NOTA À IMPRENSA, À SOCIEDADE E AOS ADVOGADOS - PEDIDO DE AFASTAMENTO DE OPHIR DO CNJ

Nesta terça, 31 de janeiro, ao mesmo tempo em que o Conselho Federal da OAB realizará um ato de apoio ao Conselho Nacional de Justiça, nós, do movimento OAB DE TODOS, protocolaremos no CNJ oPEDIDO DE AFASTAMENTO DO ASSENTO CONSTITUCIONAL DO PRESIDENTE NACIONAL DA OAB NO CNJ.

Estamos absolutamente convencidos que todo cidadão, ou grupo, que deseje, verdadeiramente, como nós desejamos, o fortalecimento do CNJ, deve lutar pelo afastamento do Presidente nacional da OAB do CNJ.  Afinal de contas, lamentavelmente, o Presidente da OAB perdeu todos os requisitos de idoneidade moral para permanecer à frente da OAB e, mais ainda, para defender o mais importante órgão do Poder Judiciário - o CNJ.

Nesta hora decisiva para o futuro do Conselho Nacional de Justiça, não podemos assistir passivos à tragédia de um ato público convocado por quem é acusado de ter uma vida institucional e profissional divorciada dos valores cultuados pela instância de gestão do Poder Judiciário.

De fato, como emprestar credibilidade a alguém que:

1. Não trabalha no serviço público há quase 15 anos, sob o pretexto de servir à OAB, mas não se encontra licenciado do seu escritório, cujo crescimento exponencial neste período, bem indica a dedicação do seu ilustre sócio à advocacia privada à custa dos cofres públicos;

2. Indicou quando Presidente da Seccional da OAB, sua irmã mais velha ao quinto Constitucional do TRT da 8ª. Região, a qual foi efetivada como desembargadoras;

3. Indica o seu sócio, como assessor especial do Governador do Estado, para, como  o segundo da Consultoria do Estado, onde seu Pai foi e continua sendo consultor de todos os governos do PSDB, mandar de fato e opinar em todos os atos de governo;

4. Recorre ao expediente de licenças particulares para livrar-se do obrigações de professor da Universidade Federal do Pará, e ainda, ser contratado pelo seu Pai, quando exercente do cargo de Chefe da Procuradoria da UFPA para defender a UFPA e seu Reitor em Juízo;

5. Está licenciado do serviço público para a OAB, mas disponível para advogar para as estatais do Estado;

6. Criou na OAB, quando era Presidente da seccional do Pará, a famigerada figura do cartão corporativo - cuja prestação de contas foi impugnada por auditoria independente por despesas sem comprovação e despesas pessoais em botequim;

7. Exige transparência do Poder Judiciário com cartões corporativos, mas não publica no Balanço do Conselho Federal, quanto gastou e com que gastou no seu cartão corporativo e dos demais diretores da entidade. Balanço turvo, que não informa à classe quanto a diretoria gastou em viagens nacionais e internacionais, familiares que os acompanharam, diárias, hospedagens, telefones corporativos e ainda se ofendem quando lhes cobram a exibição destes gastos em juízo;

Enfim, NÓS - advogados e sociedade - não podemos permitir a defesa do CNJ confiada a quem anda na contramão dos valores republicanos. E de fato não o permitiremos!

Contudo, o Movimento OAB DE TODOS não mais fará, como programado, o ato público em frente à sede do Conselho Federal da OAB para evitar que nossos adversários não prossigam o envenenamento da opinião pública, afirmando que estamos a serviço da magistratura de primeira instância.

A despeito das nossas credenciais, preferimos evitar a manipulação fácil dos covardes. Quando denunciamos os juízes TQQ no Pará, eles calaram; quando denunciamos a falta de assiduidade e pontualidade da magistratura, eles nada fizeram; quando defendemos as prerrogativas de nossos colegas em sessão de desagravo em praça pública, eles não compareceram; como se esconderam quando marchamos contra a corrupção de gente poderosa no Pará.

Não estaremos fisicamente às portas do Conselho Federal, mas pediremos ao CNJ que responda nosso pedido para que o Presidente da OAB seja afastado de seu assento por não mais possuir os atributos mínimos de idoneidade que o ofício requer.

Exigiremos ainda que o Conselho Federal responda o que fará com o pedido de afastamento do seu Presidente que foi protocolado no dia 12 de Dezembro e, até agora, foi vergonhosamente engavetado.

Lutaremos até o fim contra o golpe na OAB do Pará, que teve a gestão mais dinâmica e combativa dos últimos anos, apeada do cargo para tender a reclamação feita ao Presidente nacional da OAB pelos políticos que governam o Estado, os quais, a tirar pelo silêncio eloqüente do Conselho Federal, parecem governar um idílico paraíso amazônico.

Belém, 30 de janeiro de 2012.

GRUPO OAB DE TODOS

O Pará é campeão de hanseniases

A hanseniases é a doença mais antiga da humanidade, por ser a mais antiga é a mais conhecida. A medicina e a humanidade sabe tudo sobre ela, inclusive como se transmite e como se cura. Por que o Pará ainda é o campeão deste mal? Isto é inaceitável.

O que adianta lutar para ser sede da copa ou abrigar uma equipe do LIECHTENSTEIN, NAURU ou TUVALU para treinar com vistas aos jogos olímpicos se estamos perdendo o jogo para um pequeno bacilo? Foram mais de três mil casos no ano passado.

Quando eu era criança e morava no bairro do Guamá, todos os alunos da rede pública eram vacinados e foi através de uma campanha de vacinação no Grupo Escolar Frei Daniel que descobrimos um parente próximo com a doença. A descoberta precoce permitiu o tratamento, a cura e a não contaminação dos demais, já que na minha casa, éramos da Sociedade de São Vicente de Paula e trabalhávamos em campanha de caridade com os "leprosos" de Marituba e da Colônia do Prata. Arrecadávamos roupas, revistas, remédios, alimentos para distribuir nas colônias nos dias de visita.

Conheço muito bem a doença, sei o quanto ela infelicita a pessoa contaminada e os parentes, mas sei que é fácil curá-la, por isso me entristeço que o Pará ainda apresente tantos casos.

Esqueçamos o passado, não vamos aqui acusar ninguém, embora mereçam, mas apenas fazer um apelo ao Governador Simão Jatene e ao Senador Jader Barbalho, os dois lideres atuais do Pará, vocês que venceram seus adversários políticos nas urnas, nos tribunais, nos bastidores podem derrotar o bacilo de hansen, é só querer?

Abaixo vai a foto do nosso adversário mais importante a ser combatido no momento, vamos fazer um pacto pelo Pará sem hanseniases?

Eleição municipal, como acertar no melhor candidato?

Praticamente já foi dada a largada para as eleições municipais. O eleitor, daqui para frente, vai começar a ser instigado a pensar sobre o assunto. As notas das colunas vão destacar os feitos de uns ou os defeitos de outros. As reportagens dos jornais e rádios vão tentar induzir o eleitor na direção de determinados candidatos. Os cabos eleitorais, com a capa de líder de bairro, vão procurar as pessoas para pedir o voto.

Novo voltará a nos assaltar a velha dúvida de outras eleições, como escolher o melhor partido e o melhor candidato para cuidar da nossa cidade, seja como prefeito ou como vereador? Não é uma escolha fácil, não, não é mesmo!

Vamos aqui tentar nos ajudar mutualmente. Eu escrevo umas dicas que aprendi por ai e você posta comentários com a sua experiência. Que tal?

Dica 1. Comece por pensar nos problemas do dia a dia que atrapalham sua vida e de sua família, depois liste quem são os responsáveis por tornar a cidade um espaço de sacrifico e não de prazer.

A Rejane Barros, da Revista Troppo, abriu sua coluna neste domingo protestando contra a poluição de Belém, não só a poluição visual, mas também e principalmente a poluição sonora. Nossa cidade, de fato, está suja e barulhenta. Lixo espalhado pelas vias. Faixas de pano com propagandas de festas por todos os cantos, até em canteiros públicos. Faixadas horríveis anunciam os produtos e escondem a beleza da arquitetura urbana. Mas o barulho de foguetes, de festas, de carros-som, de buzinas... São insuportáveis. Fico fulo da vida quando encosta uma camionete com uma aparelhagem na traseira, que faz tremer tudo ao redor e tocando aquela bosta: eu era feiiiooo, agora eu tenho carro, ou, ou...

Na Coluna Repórter 70, o colunista, reclama do abandono a que estão submetidos os nossos casarões antigos, ameaçados de ruir por causa do abandono. O Capela Pombo, construída pela arquiteto Landi, foi posta à venda sem cerimônia. Prédios antigos com árvores crescendo nas fachadas.

Os carnavalescos, como Vetinho, André Kaveira, Eloi Iglesias, gritam contra a falta de apoio oficial a cultura. E não é só o carnaval que sofre, nossa cultura está sendo invadida por grupos dos nordeste financiados pela industria da cerveja. Estou com esperança no Tito Barata do IAP e no Nilson Chaves do Centur.

O Jornal O Liberal denuncia o descaso com a saúde da população e aponta como um dos responsáveis o jogo de empurra entre a Secretaria de Saúde do Município e do Estado.

O Manoel Nemésio, que mora com a família no Jurunas, sofre quando chove, pois não consegue entrar em casa sem molhar as canelas por causa da enchentes na Avenida Fernando Guilhon. A Feira Livre do Jurunas é uma imundice só, a lama do dia anterior se mistura aos pés dos inúmeros barraqueiros que marretam em plena via ou no abandonado Complexo do Jurunas. Os candidatos prometem que vão resolver o problema de drenagem do Bairro desde a época que Manito fundou o Racho Não Posso Me Amofinar e até hoje nada foi feito.

O amigo Robson e Ocivaldo, dois lutadores contra a corrupção que assola as prefeituras, sofrem com o trânsito infernal da Cidade. A quantidade de carros que circulam nas nossas ruas são em números cada vez maiores, o trânsito não tem planejamento e os motoristas paraenses dirigem muito mal. Novas vias não foram construídas e o transporte público, um problema para o líder comunitário do Camerlândia, é caro e de péssima qualidade.

A Márcia da Cremação e o Jorge da Terra Firma gostam de Belém e dos bairros onde nasceram, o que atrapalha é a violência urbana. Ver jovens da vizinhança serem atraídos pela droga e tragados pelas execuções por falta de alternativa não é nada alentador, pior porém é aturar os noticiários dizendo que os índices de violência estão baixando ou os políticos prometendo soluções que nunca chegam.

Os partidos e os candidatos sabem dos problemas que atormentam as pessoas porque estes aparecem nas suas pesquisas e, com ajuda dos marqueteiros, vão falar sobre os assuntos com tanta convicção que até nos confundem a cabeça, fazendo com que a gente erre no voto e sofra pelos quatro anos seguintes.

A ciência da boa opção de voto está em combinar todos os aspectos.

Dica 2. Observe as características pessoais do candidato: para ser um bom político, o candidato tem que ser uma boa pessoa, um bom irmão, um bom pai, um bom vizinho... Uma pessoa ruim para os seus, nunca será um bom político para sua cidade.

Dica 3. Procure conhecer o curriculum do candidato para saber da sua competência técnica. Não é preciso que o prefeito seja diplomado em todos os assuntos que a cidade precisa solucionar, mas ele precisa ser um administrador, precisa saber montar equipe e ter vontade de operar as mudanças.

Dica 4. Observe como ele agiu quando ocupou outros cargos. Dizem por ai que não é o poder que corrompe, o poder apenas revela a pessoa. Se o político foi um prefeito ou vereador omisso, ineficiente, corrupto, apoiou apenas a elite ou os inimigos da cidade em que você mora, para que você vai dar-lhe novo mandato?

Dica 5. Observe o partido ou os aliados do seu candidato. A velha máxima popular ainda é valida nestes casos, diga-me com que andas e direis quem tu és.

Um candidato recebe apoio financeiro para fazer propaganda e ganhar seu voto. Quem o apoio financeiramente faz investimentos. Uns investem numa boa cidade e outros investem em negócios eleitorais. Os que investem numa boa cidade são bons e ajudam na democracia, os que investem em negócios eleitorais querem retorno em dobro e são inimigos da população.

Dica 6. Antes de votar, veja quem está pagando a conta da campanha do candidato que quer seu voto.

Depois de ler estas dicas, alguém pode dizer que saber tudo isto antes de votar é difícil. Claro que é, mas não tem jeito, precisamos destas informações. As redes sociais podem ser um poderosos instrumento na busca e disseminação das informações. Vamos criar um movimento para esclarecer o eleitor? Eu topo.

As mangueiras de Belém estão caindo

mangueiras

Cuidei, com muito zelo e prazer, por nove meses, das mangueiras de Belém, quando fui secretário municipal de meio ambiente, e sei que, na atual conjuntura, não é uma tarefa fácil.

A Semma tem poucos funcionários concursados e quase nem uma estrutura, tudo por lá é terceirizado para umas empresas que tem pouca habilidade e quase nem um interesses em trabalhar corretamente, mas tem fortes padrinhos que garantem sua permanência como prestadores de serviços públicos.

A secretária Camilia, a diretora-geral e os poucos técnicos de que dispõe a Secretaria, amam o que fazem, mas a Semma é vista pelo resto da administração como o patinho feio, querem a Secretaria apenas para liberar licença ambiental, emitir laudos e pagar os contratos adrede preparados.

As mangueiras são altas, frondosas, belas, aplacam o calor, trazem benefícios para a qualidade de vida da Cidade, mas no inverno devem estar firmes para aguentar o tranco das chuvas. O trato da boa podagem para aliviar o peso. Tirar as ervas daninhas colocadas pelos passarinhos que as parasitam é essencial. O exame dos troncos para avaliar o nível de sanidade faz parte da boa manutenção.

Se a PMB fizer o dever de casa, sobrará apenas o imprevisto que está ligado a um vento mais forte ou ao comprometimento das raízes, impossível de avaliar antecipadamente, mas que são responsáveis por uma número bem pequeno destes desastres, como o que ocorreu esta semana.

A árvore que caiu em frente ao Colégio Gentil por sobre uma banca de revista e que quase atingi o prédio histórico onde funciona a Casa do Trabalhador ( e que não foi derrubada pelo dragão da inflação como sugere a bela charge de JBosco) é uma daquelas centenárias filhas da arborização feita no século passado e, do ponto onde estava, deve ter testemunhado muitas transladações e tantos recírios, assistindo a saída da Santa na véspera da grande Procissão e a volta da Imagem quinze dias após ficar a disposição dos romeiros, para receber seus inúmeros pedidos.

Uma outra vai ser plantada no lugar, mas demorará muitos anos para crescer e sombrear a Avenida Magalhães Barata, isto se florescer, pois as atuais condições ambientais são completamente adversas daquelas do início do Século passado, quando Belém tinha pouco mais de 300 mil habitantes e meia dúzia de Ford Bigode, com carrocerias de madeira, fazendo a linha circular externo, rotina quebrada apenas por algumas Rurais Willys compradas na antiga Cobras.

Peço ao próximo prefeito, eleito em novembro de 2012, que dê a Semma a importância ambiental necessária para que tenhamos uma Cidade Sustentável e com uma arborização bonita e saudável.

Recomeçou a guerra entre PSDB e PMDB em Ananindeua

A deputada Simone Morgado prometeu denunciar a gestão do presidente Manoel Pioneiro. Segundo o Blog do Bacana, Simone vem preparando um alentado dossiê, com manipulação de licitações e outras irregularidades cabeludas. Os documentos serão entregues a imprensa. Vamos aguardar.

Crime de Imprensa

crime de imprensa

Hoje, 27.01, as 19 horas, na FOX Vídeo, acontecerá o lançamento do Livro “Crime de Imprensa”, dos jornalistas Palmério Dória e Mylton Severiano. O Livro aborda a cobertura da grande imprensa na última eleição presidencial.

Para divulgar o Livro, Palmério Dória participou de um bate papo, ontem, no IAP (Instituto de Artes do Pará), que é presidido por Tito Barata. A conversa com uma seleta platéia foi mediada pelas jornalistas Ivana Oliveira e Rita Soares e iniciou com a provocação de Tito Barata: jornalismo é literatura?

Palmério preferiu iniciar sua manifestação lendo um belo texto de resgate histórico da imprensa brasileira, passando pela cobertura da Guerra de Canudos, que deu origem a “Vidas Secas” de Graciliano Ramos, em 1938; Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto); Samuel Wainer; para provar que o novo jornalismo é tão velho quanto a resistência de profissionais de imprensa a manipulação da notícia.

A iniciativa do IAP; a platéia, com Nélio Palheta, Pedro Galvão e muitos jovens jornalistas; as mediadoras, Ivana e Rita, com suas brilhantes intervenções e Palmério Dória, acenderam a luz neste final de túnel onde se colocou a imprensa paraense, que no passado contou com brilhantes jornalistas, mas que hoje mal sabe interpretar um importante conflito como o que envolve a maior e mais poderosa instituição da sociedade civil, a Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará, sob obscura intervenção política.

A OAB, na administração Jarbas Vasconcelos foi parada por incomodar os poderosos que queriam construir prédios na orla da cidade; que estão se beneficiando com Belo Monte; que desviaram milhões dos cofres da Assembléia Legislativa; que privatizaram a Justiça Estadual; que contratam assessores especiais sem lei; que impedem os mais pobres de receberem políticas públicas compatíveis com suas necessidades; que usam o prestigio da instituição para arrecadar cargos e outras vantagens…

A imprensa local divisou três razões-justificativa para tão absurda intervenção: Jarbas Vasconcelos se uniu a Rômulo Maiorana, entrando na briga Liberal X Diário do Pará e isso é imperdoável; tentou vender para um conselheiro, por sob-preço, um terreno de propriedade da Ordem, em Altamira; ou a briga é política por poder interno. Estes são os crimes hediondos cometidos por Jarbas Vasconcelos. Pensar neles talvez acalme a consciência de alguns profissionais e os autoriza dormir em paz, todas as noites.

Se eu fosse jornalista, soubesse investigar e escrever, faria um livro de repercussão nacional, desvendando os interesses por trás desta absurda e inédita intervenção em uma seção da OAB. E sabe qual seria o título? “advogados do crime organizado contra o povo”. Não precisa dizer, sou ruim de título, mas é o que me vem a mente.

Nas investiga

Jarbas ingressa com Medida Cautelar para exibição de documentos da OAB

O Conselho Federal da OAB que teve um orçamento de R$ 153 milhões em 2010 e com previsão de ter executado R$ 200 mihões em 2011, não presta contas para nem um órgão controlador.

A OAB, que diz lutar por transparência nos órgãos de governo e do Poder Judiciário, não faz o dever de casa, pois a prestação de contas publicada no seu site é tão obscura que “permite apenas ver, mas sem enchegar”.

O advogado Jarbas Vasconcelos, diante de tão evidente falta cumprimento das regras constitucionais, ingressou com medida cautelar para exibição de documentos. Conheça a teor da ação:

01. Com efeito, presta-se a presente medida cautelar a obtenção dos extratos das despesas efetuadas nos cartões de crédito coorporativos, mantidos perante instituições financeiras oficiais e utilizados em nome da OAB Nacional para o pagamento de despesas dos membros da Diretoria do Conselho Federal da Ordem, bem como do seu Presidente Nacional, nos anos de 2010 e 2011.

image

De quem é a Cidade de Belém?

A Cidade de Belém pertence aos seus moradores, mas parece que o prefeito Duciomar não pensa assim. O Prefeito “Bicho do Mato” faz uma confusão entre o mandato popular que lhe deu posse do cargo por um período para dirigir o Poder Executivo, com a propriedade. Duciomar toma decisões e as põe em prática sem que os moradores, verdadeiros proprietários, sejam informados.

Foi assim durante o mandato inteiro. Só nos tempos, Dudu privatizou o lixo, um contrato milionário, sem consultar ninguém; manipulou licitação, usurpou o projeto Via Metrópole para implantar o BRT pela metade sem ouvir um só usuário; sancionou a lei que mudou o nome da Apinagés sem consulta popular conforme dizia a Lei Orgânica do Município. Isto só para lembrar fatos episódicos.

Ontem, 24.01, os comerciantes do Mercado de São Braz foram surpreendidos com a decisão comunicada pela Secretaria de Economia que devem desocupar o prédio. Desocupar para que? Para onde vão os comerciantes que foram tirados da rua pela prefeitura, receberam apoio do Fundo Ver o Sol para ocupar o Mercado e agora são despejados como se fossem invasores?

Dizem que vão transformar o Mercado em teatro. Teatro? Bacana. Mas quem discutiu isto? Alguém sabia deste novo destino a ser dada para o prédio histórico construído no período lemista? Será que a obra ficará pronta até o final deste mandato ou será mais uma daqueles que ficarão pela metade, sendo apenas usada como propaganda eleitoral, como foi o caso do Portal da Amazônia ou da macrodrenagem anunciada como o fim dos alagamentos, mas que as chuvas são a prova viva que Mundurucus, Pariquis, Caripunas, Quintino e tantas outras ainda vão ter que esperar outra administração?

Nós os moradores e verdadeiros donos de Belém precisamos tomar conta do destino da nossa Cidade. Vamos fazer um movimento tipo “Sempre Apinagés” e mostrar quem manda por aqui. Eu topo.Mercado de São Braz

ATO EM DEFESA DO CNJ: FORA OPHIR!

No Dia 31 de Janeiro, o Conselho Federal da OAB fará um ato em defesa da competência do CNJ. Nós do movimento OAB DE TODOS faremos um ato  pedindo o afastamento de Ophir do CNJ.

Ophir é acusado de receber a maior remuneração paga à carreira de Procurador do Estado do Pará, cargo que ocupa sem trabalhar há 14 anos, o que contraria dispositivo expresso do regime jurídico único dos servidores estaduais. 

Ophir  é acusado de advogar contra e favor de entes estatais, da administração direta e indireta do Estado, mesmo estando licenciado do cargo. Quer dizer, ele está cedido para a OAB quando se trata de exercer o múnus do seu cargo, mas se o Estado remunera seu escritório, o bravo causídico está disponível... Assim procede seu sócio, Thales Pereira, Procurador do Estado cedido ao Gabinete do Governador como assessor especial, onde, de fato, assessora o Pai de Ophir, ex-presidente nacional da OAB e agora, Consultor Geral do Estado.

Ophir também é acusado de obter sucessivas licenças para tratar de assuntos particulares, prorrogadas e prorrogáveis  por longos  12 anos, do cargo de professor de direito do trabalho da Universidade Federal do Pará.  Também, foi acusado de ter contratado o seu escritório pelo Pai, quando Chefe da Procuradoria da UFPA para defender   em juízo os interesses do Reitor e da Instituição.

Ophir foi acusado de instituir o cartão corporativo na OAB/Pará e usá-lo indevidamente, sem comprovação de gastos e gastos indevidos. A sua prestação de contas não comprova as despesas que relaciona e por isso, depois de auditadas pela atual gestão da OAB, foi remetida ao Conselho Federal para serem revisadas.

Com base em todos esses fatos e a forte repercussão na imprensa nacional, o Presidente Jarbas Vasconcelos pediu no dia 12 de Dezembro, o afastamento de Ophir do cargo de Presidente do Conselho Federal até que os fatos fossem apurados. Até agora, o Conselho  Federal não se manifestou! A Diretoria insiste em blindar um morto-vivo, sem condições morais de prosseguir! Uma vergonha à advocacia brasileira!

Por isso,denunciamos a finalidade d o ato do Conselho Federal em defesa do CNJ. Quem  dirige o CF não quer  forteler o CNJ,, mas manipular politicamente a situação vivenciada pelo Judiciário em proveito próprio  da diretoria da OAB. Trata-se de  tentar ressuscitar o prestígio do Presidente da OAB, hoje metido em vestes rotas, fraco e empalidecido frente à nação!

Entendemos que só um CNJ forte será capaz de vencer os desafios que lhe são postos. E, não acreditamos que mantendo  o assento constitucional de um Presidente da OAB atolado em denúncias de improbidade possa contribuir para a defesa da autoridade moral do CNJ.

Por isso, em defesa do CNJ: FORA OPHIR!

Convidamos  todos os amigos, advogados e advogadas, para estarem conosco neste ato cívico, onde pediremos o afastamento do assento constitucional do Presidente nacional da OAB do CNJ, podendo a OAB indicar outro conselheiro para substituí-lo, bem como, cobrar explicações do pedido de afastamento do advogado Ophir da Presidência da nossa Instituição. 

O Ato será realizado no dia 31, às 14 horas nas portas do Conselho Federal!

Jarbas Vasconcelos

OAB de TODOS 

A intervenção na OAB Pará para esconder desmandos de Ophir Jr.

Na manhã da próxima quarta-feira, dia 25/01/2012, o presidente eleito da OAB-PA Jarbas Vasconcelos ajuizará, em Brasília, uma ação de apresentação de documentos, para obrigar o presidente nacional da OAB, Ophir Cavalcante, a apresentar as faturas detalhadas de seus cartões corporativos, bem como as prestações de contas da sua administração. O presidente Jarbas é legítimo para fazê-lo, visto que é advogado e também contribui com o Conselho Federal, que é sustentado pelas anuidades de todos os advogados do país, inclusive pela dele.

Somente agora, passados quatro meses da intervenção, o verdadeiro motivo da intervenção começa a ficar mais claro para a classe advocatícia que com certeza não sabe ainda de metade dos desmandos que estão assolando o velho casarão da OAB-PA.

Após “tomarem conta” da OAB com o discurso de que poriam a casa em Ordem, de que não iriam perseguir e nem demitir funcionários, a farsa emerge na sede da instituição: a sala das prerrogativas (grande conquista dos advogados paraenses) totalmente desmontada, funcionários sendo demitidos e perseguidos politicamente, sem falar no surpreendente retorno de três diretores da OAB-PA, que no apagar das luzes em uma decisão monocrática do relator no Conselho Federal, reassumirão seus cargos na instituição, após o arquivamento do processo aberto contra os três.

E agora, a última informação que corre pelos bastidores da intervenção é de que o Conselho Federal da OAB - CFOAB ou a Diretoria interventora da OAB/PA abriu Processo Administrativo contra os dois membros da Comissão de Orçamento e Finanças para apurar vazamento de informações sigilosas (compras no exterior com o cartão corporativo da Ordem) e possível desaparecimento de documentos (que segundo afirmam os interventores que estava tudo documentado e a prestação de contas completa).

Quer dizer, o CFOAB prefere retaliar quem quer a transparência na OAB do que abrir suas contas, protegendo o presidente nacional e todos aqueles ligados a ele?

No final do ano de 2011, observando e cumprindo o dever institucional que lhes foi conferido e, motivados por diversas ressalvas apresentadas durante as sessões para apreciação das contas do triênio 2007/2009 (Gestão da Ex Presidente Ângela Serra Sales), decidiram realizar uma análise mais detalhada das mesmas. Foi a primeira auditoria externa realizada nas contas da OAB em toda a história da instituição.

Um auditor contábil analisou os documentos (os que existiam, é claro) e para surpresa de todos diversas irregularidades nas citadas contas foram encontradas:

1. Cheques compensados sem a comprovação de documentos no importe de R$1.200.884,14 (um milhão, duzentos mil, oitocentos e oitenta e quatro reais e quatorze centavos);

2. R$23.066,90 (vinte e três mil e sessenta e seis reais e quatorze centavos) gastos com o Cartão de Crédito Corporativo do Banco do Brasil, sem documentação comprobatória, enfatizando-se a realização de pagamentos em bares e ainda a compra de jóias em Portugal;

3. Gastos sem comprovação nos outros Cartões Corporativos, totalizando os seguintes valores: R$37.55l,75 (trinta e sete mil, quinhentos e cinqüenta e um reais e setenta e cinco centavos) no Cartão Visanet; e R$30.763,65 (trinta mil, setecentos e sessenta e três reais e sessenta e cinco centavos) no Cartão Mastercard;

4. Falta de repasse à UNIMED de R$-1.225.707,47 (um milhão, duzentos e vinte e cinco mil, setecentos e sete reais e quarenta e sete centavos), pagos pelos advogados vinculados a este plano de saúde, cujos valores foram utilizados para cobrir gastos da Seccional; entre outras.

E mais... Movida pelos mesmos motivos, a comissão também apurou as contas do ex-presidente Ophir (o criador dos Cartões Corporativos na OAB/PA), e verificou que no período de seu segundo mandato na OAB/PA (triênio 2004/2006) também houve inúmeras irregularidades, como por exemplo:

1. Cheques compensados sem a comprovação no valor de R$-238.285,89 (duzentos e trinta e oito mil, duzentos e oitenta e cinco reais e oitenta e nove centavos);

2. R$15.528,42 (quinze mil, quinhentos e vinte e oito reais e quarenta e dois centavos); gastos com o Cartão de Crédito Corporativo do Banco do Brasil, sem documentação comprobatória, enfatizando-se que dito acontecimento se materializou em 2006, período em que a auditoria conta como inicial do uso ou adesão da OAB/PA aos cartões de crédito corporativos;

3. Pagamento de bebidas alcoólicas com verba da OAB, inclusive os cartões corporativos; entre outros.

O fato é que diante de tudo isso e do resultado estarrecedor da apuração contábil, a Comissão de Orçamento e Finanças apresentou todas estas informações ao CFOAB, inclusive com o relatório completo da Auditoria Independente realizada pela referida comissão. Porém, até o presente momento o Conselho Federal nada fez.

Da inércia do CFOAB diante do fato, o Presidente Jarbas Vasconcelos representou contra a corregedora do Conselho Federal Márcia Machado Melaré, pedindo seu afastamento do cargo, por prevaricação. Mas até o presente momento nada foi feito com esta representação, não se sabe nem mesmo se ela foi autuada e distribuída.

Também foi pedido o afastamento do presidente do Conselho Federal, Ophir Cavalcante, que comprovadamente não tem idoneidade moral para estar à frente de uma instituição como a Ordem, que gasta fortuna com o cartão corporativo, ganha outra fortuna com o exame de Ordem – mais de R$ 40.000,00 a cada exame realizado em cada seccional, e ninguém sabe como é administrado esse dinheiro, pois ninguém controla as contas da Ordem.

O que fazer com os camelôs de Belém?

Por que Belém é tomada por camelôs? O camelô tem direito a ocupar as ruas, calçadas e praças impedindo o livre acesso e a circulação de pedestres? Por que só em Belém o comércio através de camelôs não conseguem ser disciplinado pelo poder público?

Os candidatos a prefeito de Belém abordam grandes temas durante os debates eleitorais, mas deixam de fora coisas do cotidiano que incomodam a população, uma delas é o que fazer com os camelôs que obstruem calçadas, impedem a circulação, não pagam impostos e mesmo sendo tido como uma saída duvidosa para o desemprego significa um entrave inaceitável para a livre organização da Cidade.

O povo, acreditando que não tem uma solução para o problema, até cunhou uma frase para marcar o conformismo como este tipo de atividade: "é melhor eles estarem ai do que roubando". A prática, porém, desmente esta afirmação, pois Belém é uma cidade cheia de camelôs e muito violenta.

Os prefeitos tem adotado algumas medidas, que por serem paliativas, todas, até hoje, fracassaram. A repressão e a violência não surtiram efeitos, porque limparam a rua jogando o problema para debaixo do tapete. A remoção de uma área, levando-os para outro ponto da cidade também não funcionou, os camelôs acabam retornando para o local de maior movimento. A antiga Feira do Açaí, que antes estava cheia de camelôs, foi liberada e a prefeitura os retirou de lá e os alojou na bela Praça dos Pescadores, tempos depois, novos camelôs ocuparam a antiga área e perdemos os dois espaços de lazer. Os camelôs das transversais do comércio que foram removidos para o Espaço Palmeira agora tem duas bancas, uma no novo local e outra, com algum parente, na mesma transversal. A histórica Praça das Mercês, palco de batalhas cabanas, está completamente tomada por camelôs remanejados de outros pontos da cidade. A Praça da República começou com a feira de artesãos e hoje tem pelo menos três novas feiras: a dos importados, a de comidas e de produtos industrializados, até animais são comercializados por lá.

Os candidatos a prefeito, na busca pelo voto fácil, precisam parar de fazer jogo duplo com a cidade e com os camelôs ao mesmo tempo. É preciso entender que as pessoas tem direito a calçadas para circular livremente. Que a cidade ganha melhor aspecto e atrairá turismo e negócios se preservar sua paisagem.

Depois é fundamental estudar o que atrai os camelôs em direção ao centro ou a pontos específicos de Belém, entendendo a questão, é possível planejar o comércio exercido pelos ambulantes conciliando os direitos destes com os da maioria das pessoas.

Como Curitiba venceu e organizou o comércio informal? Criaram os espaços em cada rua para um número aceitável de camelôs e também montaram uma via própria para o mercado informal. O Rio de Janeiro construiu os shoppings populares. O melhor administrador é aquele que também tem capacidade de copiar e aplicar as boas idéias.

Belém, nossa morena querida, não pode mais aceitar que a cidade seja terra de ninguém, onde empresários de fora do Estado, arregimentem pessoas na periferia, a preço vil, sem carteira assinada, sem os direitos trabalhistas garantidos, para vender seus produtos em qualquer ponto da cidade, atravancando as ruas e calçadas, sem que o Poder Público defenda os direitos da população em ter uma Belém organizada.

Antes dos partidos políticos pensarem no nome de candidatos, que tal estudarem melhor os problemas cotidianos que atrapalham o dia a dia da população? Vamos pensar numa Belém moderna e quatrocentona.

Partido Verde de Marituba tem sua Sede Invadida duas vezes, Documentos são roubados!

Parece que alguns grupos políticos de Marituba ao invés do diálogo querem mesmo é partir para a agressão e baixaria e também para o lado da criminalidade.
Desta vez o cúmulo foi a invasão da Sede do Partido Verde de Marituba, que foi arrombado, por duas vezes em menos de duas semanas.

Saiba mais no Portal Maritiba

Belém sustentável

O que será uma "Belém Sustentável" ? Na visão do Partido Vede será uma cidade boa para viver e criar os filhos.

Uma cidade assim precisa cuidar da qualidade de vida dos seus habitantes promovendo um bom sistema de transporte público integrado. O ir e vir diário em busca do trabalho e das necessidades básicas deve ser feito com conforto, rapidez, baixo custo, mas sem emissão de gases poluentes. O transporte individual não é a melhor saída, não temos e nunca teremos ruas suficientes para que cada pessoa se desloque de automóvel.

Uma cidade assim precisa cuidar do esgoto. Belém, após 400 anos de existência, continua jogando as águas servidas, cheias de produtos tóxicos, diretamente no rio Guamá ou na Baia do Guajará. Nossa cidade não fede a podre, graças a maré de todos os dias, mas a sujeira é responsável pelo desaparecimento dos peixes e pela o aparecimento de muitas doenças graves na nossa população.

Uma cidade assim precisa cuidar do lixo que produz. As pessoas acham que jogando o lixo da porta da casa para rua estão se livrando dele, mas não é assim que a banda toca. O planeta não tem porta e todo o lixo que produzimos fica aqui, convivendo conosco. Por isso, separar, reaproveitar, reciclar e tratar é a melhor solução para termos uma Belém saudável.

Uma cidade assim precisa preservar nascentes de rios, igarapés, áreas verdes e aumentar a arborização. O equilíbrio entre as áreas asfaltadas, construídas com as áreas naturais garantirá o futuro ambiental de Belém e o Plano Diretor Urbano de Belém já traz as regras para a preservação, basta cumpri-lo.

Uma cidade assim precisa dividir melhor seus espaços urbanos e a disposição dos equipamentos públicos. Os principais órgãos públicos estão no centro da cidade obrigando que as pessoas se desloquem sempre na mesma direção, tumultuando o trânsito e inviabilizando o planejamento de ações urbanas. Pode ser diferente? Claro que pode, basta planejar e redistribuir as funções pelos espaços da cidade, induzindo o crescimento e a organização saudável. O planejamento dos espaços urbanos garante, além da qualidade de vida, a diminuição da violência que atinge jovens pobres da periferia não urbanizada.

Uma cidade assim precisa de um bom serviço de saúde e educação. A deficiência na prestação destes dois serviços escencias atinge violentamente os pobres e a classe média. O pobre, por não ter a quem recorrer, se vê obrigado a suportar com a sua própria dor o não acesso a médicos e a escola. O classe média, além de pagar uma pesada carga tributária justamente para custear esses serviços, ainda arca com caríssimos planos de saúde e mensalidades escolares.

Nós do PV estamos empenhados em debater primeiro um modelo ideal de cidade e depois discutiremos os nomes de quem vai conduzir. Com este propósito estamos participando de um movimento suprapartidário por uma "Belém Sustentável". Que venham os partidos do bem!

População quer paralisar obras do BRT de Duciomar

“Vamos pedir essa paralisação assim que comprovarmos os indícios que temos, quanto à falta de licenciamento ambiental e de recursos para a execução das obras; a falta de projeto executivo para uma obra dessa complexidade; e a possibilidade de que ela inviabilize o Ação Metrópole, um projeto que atenderá toda a Região Metropolitana”, explica Ivan Costa, o presidente do Observatório Social. Acesse Perereca da Vizinha

Casal é executado em Icoaraci

Quero saber qual é a versão dos órgãos de segurança pública do Pará para mais esta execução em Icoaraci? O casal era pacato, dono de um restaurante, aparentemente não tinham inimigos, podia ser qualquer um de nós ou dos nossos parentes, mas foram executados em plena rua movimentada por dois homens em uma moto, mostrando que eles não temem a repressão.

No caso dos adolescentes também chacinados, apareceu o executor de Icoaraci, preso e mostrado como uma ato de eficiência policial, mas as execuções continuam o que prova que ele pode ser apenas um dos muitos assassinos que andam a solta por ai, e agora dona puliça?

O delegado João Moraes, presidente do Sindicato dos Delegados, contestou os números da violência em Belém e até veio ou mandou alguém comentar aqui no Blog em sua defesa. Ora, eu não quero polemizar com ninguém, apenas peço, em nome dos cidadãos de Belém, que os órgãos de segurança pública façam o trabalho pelo qual estamos pagando muito bem e descubram, prendam e mandem a julgamento os assassinos que executam pessoas todas as noites na Grande Belém.

Combatam a violência que nos assusta e nos dêem a segurança que foi prometida em palanque e nas propagandas eleitorais e a qual temos direito. Deu para entender?

As parcerias público privada é a privatização do Estado

O que o Estado está fazendo hoje? Se você prestar bem atenção, o Estado arrecada imposto para remunerar bem as empresas que lhe prestam serviços. Quem fornece alimento para os presos? a empresa privada; quem fornece medicamentos e equipamentos para o setor de saúde? as empresas privadas; quem fornece livros, carteiras, merenda escolar? as empresas privadas; quem asfalta as estradas, constrói pontes, faz obras de artes? as empresas privadas. Então o que ele que eles querem privatizar mais?

O Estado devolve as economia, e para o setor privado, todo o imposto que arrecada da população, sempre a preços superfaturados, acompanhado do custo da enorme teia de corrupção que existe no país.

Depois de transferir as empresas uma significativa parte do dinheiro dos impostos, o que sobra não dá para remunerar adequadamente os professores, médicos, fiscais, policiais… Resultado é que os serviços essenciais que o Estado presta parece ser ineficiente, dando a impressão que a iniciativa privada é melhor.

Deixemos de papo furado. O Estado já está privatizado e apropriado pela inciativa privada deixando de fazer o seu papel de proteger o povo. Os governantes querem é fazer mais negócios e criar dutos de transferência do que é público para os seus bolsos.

Estatização já!!!

Belém é a 10º cidade mais violenta do Mundo

Uma ONG mexicana, “Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal”, classificou Belém como 10º cidade mais violenta do Mundo. As autoridades paraenses discordaram, segundo o secretário de segurança pública do Pará os números correspondem a região metropolitana. Se for verdade, em que isto muda a realidade? Quem não mora em Belém pode ser vítima de violência que não tem problema? Basta a violência mudar de cidade que está resolvido o problema?

O presidente do Sindicato dos Delegados, o petista João Moraes, contesta aos dados, mas sem qualquer prova ao contrário, apenas com evasivas. João Moraes é corporativista e quer apenas justificar seus vencimentos perante os colegas sem se preocupar com a sociedade.

O fato é que Belém está insegura, com assaltos, drogas e execuções todos os dias, sem que o sistema de segurança pública paraense apresente soluções para o recuo dos índices de crimes diários. Os números mexicanos podem ser contestados, mas quero ver contestar os números da ONG brasileira, Instituto Sangari, que trabalha para o Ministério da Justiça. Acesse o Mapa da Violência e confira.

A violência urbana é uma terrível realidade brasileira estimulada pelos índices de pobreza e pela droga. Aqui neste espaço venho denunciando as execuções diárias de jovens da nossa periferia e ninguém faz nada. Mataram os adolescentes em Icoaraci, a Polícia prendeu um ex-policial para dar satisfação, mas as mortes continuaram. Do pró-paz só o que funciona é a delegacia especializada em registrar violência sexual contra menores e a mulheres, o resto é apenas propaganda para projetar novos políticos. A unidade implantada na Terra Firme é mais um jogo de publicidade, pois todas as vezes que um Governador precisa dar satisfação para sociedade corre para Terra Firme, faz umas fotos, grava um vídeo e o negócio está feito, mas a realidade continua a mesma.

O Partido Verde, através da Fundação Herbert Daniel, mergulhou fundo no tema e apresentou propostas para combater a violência que atinge jovens pobres, semi-analfabetos, negros e moradores das periferias sem urbanização. Realizamos debate de grande importância transmitido pela Internet e publicado em nossa revista de pensamentos - Para baixar e acessar a matéria, clique em Revista Pensar Verde. – agora vamos transformar tudo em propostas de políticas públicas e apresentar a sociedade.

Belém é sim uma cidade violenta, não importa em que lugar ela se encontra no ranking, devemos admitir esta verdade para combatê-la e não esconder os fatos para tentar enganar, mais uma vez, a população paraense.

Você sabe o que é BRT?

Passeata BRts

O sistema de transporte rápido por ônibus nada mais é que uma pista exclusiva, indo e voltando, por onde circulam ônibus completamente padronizados, com estações de passageiros próprias e desenhadas para o tipo de ônibus que circulará na via, facilitando o embarque e desembarque de passageiro.

Até aqui nada de errado e nem é novidade, pois este tipo de via exclusiva foi empregada com sucesso em Curitiba e em São Paulo, no governo da Prefeita Erundina e pode melhorar o transporte público de Belém.

Se é bom, por que as entidades estão contra? Primeiro porque o sistema foi pensado para toda a região metropolitana e o prefeito Duciomar que implantar só o trecho de Belém. Depois o sistema tem que ser integrado a outros modais de transporte, com as ciclovias e ciclofaixas, por exemplo. Por último e mais grave, a Prefeitura manipulou a licitação.

Dezessete empresas adquiriram o edital, mas apenas uma foi considerada apta para a licitação, decisão que foi antecipada pelo Jornal O Diário do Pará.

Para ler a reportagem, basta clicar na imagem.

Poeta homenageia doutor

Dr. Erick Jennings

O escritor, poeta e artesão Abdias da Conceição Silva fez uma homenagem ao Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará, administrado pela Pró-Saúde, dedicando seis páginas de seu terceiro livro, “Minha mente é uma internet”, para agradecer em forma de verso e prosa a dedicação e profissionalismo do Dr. Erik Jennings e equipe de Neurocirurgia, e por toda atenção e carinho que recebeu dos enfermeiros e demais profissionais do Hospital Regional. Leia no Blog do Vereador Valdir Matias Júnior.

Parabéns, Jorginho.

Recebi o convite e registro aqui o aniversário do grande camarada Jorge Panzera. Este moço tem futuro e o PCdoB sabe disso.

"Retrospectiva 2011 no Portal Marituba"

O Portal Marituba acaba de publicar uma retrospectiva dos principais fatos que marcaram a cidade em 2011, vale a pena dar uma conferida, no Blog e no Site.

Link para o BLOG. http://portal-marituba.blogspot.com/2012/01/fatos-e-versoes-o-que-marcou-em-2011.html

Link para o Site. http://www.portalmarituba.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=266:qfatos-e-versoesq-o-que-marcou-em-2011-no-portal-marituba&catid=45:noticias-em-destaque&Itemid=126

Um presente para Belém

Belém é uma cidade bonita, charmosa, morena e maltratada. Completa hoje 396 anos de fundada, em quatro anos chegará a quatro séculos de existência, contados da data em que as três barcas, saídas de São Luís do Maranhão, chegaram as margens do igarapé do Piri. Na verdade eles chegaram um dia antes, ficaram fundeado próximo da Cidade esperando o dia seguinte, 12.01.1616, para desembarcar e fundar a Cidade de Belém.

Belém foi a primeira cidade da Amazônia, servindo de base para ocupação de toda a região e ganhou muitas obras importantes, como o as belas igrejas, a fortificação, os casarões e palácios. Depois, já no período da borracha, recebeu porto, aeroporto, praças, urbanização e um belíssimo teatro. Estas obras ainda estão embelezando a Cidade, mostrando os momentos de sua glória. Belém, isolada, sem atrativos econômicos, entrou em declínio e ficou assim até a abertura da Belém-Brasília, mas era ditadura militar e tudo ficou cor de chumbo.

Depois da abertura democrática, os prefeitos que se sucederam no poder da Cidade, maltrataram muito Belém. Deixaram como legado uma cidade sem planejamento e com obras de gosto duvidoso. Um elevado que não tem túnel e um túnel que não tem elevado são as marcas que contrastam com as obras de Landi ou as intervenções planejadas de Antônio Lemos.

Em quatro anos, antes de Belém completar 400 anos, podemos mudar o destino da nossa Cidade elegendo uma boa equipe de administradores para começar a escrever um novo futuro. Vamos dar este presente para Belém?

Mobilidade Urbana e a licitação fraudada na administração Duciomar

Enquanto o prefeito Duciomar Costa manipula a licitação sobre ônibus de trâfego rápido, estragando a solução para o caos do transporte público pensado por técnicos do projeto Via Metrópole e da agência japonesa JICA, o Governo Dilma sancionou lei criando o Sistema NAcional de Mobilidade Urbana, com regras claras para contratos e licitações das concessões e permissões públicas neste setor.

Duciomar e a turma nacional do PTB, aquela que cantam musiquinha no horário gratuíto, prevendo a entrada em vigor desta lei, tentaram se antecipar, correndo com os procedimentos licitatório dos BRTs, tudo ilegal, que precisa ser anulado pelo Ministério Público Estadual ou Federal, como querem as entidades da sociedade civil que se reunirão para debater o assunto na Quarta-feira, 11/01, a partir das 18h, no SINTSEP-PA (Travessa Mauriti, 2239, Pedreira, entre Duque Visconde)

Leia Nota Pública assinada por diversas entidades

Você sabe o que é mobilidade urbana? De acordo com a Lei Federal n. 12.597, recentemente sancionada pela presidenta Dilma Rousseff e publicada dia 04 de janeiro de 2011 no Diário Oficial da União, é a “condição em que se realizam os deslocamentos de pessoas e cargas no espaço urbano.”

No blog da Fundação do Partido Verde uma inédita avaliação da Lei, com links para outros sites que aprofundam o debate sobre o tema mobilidade.

Diretoria do Sinjor-PA apresenta reivindicação à OAB-PA

Reunião tensa da diretoria do Sinjor Pa com o interventor da OAB-PA, Roberto Busato, esta manhã, na sede da ordem. O sindicato reivindicou a reabertura da Assessoria de Comunicação do órgão. Apesar da demissão da repórter fotográfica Paula Lourinho e do corte pela metade do salário da jornalista Sheila Faro - esta, presidente do Sinjor -, Busato negou que tenha extinto o setor. Ele alegou que as mudanças visaram a redução de custos e negou que tenha sido motivada por perseguição política.

No final, Busato pediu desculpas aos jornalistas pela decisão precipitada, que não demonstra respeito pela categoria e nem transparência com a sociedade. Para a diretoria do Sinjor, a extinção de postos de trabalho e a redução de salário da presidente do Sinjor é uma premissa perigosa à nossa classe. Além disso, o fechamento da Assessoria de Comunicação cala a OAB junto à sociedade.

Busato prometeu que a discussão terá continuidade numa próxima reunião com a diretoria do Sinjor, agendada para o dia sete de fevereiro.

Estiveram presentes à reunião, a vice-presidente Elena Brito e os diretores Daely Cunha, Roberta Vilanova, Eliete Ramos, Enize Vidigal, Raimundo Sena, Priscilla Amaral, Luiz Waldemir Santos e Michelle Muniz.

Belém, meu amor

No dia 12.01 Belém completa 396 anos de fundada. Fundada? Dizem fundada porque foi a data que o português Francisco Caldeira Castelo Branco aportou por aqui.

Quando ele e os seus soldados chegaram, já tinha gente morando na beira do Igarapé do Piri, eram os nativos, a história os chama de tupinambás. Li que tupinambá quer dizer aqueles que falam a língua geral. Fico puto com isso. Eu quero saber mais sobre os meus antecedentes, como eles eram? de onde vieram? em que acreditavam? Mas não encontro estas respostas. A única coisa que dizem é que eles eram pacíficos e receberam os portugueses com alegria. Não, eu não acredito nesta história, acho que é estória.

Os portugueses se instalaram na parte alta e ali construíram uma fortificação. Os meus antecedentes se juntaram para lutar contra os invasores. Já pensou o que é está tranquilo no seu canto, depois de ter caminhado, sei lá de onde e aparece uns caras armados e dizem: descobrimos estas terras, agora elas nos pertencem! Descobriram nada! ocuparam, usurparam, espoliaram, isto sim!

Os meus parentes foram a luta, mas perderam e perderam feio, foram dizimados. O nosso líder, cacique “Cabelo de Velha”, Guaimiaba tombou morto pela bala dos “galegos”, meus irmãos subiram o rio Guamá para voltar junto com os Cabanos, numa bonita revolução, perderam outra vez. Muitos ainda estão aí pela periferia de Belém, outros foram morar lá mais para cima, próximo do Rio Gurupi.

Nossa história ainda não foi contada, tem um pedaço aqui, outro ali, mas nada completo. Acho até que nem dá mais para escrever. A luta cabana que é mais recente já foi esquecida, imaginem a dos primeiros habitantes! Invejo o povo que escreveu o Velho Testamento e o preservou até os nossos dias.

Só trezentos e noventa e seis anos e nada de registro. Lamento. Quanto de cultura ficou enterrada ali, debaixo do relógio da Praça do Relógio. Onde será que foi sepultado o Cacique Guaimiaba? Quem era este Líder ousado que enfrentou os arcabuzes do invasores a uma distância inferior a 150 metros, que de tão perto, dava para ver a menina dos olhos claros do seus assassinos? Não tem registro, só imaginação. Imaginemos então.

Fraude nos postos de combustíveis

Fiquei muito indignado ao assistir a matéria do Fantástico sobre a fraude no combustível. Os postos fraudam na quantidade e no tipo de combustível abastecido usando um sofisticado sistema de placas eletrônicas, quase impossível de ser flagrada por um consumidor. A pergunta veio imediatamente: E aqui no Pará está acontecendo a mesma fraude? Creio que não esteja, embora tenha notado que em determinados postos, quando abasteço, parece que o combustível demora mais a acabar do que em outros.

Dos postos de combustíveis do Pará, uma grande parte pertencem a dois deputados estaduais, Alessandro Novelino e Luís Rebelo, pelo cargo que exercem, devem ter compromisso com a legalidade, com a ética e com a moralidade e não devem está de acordo com este tipo de fraude, por isso, os dois parlamentares, baseado no ensinamento da “mulher de Cesar”, deveriam pedir uma fiscalização geral na rede de abastecimento de combustível do Pará. Vocês concordam?

`As promessas sobre o Portal da Amazônia

A obra Portal da Amazônia, carro-chefe da reeleição do prefeito Duciomar, continua sendo, de longe, a campeã de promessas de um político paraense. Duciomar se reelegeu prometendo uma orla para cidade de Belém começando no Mangal das Garças e terminando na Universidade Federal do Pará. Ninguém acreditou na proeza. Duciomar exibiu maquete, mandou quebrar o Iate Clube e abriu um parte da obra para visitação pública.

Encerrada as eleições, Duciomar reeleito com a promessa de mudar a cara de Belém, o Portal foi novamente fechado e assim continua até hoje. Nos links: Duciomar e o Portal da Amazônia e Último debate Duciomar prometeu as obras da Estrada Nova, dá para sentir um pouquinha da estória.

Neste domingo, em entrevista arranjada para O Liberal, Duciomar voltou a atacar de Portal, desta vez para prometer inaugurar uma pequena parte da obra até abril de 2012, porém, em recente entrevista havia prometido a obra para o aniversário de Belém, dia 12.01, assista:

Troca do comandante da PM

Até agora os membros da PM estão se perguntando o porque da troca do comandante Mário Alfredo Solano, pelo moderno coronel Daniel Mendes, justamente no momento em que os índices de criminalidade estavam recuando. Ninguém, mas ninguém mesmo, entendeu a troca.

A única queixa que se tinha contra o coronel Solano é que ele não aceitava atender pedido político, seja de quem fosse, e isto é considerado um grave pecado no Pará de hoje.

Apenas alerto que a droga pesada está atuando no Pará, tem traficante financiando político e até fazendo obras sociais em bairros da periferia. Cuidado para isto aqui não virar um Rio de Janeiro, apenas substituindo os bailes funk pelas festas de aparelhagem com tecnomelody.

A Cabanagem não morreu – hoje tem um ato pela cabanagem

eduardo angelim No dia 06 de janeiro comemorou-se mais uma ano da passagem do evento que marcou a vida do Estado do Pará. A Cabanagem foi a guerra das classes infames que levantaram-se contra a exploração, a desigualdade e a escravidão a que eram submetidos milhares de pessoas para o deleite de poucos.

A elite paraense-portuguesa venceu, continua vencendo e tentou apagar da memória do povo os vestígios desta luta de classes. Nem um monumento, nem uma rua, nada homenagear os utadores do povo. Não tem uma rua com a data da vitória cabana, mas tem uma rua, a 13 de maio, homenageando a derrota dos habitantes das choças, autores da “revolução das classes infames”.

Para não dizer que não tem homenagem, Eduardo Angelim ganhou uma pracinha lá na Sacramenta e graças ao senador Jader Barbalho e ao historiador Carlos Roque ainda temos um obra de Oscar Niemeyer ali no entroncamento para guardar a memória cabana, mas que os governantes tucanos e um tal de Duciomar fazem questão de abandonar.

Hoje as 17 horas haverá um ato simbólico no Monumento à Cabanagem – Entrocamento.

Vale ler o artigo de Lya Luft

MAIS GRAVE DO QUE PALMADAS - LYA LUFT

Não gosto do politicamente correto: ele muitas vezes tem um ranço de hipocrisia. Não devo dizer que alguém é negro, mas os próprios negros falam em raça negra, cultura negra etc. Não seria muito mais respeitoso usar o termo habitual, assim como dizemos branco, japonês, alemão, turco, polonês? O politicamente correto em muitos casos, como neste, aumenta a discriminação. Será politicamente incorreto, daqui a pouco, dar uma palmada num menino travesso demais? Sou contra qualquer violência, mas me assombra a tal lei da palmada, ainda esperando aprovação no Senado: considero a tal lei uma excrescência a mais na nossa legislação e na nossa cultura. E é perigosa, numa sociedade que vai ficando denuncista e policialesca, cada vez maiores seus olhões de big brother.
Mil dúvidas me ocorrem. Quem vai avaliar o que é palmada forte, bofetada humilhante no rosto ou aviso carinhoso, leve tapa sobre uma bundinha bem acolchoada de fraldas? Quem vai, sobretudo, denunciar? Penso que haverá filas de acusadores: a vizinha invejosa, a funcionária ofendida, a ex-mulher vingativa, o ex-marido raivoso. Receio que, se aprovada e efetivada, ela não vá ser aplicada, como tantas leis tolas entre nós ( e algumas úteis, que não deveriam ser ignoradas). Ou, se aplicada, vá desencadear uma onda de confusões, inseguranças, injustiças, intromissões indevidas. Aberta a porta para um controle nada democrático, uma ditatorial interferência do estado na vida familiar e nas relações pessoais mais próximas.
Esse o grande perigo, essa a cara feia de tal novidade. Parece que se criou no país até mesmo um “plano nacional de convivência familiar”, no mínimo bizarro. Para nos ensinar a ser mais gente, seria preciso, em lugar de intervir em nossas casas e se intrometer em nossa vida, dar condições de sermos menos agressivos por ignorantes ou estressados. Isso significa, em lugar de um olho intrometido e humilhante, mais segurança, saúde, moradia e educação – ah, a educação, esse botão que aperto mil vezes ao dia e tanto comento.
“Considero um desperdício de energia política essa lei da palmada, quase impossível de aplicar sem que ocorram aberrações, quase impossível de encarar com respeito e seriedade.”
Será que os políticos não têm coisa mais importante a fazer além de inventar uma lei tão antidemocrática, antipedagógica e anti-qualquer-bom senso, como, por exemplo, votar leis que têm a ver com o bem-estar do cidadão comum? Desengavetar e fazer funcionar tantos projetos trancados por incompetência ou desinteresse, exercer a verdadeira política, resgatar tanto dinheiro empregado em outras coisas ou desparecido em frestas de mesas-de-não-trabalho de muita gente por aí?
Não é uma lei invasiva que vai nos tornar melhores pais, melhores educadores, melhores pessoas. É a cultura, são as condições sociais, econômicas e culturais, é a educação que informa direito, é a construção de nossa identidade pessoal, nossa bagagem de valores, os elementos básicos que os governos nos oferecem para que a gente possa evoluir. Em resumo, é a arquitetura de nós mesmos enquanto povo e indivíduos decentes – incluindo como tratamos, criamos, amamos, educamos quem depende de nós.
Considero um desperdício de energia política essa lei da palmada, quase impossível de aplicar sem que ocorram aberrações, quase impossível de encarar com respeito e seriedade. Além de querermos infantilizar eternamente nossos jovens dando-lhes privilégios como a meia-entrada até quase 30 anos, quando deveriam estar estabelecidos, com família formada, crescendo na profissão, vida em pleno funcionamento, ainda queremos nos meter nas casas, nos quartos, na vida pessoal doa adultos, vigiando-os como se fossem crianças arteiras. Bem mais graves do que uma ocasional palmada (não falo em surra, bofetada, sofrimento físico) são, de parte dos pais, a frieza, a futilidade, o desinteresse, a falta de uma autoridade amorosa, de vigilância e cuidado. A humilhação verbal, a crítica constante, a ironia. A lista é longa. Que o novo ano nos traga um pouco mais de bom-senso e de bom humor, e verdadeiro interesse por coisas que verdadeiramente precisam dele.

Os números do Censo desmoralizam Paragominas, o exemplo tucano

No estado do Pará quando se fala em administração municipal todos lembram Paragominas, uma administração que é o orgulho do PSDB, cantada em prosas e versos como exemplo de honestidade, transparência e competência. Claro que comparado com o que era no tempo em que o deputado Raimundo Santos e seu irmão mandavam por lá, um faroeste, reduto da bandidagem, do crime organizado, das mortes por encomenda, dos grossos desvios de recursos públicos e dos crimes ambientais, muita coisa mudou, mas a pergunta é: mudou para quem?

Os empresários e seus filhos se organizaram e passaram a comandar o destino do município, mas a população carente, continua carregando água dos poços e torneiras, sem qualquer tratamento, exatamente como antes.

O números do IBGE, censo de 2010, revelam uma outra Paragominas. O município é a morada permanente de 97.819 pessoas; 76.511 vivem na área urbana e 21.308 na área rural. Os paragominenses vivem em 24.967 domicílios, dos quais 11.311, ou 45,3% não dispõe de água tratada; 17.641 usam fossa rudimentar; agora pasmem, 23.957 pessoas são analfabetas.

A mudança foi implementada, porém ainda está beneficiando poucas famílias e não foi capaz de alcançar a cidadania. Que tal os vereadores e as entidades da sociedade civil buscarem mais informações sobre a verdadeira Paragominas, aquela que não aparece na propaganda e tentar cobrar dos candidatos propostas que atenda a maioria da população? Acredito que pode melhorar para todos.


Hoje é dia de santo reis - artigo de Leonardo Boff

Em busca de uma síntese integradora: os três reis magos



Na Bíblia do Novo Testamento, há duas versões do nascimento de Jesus. Uma do evangelho de Lucas que culmina com a adoração dos pastores. A outra, do evangelho de Mateus, que se concentra na adoração dos três reis magos. A lição é: judeus e não-judeus (antigamente se dizia pagãos), cada um a seu modo, tem acesso a Jesus e participam da alta significação que ele encarna. Tentemos captar o sentido dos reis magos, festa que as Igrejas celebram no dia 6 de Janeiro, hoje quase esquecida.

As Escrituras judaico-cristãs deixam claro que Deus não se revelou apenas aos judeus. Antes de surgir o povo de Israel com Abraão, revelou-se a Enoque, a Noé, a Melquisedeque, depois a Balaão e a um não judeu, o rei Ciro a quem, pela primeira vez na Bíblia, se atribui o título de Messias. E nunca deixou de se revelar aos seres humanos, de muitas formas diferentes, pois todos são seus filhos e filhas e ouvintes da Palavra. Os reis magos estão entre eles. Quem eram? Diz-se que eram astrólogos vindos provavelmente da Babilônia.

Naquele tempo astronomia e astrologia caminhavam juntas. Certo dia, estes sábios descobriram uma estranha conjunção de Júpiter com Saturno que se aproximaram de tal forma que pareciam uma única grande estrela, na constelação de Peixes. O grande astrônomo Kepler (+1630) fez cálculos astronômicos e mostrou efetivamente que no ano 6 antes de Cristo (data do nascimento de Cristo pelo calendário corrigido) ocorreu tal conjunção.

Para os sábios, este fato possuia grande signficação. Júpiter, na leitura astronômica da época, era o símbolo do Senhor do mundo. Saturno era a estrela do povo judeu. E a constelação de Peixes era o sinal do fim dos tempos. Os sábios babilônicos assim interpretaram: no povo judeu (Saturno) nascerá o Senhor do mundo (Júpiter) sinalizando o fim dos tempos (Peixes). Então se puseram a caminho para prestar-lhe homenagem.

Sempre houve na história dos povos, pessoas simples ou sábias que se puseram a caminho em busca de salvação, quer dizer, de uma totalidade integradora que superasse as rupturas da existência humana. Deus veio ao encontro desta busca entrando nos modos de ser e de pensar das respectivas pessoas.

Mas por que foram encontrar Jesus? Porque, segundo a compreensão dos evangelistas, Jesus é um princípio de ordem e de criação de uma grande síntese humana, divina e cósmica. Quando dão a ele o título de Cristo (ungido em grego) querem expressar esta convicção. Cristo não é um nome de pessoa, mas uma qualidade conferida a alguém para cumprir uma missão que, no caso, é concretizar uma síntese integradora (salvação).Jesus operou tal síntese; por isso o chamaram de Cristo. Pessoa e missão se identificaram de tal forma que Jesus Cristo se transformou num nome. Mais correto seria dizer, Jesus, o Cristo. Esta síntese é buscada e realizada em outras religiões e caminhos espirituais, embora sob outros nomes: Sabedoria, Logos, Iluminacão, Buda, Tao, Shiva etc. Estes são “ungidos e consagrados”(significado de Cristo) para serem um centro atrator e unificador de tudo o que há no céu e na terra. Mudam os nomes, mas o sentido é sempre o mesmo.

Nossa realidade, entretanto, é contraditória. É feita de elementos sim-bólicos e dia-bólicos, de verdade e de falsidade, de luz e de sombras. Como criar uma ordem superior que ultrapasse essas contradições? Sentimos a urgência de um Centro ordenador e animador de uma síntese pessoal, social e também cósmica.

Os evangelistas usaram o fenômeno astronômico do aparecimento de uma estrela para apresentar Jesus como aquele Senhor do Universo que vem sob a forma de uma frágil criança para unificar tudo. Essa Energia é divina mas não é exclusiva de Jesus. Ela se expressa sob muitas formas históricas e em muitas figuras religiosas, justas ou sábias e, no fundo, em cada pessoa. Em Jesus, o Cristo, ganhou uma concretização tal que mobilizou outras culturas com seus sábios vindos do Oriente, os Magos.

Todos os caminhos levam a Deus e Deus visita os seus em suas próprias histórias. Todos estão em busca daquela Energia unificadora que se esconde no signficado da palavra Cristo. Esse encontro com a Estrela que guiou os magos, produz hoje, como produziu ontem, alegria e sentimento de integração.

Haverá sempre uma Estrela no caminho de quem busca. Importa, pois, buscar com mente pura e sempre atenta aos sinais dos tempos como o fizeram os reis magos.

Em Bragança 70.654 pessoas não tem acesso a água tratada

Ainda analisando os números do IBGE para cidade quatrocentona, Bragança, a Pérola do Caeté, verifica-se que o índice de analfabetismo da população acima de 15 anos ainda é de 15,7%, ou seja, 17.777 cidadãos que não sabem ler e nem escrever, pois o IBGE não mediu o número dos chamados analfabetos funcionais.

Na cidade de Bragança existem torneira públicas muito freqüentadas onde as pessoas fazem filas com suas garrafas pets, para apanhar água para beber. O mais trágico é que muitas destas torneiras são localizadas em prédios públicos como a Escola Muncipal Maricotinha ou a Secretaria Municipal de Saúde. Sempre questionei este fato, agora lendo os números do censo 2010 vejo que 62,4% da população não tem acesso a água tratada. São 70.654 pessoas que em pleno Século XXI não tem o direito básico de água doce sem contaminação atendido. Pode?

Um outro número muito difícil de aceitar é o do esgotamento sanitário, 12.663 domicílios, com uma taxa de ocupação de 6,7 representando 84.842 pessoas usam fossas rudimentares. Isto explica a quantidade de pessoas nos postos de saúde ou no atendimento da rede hospitalar, que não é pequena.

Os números estão aí, ninguém pode desconhece-los, basta agora vontade política de trocar pão e circo por políticas públicas responsáveis. Basta querer.

Melhorar as cidades e o povo

A sociedade civil organizada e a imprensa tem um papel muito importante nas eleições que é de ajudar o eleitor a fazer boas escolhas, optar entre as melhores propostas e os melhores candidatos para solucionar os problemas que afetam a população que mora nas nossas cidades.

Os candidatos vão fazer suas propagandas dizendo o que agrada o eleitor, mas a imprensa e as entidades podem desvendar as realidades municipais que muitos não conhecem.

A primeira coisa a fazer é interpretar os números do IBGE Cidades refrente ao Censo fresquinho de 2010. Vou dar um exemplo aqui começando por Bragança.

População bragantina é de 113.227 pessoas, sendo que 64,1% moram na área urbana e 35,9% residem na área rural; 77,7% das pessoas estão na faixa etária de 0 a 39 anos de idade; dos 26.222 domicilios, 10.409 tem uma mulher como responsável; apenas 5,7% dos domicilios bragantino dispões de saneamento considerado adequado; e a renda mensal domiciliar per capita - valor médio - é de R$ 268,00.

Esta triste realidade levou quatrocentos anos para se formar e se na escolha do próximo gestor não for considerada como elemento primordial da intervenção governamental, demoraremos outros tantos anos para alcançarmos um patamar civilizatório ideal.

Se a imprensa, com suas ferramentas e alcance, preparar um caderno especial sobre cada grande ou médio muncípio paraense, olhando os números, ouvindo especialistas e indicando soluções adequadas, ajudaria e muito na decisão dos eleitores.

As entidades podem usar os números e as opiniões publucadas pela imprensa para fazer seminários, encontros, reuniões com as lideranças locais para esclarecimentos e tomada de decisões, indicando caminhos bem melhores que o atual.



Quati do mangue

Quem passa para praia de Ajuruteua sempre encontra Quati e o Guaxinim do mangue morto na beira da Estrada. Alguém pode explicar por que isto acontece? Estes animais tem hábito noturno e se alimentam de caranguejo, será que os caranguejeiras matam ou os carros os atropelam?

Duciomar quer roubar o sonho de Belém manipulando licitação milionária

O transporte público é de longe um dos piores problemas que afeta a população da Região Metropolitana e sua solução, quando alcançada, influenciará no trânsito e melhorará a qualidade ambiental das cidades com a não emissão de gases de efeito estufa.

A dez anos, uma cooperação com a JICA vem traçando as intervenções necessárias para um transporte publico de qualidade, sonho de todos os amigos de Belém. Almir Gabriel, Jatene, no primeiro governo, Edmilson Rodrigues, mostram muito interesse em implantar as soluções pensadas, mas foi Ana Júlia que deu os passos decisivos, incluindo a possibilidade de financiamento para os transporte rápido por ônibus, os BRTs, como acontece em Curitiba. Conheça os detalhes do projeto aqui: Duciomar quer passar a perna no Estado

A implantação do sistema rápido de transporte para toda região metropolitana, permitirá um deslocamento mais veloz e mais seguro para quase três milhões de pessoas. O sistema de transporte público pode ser integrado a outros modais, incluindo o fluvial e o cicloviário, com vantagens para saúde, lazer e meio ambiente. Um sonho metropolitano para Belém dos 400 anos.

Agora que o sonho está para virar realidade, aparece Duciomar e sua tropa de vereadores, todos havidos por dinheiro público, juntos com a suspeita Andrade Gutierrez, e manipulam a licitação milionária. O Diário do Pará antecipou o resultado. O Edmilson Rodrigues contou os detalhes no: Licitação Milionária suspeita de carta marcada

Gente isto é muito grave, não só pelo dinheiro público em jogo, mas pela destruição da única solução possivel que tornará Belém uma cidade melhor para milhões de pessoas. Não podemos ficar calados e isto independe de partido político. Vamos usar a experiência de mobilização dos moradores da Apinagés e fazer o maior barulho contra este politicos do mal. Eu topo.

É uma luta para todos, independe do partido. Queremos ver a atitude dos vereadores de oposição ou independentes, os poucos que não trocaram o mandato por pontes, asfalto, assessorias e escaparam do mensalinho distribuído em festas com muita bebida e mulher que sempre ocorrem num condômino fechado lá para as bandas de Ananindeua.

Os deputados, os pré-candidatos a prefeito, seus partidos estão convocados para lutar contra o roubo dos nossos sonhos.

Jatene não ouviu as urnas do plebiscito

O Governador Simão Jatene continua em campanha publicitária para mostrar o que ainda não fez, as mudanças e as obras que prometeu durante as eleições. No final e inicio de ano deu entrevista e anunciou mudanças no secretariado.

No dia 31.12, última dia do ano, aquele dia que as pessoas estão com o coração aberto, com o espirito de confraternização, ao abrir o Jornal O Liberal encontrei um enorme investimento em publicidade, tanto do Executivo quanto do Legislativo.

Em retribuição, o Jornal recheou suas colunas de notas favoráveis ao Governador e uma entrevista de página inteira, na qual Jatene respondeu o que quis, chegando a fazer uma grosseria de interromper a única pergunta desagradável sobre o plebiscito, fato anotado profissionalmente por quem o entrevistou.

A entrevista pode ser resumida assim: O Pará tem dois problemas a serem enfrentados, a pobreza e a desigualdade; Ana Júlia não os enfrentou por falta de gestão; Jatene diz que não os enfrentará por falta de recursos; fala de uma justiça tributária inatingível; prega um novo pacto federativo que sabe ser inexeqüível; quando perguntado sobre a taxa mineral, recentemente criada, deixa de dar o crédito ao Vice Governador e não diz o que vai fazer com o dinheiro arrecadado; quando abordado sobre o plebiscito, acusa os políticos do Tapajós de estimularem a discórdia. No final da entrevista volta a balela do pacto pelo Pará, pregando uma união que só vale se for sobre os seu comando e favoreça o seu grupo político. Um detalhe, tudo falado intelectualmente.

Na reforma do secretariado, quando todos pensavam que ele iria anunciar uma descentralização administrativa para atender as reclamações do povo do Carajás e Tapajós, aproximando e unindo o Governo daquelas regiões, Jatene desconheceu o resultado das urnas e trocou seis por meia dúzia. Nada mudou para não mudar nada. Apenas publicidade.

O Pará está dividido, empobrecido e com muita desigualdade. Jatene sabe disso, mas nada fez e nada fará até 2013. Nadou de braçada no primeiro ano, sem MP, sem Assembléia Legislativa, sem OAB e sem oposição. Nadará ainda mais um ano por causa das eleições municipais. Está enrolando, ensaboando e fazendo cera, a tática é guardar dinheiro para governar só no terceiro ano e fazer propaganda no quarto para vencer novamente as eleições. Tudo planejado e falado com Jader Barbalho, seu guru.

Neste enredo só falta falar com os milhares de tuiteiros, feicebuqueiros, blogueiros, incontroláveis, com seus teclados e modem espalhados pelo Pará e de olho nas armações dos políticos de carteirinha





Gabriela Amaral dos Santos, do Pará para o Brasil

Gabriela Amaral dos Santos, ou seja, Gaby Amarantos, a nossa Beyoncé do Pará, arrasou ontem no primeiro Domingão do Faustão do ano.
A musa lançou ontem no programa seu primeiro álbum solo: Treme, e cantou "Xirley Xarque", "Sem Eira Nem Beira" e, a pedido de Fausto, "Beba Doida".
Gaby gosta do Pará, ama Belém e é apaixonada pelo Jurunas, seu bairro. Por isso torço por ela e desejo que a rainha do tecnomelody (como tem sido chamada ultimamente) tenha muito sucesso.

Esperteza derrota a democracia

A gente luta tanto pelo aperfeiçoamento da democracia, mas as vezes parece que a coisa retrocede ao invés de avançar.

A Câmara Municipal é o poder fiscalizador no município. É ela que aprova o orçamento e fiscaliza os gatos do Prefeito, por tanto, quanto mais independente e isenta for, melhor para cumprir seu papel.

Ontem, último dia do ano, tive a infelicidade de ouvir um relato detalhado de um prefeito, vangloriando-se da sua esperteza para vencer a eleição da mesa diretora da câmara de "seu" município que me deu um enorme desânimo.

O prefeito tinha um candidato a presidente. Tinha um candidato a presidente do poder que lhe deve fiscalizar? Como assim?

Apareceu um outro concorrente com toda a chance vencer o pleito interno. O prefeito então organizou sua chapa e duas outras chapas laranjas. Escreveu três chapas e com isto amarrou nove votos de treze. Com esta manobrar, esvaziou completamente a possibilidade do concorrente até montar chapa para concorrer.

Na dia das eleições, as chapas laranjas, faltando poucas horas para o pleito, retiraram-se e a única chapa, aquela que o prefeito queria, venceu sozinha, garantindo o total controle do legislativo pelo executivo.

Os vereadores, que foram convencido$ a retirar suas candidaturas, saíram do pleito fortalecido$ para as próximas eleições.

O prefeito terminou o relato rindo, feliz com sua astúcia política. Eu fiquei triste por saber que isto acontece na maioria dos municípios, incluindo a capital. Os vereadores que deveriam ser independentes para poder exercer a fiscalização dos recursos, acabam sendo umas marionetes nas mãos do prefeito, permitindo toda sorte de desvios e de gastos irregulares.

O povo não é o culpado, uma vez que escolhe seus candidatos acreditando nos discursos e nas propagandas, mas é povo que tem a solução e um dia vai acabar acertando na escolha.

 

Posts Comments

©2006-2010 ·TNB