativa de dar posse a quem não tinha direito por ser infiel ao Partido pelo qual concorreu a vaga, embora contra lei, está de acordo com a maioria dos deputados. Para muitos deputados, os partidos e as bandeiras ideológicas servem apenas para se apresentarem aos eleitores durante as eleições, depois de eleitos, esquecem tudo o que os seus partidos defendem.

A posse do presidente do PNM foi marcada antes mesmo do TRE se posicionar. Na véspera da sessão que iria discutir a consulta, fui procurado pelo Jornal O Liberal para falar sobre o que eu achava da posse marcada pela secretária e cerimonial da Casa para o dia seguinte. Disse: estranho, muito estranho.

Mesmo sabendo da ilegalidade, a Assembléia Legislativa, pressionada por interesses puramente eleitorais, deu posse a quem não tinha direito a vaga, mostrando que o baratismo continua vivo e a Lei por aqui continua sendo potoca.

E quem tem o direito, no caso o PV, deve procurar a Justiça. É o caminho que nos resta, pois que seja assim, buscaremos esse penoso e demorado caminho.

Também estamos preparados para reconquistar nossa vaga nas urnas e com apoio popular voltaremos a Assembléia Legislativa para defender o meio ambiente, a justiça verdadeira e também para provar que a sociedade mudou e o velho adágio "Quem não é Meira e nem Lameira, não tem eira nem beira" será derrotado.

A nossa luta pela vaga tem um outro forte elemento. Gabriel Guerreiro pediu, antes de falecer, que o PV brigasse pelo direito a vaga, expressou esse desejo a muitos interlocutores. Guerreiro não aceitava que a tribuna que ele usou fosse ocupada por quem tramou sua cassação por diversas vezes.

Vocês que tentam tomar a vaga parlamentar conquistada pelo PV nas urnas sabem que o fizeram ilegalmente e vão ser julgados pelos seus atos.

Belém não respeita o meio ambiente e sofre as consequências

O aniversario de 398 anos de Belém foi marcado por chuvas e inundações. Muitas ruas alagadas e os canais transbordando prejudicaram a vida das pessoas. A Prefeitura apela para que os moradores colabore e não joguem lixo nos canais. Essas cenas se repetem anos após anos aqui na nossa cidade. Os urbanistas formados pela Universidade Federal do Pará e os planejadores urbanos não encontram soluções definitivas para que Belém conviva em harmonia com a água. 


Tudo parece ter começado em 1771. Nesse ano, o engenheiro alemão Gaspar Gerardo Gronfelts cogitou aproveitar a existência dos igarapés no plano de transformação da cidade. O Plano urbanístico de Gronfelts era transformar Belém numa nova e Veneza, na verdade bem mais bela que a cidade italiana, respeitando os canais e igarapés segundo a bacia hidrográfica. Para isso, desejava manter e interligar todas as bacias, incluindo a histórica bacia do Piri. 

O Conde dos Arcos não quis transformar Belém numa segunda Veneza. Achou melhor eliminar o enorme igarapé do Piri, encarregando, para isso, o engenheiro João Rafael Nogueira. Assim, aos poucos o grande igarapé foi desaparecendo e no seu lugar surgir o canal da Tamandaré. 

O modelo Gronfelts que respeitava o meio ambiente foi esquecido e todas as bacias hidrográficas da cidade de Belém foram transformadas em canais, segundo o modelo Nogueira. Até o histórico igarapé onde Plácido encontrou a padroeira dos paraenses foi canalizado sem a menor cerimônia. Os canais viraram valas para onde o lixo e os entulhos produzidos pela população acabam se deslocando e alagando as ruas das proximidades. 

Aqui no centro, a bacia hidrográfica do Piri, composta pelos igarapés e canais do Piri, Reduto, das Almas.  A bacia do Una. A bacia da Estrada Nova. A bacia do Tucunduba. A bacia do São Joaquim. São bacias que devem ser estudadas e reorganizada, respeitando-se o perfil natural desses cursos d'água. 

Belém, segundo o urbanista Alcyr Meira, nunca contratou os serviços de especialistas para fazer o seu perfil geológico e sem o perfil geológico fica difícil resolver os problemas urbanos e a própria recuperação ambiental das áreas. Estamos autorizando e construindo casas, prédios e equipamentos urbanos onde antes eram o caminho das águas. O resultado ainda será mais danoso para os homens e a natureza. 





As chuvas e as cheias dos rios farão vítimas



Os meses de janeiro a abril são típicos pelo aumento de chuvas na Amazônia. Por aqui cai tanta água que não é exagero dizer que na Amazônia tem um rio aéreo. O fenômeno acontece em decorrência de fatores ambientais que só ocorrem localmente.

A Amazônia é um lugar absolutamente particular em todo o planeta Terra, aprendi isso com o geólogo e professor Gabriel Guerreiro. É a única bacia continental na linha do Equador que é fechada por todos os lados. Os ventos alísios sopram do mar do Atlântico Sul em direção da Amazônia, carregando enorme quantidades de vapor d’água. Esse vapor bate nos Andes, no Parima ou no escudo brasileiro, sobem, resfriam e caem em grandes quantidades.

No solo, a chuva cuidou de construir inúmeros canais de irrigação, por onde passam toda a água que se precipita por sobre a Amazônia. Esses canais alimentam os igarapés e rios e vão desaguar no oceano, evaporando para reiniciar o ciclo das chuvas. Mantido assim, tudo funcionaria sem grandes problemas para as pessoas e para o meio ambiente.

Janeiro de 2014 chegou e no primeiro sábado do ano, em Abaetetuba, 30 casas construídas por sobre o rio Maratauíra, foram tragadas por uma grave erosão. Os desastres provocados pelas ocupações irregulares cada vez fazem mais vítimas.

O rio Tapajós começou a subir. O Xingu também subirá. Logo, logo, o Araguia e o Tocantins vão ocupar suas margens, como fazem todos os anos. E cada vez que isso acontece, os águas encontram barreiras que impedem a passagem natural em direção ao mar.

As cidades amazônidas foram construídas sem planejamentos e sem respeito à natureza. Os canais por onde passavam as águas precipitadas pelas chuvas foram aterrados. Os igarapés tornaram-se valas para receber esgotos e lixo de todo o tipo. As margens dos rios foram desmatadas e depois ocupadas por moradias para abrigar as pessoas pobres que não conseguem se fixar nas áreas altas e secas das cidades.

As autoridades não planejam o crescimento e nem a ocupação do solo amazônico. Não temos por aqui nenhum exemplo de cidade com características regionais. As nossas cidades tem baixo índices de saneamento com tratamento de esgoto. Os lixos produzidos em grande quantidades são acumulados em vazadouros a céu aberto, com o chorume escorrendo e contaminando o lençol freatico. Água tratada e de boa qualidade quase nunca chega nas torneiras das casas das nossas cidades. As campanhas eleitorais são momentos de distribuir asfalto e aterros para as baixadas. E as baixadas, são justamente a morada das águas.

Quando os rios encherem, cobrirem as margens e as casas forem inundadas, as famílias serão retiradas para ginásios, receberão algumas cestas básicas e depois voltarão para as mesmas condições de antes. As chuvas continuarão a cair e sem ter para onde correr, tentarão se infiltrar pelas frestas do asfalto, do cimento ou do aterro. Em pouco tempo se abrirão novas crateras, engolindo casas e provocando vítimas.


Os governadores e os prefeitos podem mudar esse quadro. Como? No lugar de ficar esperando as tragédias acontecerem e decretar estado de emergência que tal ir planejando a drenagem, o saneamento e as moradias, respeitando o caminho que as águas traçaram ao longo de muitos anos? Cada cidade tem uma ou mais bacias hidrográficas. Se forem respeitadas no planejamento urbano, com certeza viveremos com qualidade de vida e sem vítimas.

A vaga de Gabriel por direito é do PV

Tudo no Pará está virando caso de política. Até o direito liquido e certo das pessoas. Entenda o que eu quero dizer.

1. Gabriel Guerreiro faleceu, houve a vacância do cargo de deputado estadual. A Assembléia Legislativa deve chamar o suplente para tomar posse. Que suplente? O suplente do PV, por obvio, já que a vaga pertence ao partido segundo a lei e a farta jurisprudência.

2. Temos dois suplentes diplomados pelo TRE. Um que foi diplomado em 2010 mais que perdeu a suplência quando trocou de legenda partidária, ele hoje é presidente do PMN, fato notório. O outro, Mário Alves da Silva, que foi diplomado em 19 de dezembro de 2013, por decisão recente do TRE, por ser o suplente que permanece no Partido Verde, partido a quem pertence a vaga conforme a lei.

3. O que a maladragem quer fazer. Força a posse do primeiro suplente na marra, que não é mais do PV, e o PV, legitimo dono da vaga que vá a justiça brigar pelo seu direito. É como se você fosse o dono de uma casa e o invasor mandasse você sair e brigar na justiça para voltar a ter direito de morar na sua própria casa.

4. O que não entendo é os veículos de comunicação do grupo RBA, ligados ao candidato Helder Barbalho, trabalhando contra o direito do PV. Agora mesmo assisti a um programa da Rádio Clube e fiquei estarrecido com a forma ostensiva de ataques aos interesses do PV. Será que Helder está sabendo disso?

5. O PV confía que se o direito prevalecer a vaga será do seu filiado Mário Alves da Silva.

Fundaram Belém

BannerFans.com

TV brasileira é baixaria



Prepare-se para assistir um programa que analisa criticamente a TV Brasileira. Eu assisti e fiquei me perguntando por que nós aceitamos tanta humilhação, exposição de corpos, crimes, baixarias na nossas redes de TV? Por quê?

Catadores do Aurá querem dignidade

O lixão do Aurá vai será encerrado em agosto de 2014 e até agora os dois mil catadores que trabalham separando material reciclado e evitando danos ambientais, não sabem qual será o futuro dessa atividade. A prefeitura lançou um edital para contratar a empresa que vai encerrá-lo, mas o edital não contempla os catadores, a coleta seletiva e as atividades de reciclagem.

Os catadores esperar que o Prefeito Zenaldo Coutinho refaça o edital e inclua as reivindicações que já é do conhecimento público, pois foi entregue ao prefeito em reunião no ano passado no centro de triagem dos catadores.

São duas mil pessoas que alimentam outras tantas com a venda dos produtos retirados do lixão. Vidro, metal, plásticos e papel, descartados pelas pessoas, são retirados do lixo, separados, classificados e vendidos. A indústria adquiri os produtos e os reutiliza no processo produtivo, deixando de sacar matéria prima da natureza.

Se o lixão fechar e a Prefeitura não criar o sistema de coleta seletiva, incorporando o catador, todos perdemos. Perdem os cidadãos e o meio ambiente, pois esse material todo que poderia ser reaproveitada será jogado na natureza. Os dois mil catadores que hoje tiram seu sustento do lixo, sem poder trabalhar, passaram a depender de programas sociais. E a indústria de reciclados ficará sem matéria prima essencial.

O catadores sabem que devem e querem sair de cima do lixão. Ali não é um local digno para abrigar trabalhadores e trabalhadoras. Mas querem continuar com a atividade de reciclagem em galpões apropriados e com a coleta seletiva. Tenho certeza que a sociedade estará disposta a colaborar.

Se a prefeitura insistir em não atender os catadores, vamos, infelizmente, ter muitos problemas. Mas confio na sensibilidade do prefeito Zenaldo Coutinho.

Refazendo os planos com a bicicleta em movimento

O Partido Verde está desafiado a refazer seus planos políticos. O desafio é fazer isso pedalando a bicicleta. Nosso objetivo era colocar a sustentabilidade em todos os programas dos próximos governos do Pará, eleger deputado federal e estaduais. O PV é um partido importante por suas teses, razão pela qual deve estar presente com voz e voto nas casas legislativas, apresentando propostas sobre o meio ambiente e também sobre a geração de emprego e renda com sustentabilidade.

Para cumprir as metas, contávamos com o deputado Gabriel Guerreiro. Guerreiro tinha muita experiência adquirida em sete mandatos. Gabriel também tinha muito compromissos com as nossas teses. A sua eleição para deputado federal era um projeto viável, factível e possível de ser alcançado.

O falecimento do deputado Gabriel Guerreiro, no último dia 02.01, vítima de um ataque fulminante, não muda nossos objetivos, tentaremos alcança-los, mas, sem dúvida, nos coloca muito mais dificuldades das que já tínhamos anteriormente. Sem ele, tudo será muito mais difícil e só venceremos se tivermos a união dos filiados, dirigentes e o apóio de pessoas da sociedade que acreditam que o Partido Verde e suas teses são importantes para construir um sociedade melhor e mais verde.

Descanse em Paz, Guerreiro!



Os filiados e dirigentes do Partido Verde paraense comunicam que faleceu, hoje, 02.01.2014, aos 74 anos, vitima de infarto, no Rio de Janeiro onde passou as festas de final de ano com a família, o deputado Gabriel Guerreiro. Guerreiro era um homem admirável por sua trajetória pessoal e política.

Nascido no interior do Pará, lago Sapucuá, Oriximiná, empenhou-se e venceu pela educação. Formou-se em geologia, professor-assistente dos Cursos de Engenharia Química e Geologia na UFRJ, Rio de Janeiro, 1970; Chefe do Laboratório de Geologia; Coordenador do Colegiado do Curso de Geologia; Professor-assistente de Geologia Econômica; Coordenador do Projeto Integrado de Pesquisas em Geologia/geoquímica do Núcleo de Ciências Geofísicas e Geológicas; Coordenador do Setor de Geologia do Núcleo de Ciências Geofísicas e Geológicas; Coordenador do Setor de Geologia do Núcleo de Ciências Geofísicas e Geológicas; Professor-adjunto de Geologia e Prospecção, Belém. Diretor da Companhia Progeo - Projetos de Geologia e Mineração Ltda. Prospecção da Amazônia. Vice-Presidente do Crea/pa/ap, Primeira Região; Diretor-Presidente da Companhia de Mineração do Pará, Paramenérios.

Na Constituição Federal de 1988, deputado federal pelo Pará, Gabriel Guerreiro desempenhou um papel importante. É dele a proposição que transformou o subsolo brasileiro em propriedade da União, resguardando para os brasileiros as riquezas minerais. Como também é de sua lavra a proposta que incluiu os municípios nos royalties minerais.

Ainda como secretário de ciência e tecnologia, Guerreiro criou o Zoneamento Ecológico Econômico, um instrumento que foi o grande marco na compatibilização entre desenvolvimento e preservação dos recurso naturais.

Além de deputado federal, Gabriel Guerreiro desempenhou seis mandatos de deputado estadual, nos quais procurou defender os paraenses, principalmente os interesses da região do Tapajós. Guerreiro era um ardoroso defensor da emancipação do Oeste do Pará, da economia local e da aplicação de tecnologia aos produtos da Amazônia.

Foram sete eleições que consagram o deputado Gabriel Guerreiro, sete manifestações de aprovação dos eleitores. Guerreiro sempre obteve essa confiança, sem comprar votos, sem decepcionar o eleitor e, o que é mais importante, sem participar de esquemas de corrupção.

Gabriel foi um homem que levou uma vida reta, suportando todos os sacrifícios de não se misturar com o lado podre da política. Dizia que não foi o PV que o escolheu, mas ele escolheu o Partido Verde por suas teses que eram as mais adequadas para superar a pobreza e a desigualdade. Descanse em Paz, Guerreiro!

Deputado Guerreiro faleceu

Comunico, com muita tristeza, aos verdes e amigos dos verdes o brusco falecimento do nosso guerreiro, deputado Gabriel Guerreiro. Guerreiro faleceu hoje pela manhã no Rio de Janeiro, após ter sentido um mal-estar e ter sido internado no Hospital Copa D'or. O corpo deve ser transladado para Belém.

Bom primeiro dia do ano!

Bom primeiro dia de 2014 para todos vocês.

Sabe aquele primeiro passo com o pé direito? É isso.

Sair da cama, pisar firme com o pé direito e caminhar. Caminhar firme em busca dos sonhos e realiza-los. Caminhar é escolher o chão que se pisa e rumo a seguir.

São escolhas consciente que fazemos na vida. Muita coisa na vida depende das nossas escolhas. Se escolhemos bem, a probabilidade de sucesso é de quase 100%.

Sair da cama e escolher viver bem é o primeiro passo.

Viver sempre um dia de cada vez.

Viva o dia de hoje, primeiro dia, intensamente. Depois, siga vivendo cada dia sem querer saltar o calendário.

Seguindo assim, chegarás em 31/12/2014 com todos os sonhos e metas alcançadas.

Feliz Ano Novo!
 

Posts Comments

©2006-2010 ·TNB