A poderosa Vale entra em Belo Monte

A Companhia Vale do Rio Doce decidiu entrar no consórcio Norte Energia adquirindo a fatia que era da Bertin. Com esta decisão, a Vale se beneficiará da regra de auto-produtor que consta do leilão e ficará com até 20% de toda a energia produzida pela Aproveitamento Hidrelétrico do Xingu, ou seja, a Vale terá energia barata para agregar ao minério que retira quase de graça, a Empresa cresceu de deu um passo estratégico importante e o Pará ficou ainda menor e com menos poder diante desta gigante que nos sufoca.

Por ironia, a regra do auto-produtor foi criada, a pedido do Governo do Estado, com intuito de atrair uma concorrente da Vale na área mineral, a Alcoa, para equilibrar o jogo, mas a empresa resolver não participar do negócio. Isto é grave e ruim para nossa economia e compromete o futuro do Pará.

A Vale, impulsionada pelo lucro do negócio de energia, jogou por terra anos e muito dinheiro aplicado em publicidade para mostrar ao mundo uma empresa com responsabilidade ambiental. Hoje, depois de associar a Norte Energia, a Vale passará a ser alvo dos ambientalistas internacionais que lutam contra a destruição do rio Xingu e das populações indígenas que vivem ali.

Os nossos políticos e a nossa imprensa, que estão mais próximo do centro de poder e das informações, até agora não foram capazes de escrever uma linha, mas bem que podiam analisar com seriedade esta movimentação da Vale e ajudar a sociedade civil paraense a decidir sobre a proteção das suas riquezas e o do seu futuro. Será que estão isentos para ajudar o povo?

 

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