Jatene não ouviu as urnas do plebiscito

O Governador Simão Jatene continua em campanha publicitária para mostrar o que ainda não fez, as mudanças e as obras que prometeu durante as eleições. No final e inicio de ano deu entrevista e anunciou mudanças no secretariado.

No dia 31.12, última dia do ano, aquele dia que as pessoas estão com o coração aberto, com o espirito de confraternização, ao abrir o Jornal O Liberal encontrei um enorme investimento em publicidade, tanto do Executivo quanto do Legislativo.

Em retribuição, o Jornal recheou suas colunas de notas favoráveis ao Governador e uma entrevista de página inteira, na qual Jatene respondeu o que quis, chegando a fazer uma grosseria de interromper a única pergunta desagradável sobre o plebiscito, fato anotado profissionalmente por quem o entrevistou.

A entrevista pode ser resumida assim: O Pará tem dois problemas a serem enfrentados, a pobreza e a desigualdade; Ana Júlia não os enfrentou por falta de gestão; Jatene diz que não os enfrentará por falta de recursos; fala de uma justiça tributária inatingível; prega um novo pacto federativo que sabe ser inexeqüível; quando perguntado sobre a taxa mineral, recentemente criada, deixa de dar o crédito ao Vice Governador e não diz o que vai fazer com o dinheiro arrecadado; quando abordado sobre o plebiscito, acusa os políticos do Tapajós de estimularem a discórdia. No final da entrevista volta a balela do pacto pelo Pará, pregando uma união que só vale se for sobre os seu comando e favoreça o seu grupo político. Um detalhe, tudo falado intelectualmente.

Na reforma do secretariado, quando todos pensavam que ele iria anunciar uma descentralização administrativa para atender as reclamações do povo do Carajás e Tapajós, aproximando e unindo o Governo daquelas regiões, Jatene desconheceu o resultado das urnas e trocou seis por meia dúzia. Nada mudou para não mudar nada. Apenas publicidade.

O Pará está dividido, empobrecido e com muita desigualdade. Jatene sabe disso, mas nada fez e nada fará até 2013. Nadou de braçada no primeiro ano, sem MP, sem Assembléia Legislativa, sem OAB e sem oposição. Nadará ainda mais um ano por causa das eleições municipais. Está enrolando, ensaboando e fazendo cera, a tática é guardar dinheiro para governar só no terceiro ano e fazer propaganda no quarto para vencer novamente as eleições. Tudo planejado e falado com Jader Barbalho, seu guru.

Neste enredo só falta falar com os milhares de tuiteiros, feicebuqueiros, blogueiros, incontroláveis, com seus teclados e modem espalhados pelo Pará e de olho nas armações dos políticos de carteirinha





 

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