Para que Jatene quer o PSD?

Todo o Pará sabe que o fisiologista PSD está sendo organizado pelo Governador Simão Jatene, através do competente e simpático Sérgio Leão. O que as pessoas não estão entendendo é o porque o Governador precisa tanto desse novo Partido.

Jatene já é filiado ao PSDB e tem controle da legenda para tirar e por candidatos a prefeitos e vereadores em todos os 144 municípios do Estado. No Governo, Jatene tem partidos suficientes que falta até cargo para tantos, estão na base o PMDB, o PR, o PTB, o DEM, o PSB, PPS e o PDT. E na Assembléia Legislativa a governabilidade está supergrantida, não há perigo de perder votação.

Vou chutar. Jatene pegou o PSD para que ele não caísse em mãos estranhas? Pegou o PSD para esvaziar o PV? Está montando o PSD porque não se sente bem no PSDB controlado por Mário Couto, Flexa e Zenaldo? Nada disso faz sentido.

O custo financeira da montagem do PSD aqui no Pará será muito alto e quem vai bancar essa brincadeira? Os políticos que estão indo para o PSD não tem ideologia e são conhecidos por conquistarem votos a troco de muito dinheiro. Simão Jatene sabe disso, então porque entrou nessa empreitada caríssima?

Na montagem das alianças Jatene sempre trabalhou com dois partidos principais, o PSDB e o DEM. No passado, sabendo do desejo de VIC deixar a política, infiltrou Sérgio Leão na legenda para ficar com o controle. Com o esvaziamento do DEM e os políticos migrando para o PSD, Jatene também migrou na mesma direção.

Se Jatene ficasse apenas com o PSDB, o que aconteceria?  O segundo partido da sua aliança seria o PMDB. E o terceiro partido o PR. Neste cenário, Simão terá sempre que dividir com Jader o segundo maior lote de cargos e com Anivaldo o terceiro. Não é uma posição confortável para o Governador.

O PSD está sendo armado, na verdade, para ocupar o lugar do PMDB, empurrando Jader para o terceiro plano e para esvaziar o PR, dois aliados para lá de incomodo.

Jatene e Sérgio Leão, depois de 07.10, comandarão as duas legendas mais importantes do Governo, desprezando o PPS, do vice-governador Helenilson Pontes e do deputado federal Arnaldo Jordy, que nem foram cogitados nessa estratégia de segunda força.

 

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