A Vale do Rio Doce e o Governo do Estado vendem as riquezas paraenses

Os jovens que foram as ruas da região metropolitana de Belém precisam saber que muitos das suas queixas expostas em cartazes tem origem no modelo de desenvolvimento e de política que se executa por aqui pelo Pará. 

O Pará é um estado rico em recursos naturais. Os recurso do Pará estão sendo transformados em produtos e vendidos no mercado, gerando riquezas, muita riqueza. 

Madeira, água, terra, minerais, temos em abundância. A exploração de todas estas riquezas deveriam ser feitas, mas com respeito ao meio ambiente e tendo como objetivo “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais” (art. 3.º da CF/88).

As riquezas geradas por estes projetos deveria ser usada prioritariamente para melhorar os péssimos índices sociais das cidades paraenses. São jovens sem perspectivas que viram assaltantes e drogados, enquanto os recursos naturais estão criando fortunas e sustentando campanhas eleitorais milionárias.

Os grupos políticos no poder aqui no Pará, porém, deixaram de perseguir o objetivo constitucional de servir ao povo e passaram a quase funcionários das empresas que nos exploram. Muitos em troca de seus próprios negócios.

Veja o caso do novo projeto Serra Sul da poderosa Companhia Vale do Rio Doce:

Conheça o projeto:

“O Projeto Ferro Carajás S11D, novo empreendimento minerário da Vale a ser implantado na região sudeste paraense, localizado no município de Canaã dos Carajás, compreende na sua etapa de operação a explotação de minério de ferro do Bloco D do corpo S11 de Serra Sul, por meio do método de lavra a céu aberto pelo sistema truckless,”

Conheçam os números:


  • O empreendimento explorará ferro nesta área por 22 anos;
  • A Vale produzirá em Canaã dos Carajás 90 milhões de toneladas de ferro por ano;
  • O custo de produção será de US$ 23,00 por tonelada de ferro colocados no Porto da Madeira em São Luís do Maranhão;
  • O custo é baixo por causa da tecnologia truckless (
  • Transportador de Correia de Longa
  • O custo da tonelada de ferro no mercado internacional hoje é de US$ 114,00 a toneladas de ferro;
  • Em 22 anos o projeto Serra Sul produzirá 1,9 bilhões de toneladas de ferro; 
  • Agora faça as contas: 1,9 bilhões de ferro a US$ 114,00 a tonelada e veja de quanto será o lucro da Vale do rio Doce.

Distância (TCLD) de minério) o que dispensará caminhões e trabalhadores;

Um projeto com este volume de impacto socioambiental só é liberado se o Governo Federal, Estadual e Municipal quiser e impor condições. E as condições deve estar relacionada as compensações socioambientais. Um Governo sozinho não pode dizer sim para a Vale sem que os outros concordem. 

No caso do projeto Serra Sul, o Governo Federal concedeu a Licença de Instalação e apenas cobrou uma pequena compensação para ser aplicada na Floresta Nacional de Carajás. Com relação as compensações sociais e econômicas, o IBAMA concedeu ainda 60 dias para que a Vale reapresente o projeto para este importante setor. 

E o Governo do Pará? O Governo do Pará ficou calado, omitiu-se na defesa dos nossos interesses e nada disse. 

A OAB Pará estranhou o silêncio do Governador e pediu que o Conselho Estadual de Meio Ambiente se reuna extraordinariamente, com a presença do Procurador Geral do Estado, para dotar providências em defesa de toso os paraenses.
Eu, como sou da geração Baby Bommers, lutarei do jeito que aprendi a lutar.

Se você jovem manifestante vê nestes fatos uma causa para o Annonymus, vá fundo e faça o que deve ser feito do jeito que você e sua geração aprenderam a fazer.
 

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