As cenas falam mais que as palavras. As imagens acima foram capturadas do Jornal Liberal Segunda Edição, dia 01.10, posterior a inauguração do Pórtico milionário de nove milhões, sem contar as despesas de manutenção diária, construído em frente ao Shopping Castanheira, ali no Entroncamento, mostram ciclistas, incluisive senhoras, tentando usar a obra.
O ciclista Neivaldo Reis se emocionou e chorou ao falar do sacrífico que a obra impõe aos ciclistas que desejam atravessar a BR-316 naquele ponto. Será que a arquitetura e a engenharia paraense não teriam solução melhor para os que usam bicicletas?
As obras e ações da Prefeitura Municipal de Belém, incluindo o Pórtico e o complexo do Entroncamento, são feitas sem levar em conta o planejamento urbano e o aspecto mobilidade. Será que quando a Prefeitura autorizou construir um Shopping nas margens de uma Rodovia Federal não desconfiou que as pessoas precisariam atravessar aquela via? Se desconfiou, por que não impôs ao empreendedor o ônus de construir a passarela?
Não satisfeita com a desordem causada pelo Shopping, a mesma Prefeitura deixou construir no outro lado da via um templo da Igreja Universal do Reino de Deus. Será que tudo isso era para justificar gastar nove milhões como uma passarela que a Prefeitura insiste em chamar de Pórtico? Até quando vamos ter que aturar esses abusos com o dinheiro do nosso imposto? Nove milhões, com certeza, farão muita falta para a saúde pública ou à educação das pessoas pobres desta maravilhosa Cidade.
Enquanto Belém vai piorando a olhos vistos e sofrendo com a ação de péssimas administrações, outras cidades brasileiras buscam soluções planejadas para transformar problemas urbanos em soluções criativas. Curitiba ainda é o berço do planejamento urbano como se pôde conferir no vídeo.
Uma coisa é certa, não adianta mais chorar o leite derramado, vamos pensar em influenciar a futura administração. Para as pessoas que amam Belém e os partidos que pretendem lançar candidatos, indico uma passadinha no site do projeto Cidades Para as Pessoas.
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