Hoje é dia das crianças e criança lembra o futuro e o nosso compromisso com as próximas gerações. Como garantir que as pessoas que hoje estão com pouca idade e aquelas que ainda hão de vir encontrem aqui uma Belém agradável para viver? É um compromisso, um dever do qual não podemos escapar. E se escaparmos, é por pura irresponsabilidade com a nossa própria espécie.
Se ao nascer encontramos um igarapé limpo, é nossa obrigação mantê-lo assim, do mesmo jeito que encontramos. Os que ainda haverão de vir também tem direito de usufruir dos benefícios de um meio ambiente ecologicamente equilibrado, não achas?
Devemos refletir sobre o que nós, os habitantes atuais de Belém, estamos fazendo com o ambiente e com os recursos naturais que nos foi legado por aqueles que viveram antes de nós. As florestas urbanas de Belém, por exemplo, estão sumindo numa enorme velocidade e dando lugar a prédios de moradia. É uma opção, uma decisão que estamos tomando e que compromete as gerações futuras em troca da moradia da geração presente. O bom é quando optamos por combinar o presente com o futuro.
Quando Antônio Lemos separou um pedaço de terra no bairro de Batista Campos e ali fez um Parque, estava pensando no benefício da sua geração e das gerações futuras. Mas as pessoas que poluíram e destruíram o Igarapé das Armas, onde hoje se encontra o canal da Doca, não pensaram assim e isso foi muito ruim. Cadê o Igarapé onde o Caboclo Plácido encontrou a imagem de Nossa Senhora de Nazaré? Sumiu com tantos outros estão sumindo atualmente.
Recentemente a Câmara Municipal aprovou uma lei que permiti desmatar todas as margens do Rio Maguari e seus afluentes. Quando os vereadores decidem, somos nós que estamos decidindo, pois eles nos representam, foram eleitos pelo nosso voto para legislar em nosso nome.
Quando a Câmara Municipal de Belém decidi autorizar o prefeito a privatizar os serviços de limpeza urbana e resíduos sólidos, sem antes criar as regras e o plano municipal de resíduos sólidos que asseguraria o equilíbrio ambiental para os próximos anos, também somos nós, da atual geração, que decidimos assim.
As crianças de hoje, aquelas que ainda estão no ventre e as que ainda vão ser concebidas não tiveram a possibilidade de escolher ou de defender o seu direito ao meio ambiente equilibrado, não votaram e nem elegeram ninguém, mas viverão naquele Cidade que deixarmos como herança. E que Cidade deixaremos de presente para as crianças do futuro? Pense nisso!