Mataram o Tio Chiclete

O Jornal Amazônia noticiou hoje a execução de mais uma líder comunitário no Pará, desta vez foi o pastor e animador de festas infantis, José de Arimatéia. Ele liderava um grupo de pessoas numa ocupação as margens da Rodovia BR-316, próximo de Marituba.

As duas últimas vezes que estive com o Pastor Arimatéia foram em uma sessão da Comissão de Direitos Humanos em Brasília para debater Belo Monte e em uma audiência pública da Comissão de Meio Ambiente da OAB-Pará, para discutir a instalação de um aterro sanitário em Marituba. Nas duas oportunidades, o Pastor estava acompanhado de seu grupo, devotando por eles uma especial atenção e respeito, ouvindo-os em tudo que se questionava.

Descanse em paz e seguiremos pedindo apuração de mais este caso de crime de encomenda do tempo da pistolagem que mancha a história do Pará.

“O crime - O pastor Arimatéira (que também trabalhava com animação de festas, onde era o palhaço Tio Chiclete) estava em sua casa conversando com um morador da invasão. A casa do pastor, de madeira, fica localizada às margens da BR-316, ao lado da entrada da ocupação Canaã. Por volta das 19h30, dois homens entraram no local, pegaram o pastor e o levaram para o quintal, onde ele foi executado.

Segundo informações não confirmadas, os homens ainda entraram na casa e roubaram vários documentos, além da moto da vítima. O rapaz que estava com o pastor não quis falar nada sobre o que viu. 'Eu não queria ter presenciado, e eu não vou falar nada porque se eu falar depois eles virão me matar', disse, aparentando muito nervosismo. Ele foi encaminhado para a Seccional Urbana de Marituba, onde seria ouvido.

A esposa do líder comunitário, que não teve seu nome divulgado, contou à polícia que, anteontem pela manhã, um homem foi até a casa do pastor e perguntou se ainda existia algum terreno para vender na ocupação Canaã. O pastor disse que não, mas a esposa estranhou o comportamento do rapaz, que parecia observar o interior da residência e também a área próxima. Policiais da Divisão de Homicídios foram até o local e colheram informações que possam contribuir nas investigações.”

 

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