Todas os dias quando chove em Belém a Rua Fernando Guilhon (antiga Conceição - foto tirada no domingo, dia 10.04, às 20h00), no trecho que vai da Honório José dos Santos até a Bernardo Sayão (Estrada Nova) vira um rio. As águas fétidas dos esgostos e das privadas se misturam as da chuva e invadem casas residências e os comércios que se localizam naquele trecho. A água podre se mistura ao lixo da feira, que funciona todos os dias ali naquele trecho.
Dá uma dó das pessoas que não saem ou não entram em suas casas durante e muito depois da chuva ter parado. Os carros tem problemas para trafegar pelo aguaceiro. Os passageiros saltam ou entram nos ônibus e kombis, com água pela canela, que além do incômodo de ter as roupas, meias e sapatos molhados, correm o risco de adquiri doenças transmitidas por inúmeros vetores trazidos pela chuva, pelos esgostos, pelos ratos e baratas que saem de sua tocas, empurrados pela enchurrada.
O sofrimento daquele povo é de cortar o coração. É só o tempo fechar para as pessoas entrarem em pãnico e preparar o coração e o corpo para enfrentar as situações vexatórias dos alagamentos. Sempre chove e chove muito na nossa Cidade, por esta razão o sofrimento dos moradores se prolonga quase eternamente.
Vereadores podem até mudar o nome da rua de Conceição para Fernando Guilhon ou de Fernando Guilhon para outro qualquer, mas o único nome que cabe ali é rua do Sofrimento. Sofrimento que não tem hora para começar e nem tem dia para terminar. Depende da natureza por um lado e da boa vontade da administração pública de Belém.
Esta é uma denúncia-desabafo em nome da famosa “Nação Jurunense”, que já se caracterizou pelo bairro onde votam os eleitores mais alegres e mais participativos de todas as eleições. Dia de eleição no Jurunas é sempre de muita festa. Bandeiras e cores enfeitam o bairro, quase antecipando o segundo turno. Eles acreditam na democracia e a democracia precisa dar frutos os livrando do sofrimento diário provocado pelos alagamentos.