O que pensa Jader Barbalho

O que pensa Jader Barbalho e o que eu penso sobre o que ele pensa.

O Deputado Federal escreve na sua tradicional coluna neste domingo sobre a educação do século XXI. Jader delimita seu artigo com duas premissas.

Na primeira, afirma que para garantir emprego ou renda, no tempo de competitividade em que vivemos o cidadão não pode ter um currículo restrito às disciplinas convencionais. Esta assertiva é totalmente correta. Os nossos jovens, aqueles cujos pais têm condições financeiras, estão se graduando cada vez mais cedo, para correr atrás de especializações. Embora não seja realidade para uma parcela importante da população.

Na segunda, Jader constata que 75% da população são formadas por pessoas que não compreendem e nem interpretam elementos usuais das sociedades letradas, os chamados analfabetos funcionais. Para esses, o mundo continua sendo cruel e desumano. Mas discordo quando o deputado Jader afirma que este fato é o responsável pela concentração de renda.

A concentração de renda, todos sabem, é fruto de um sistema econômico, baseado no acumulo de riquezas através da velha mais valia, Karl Marx já identificou isso á muito tempo e em muitos escritos econômicos. Se superarmos esse índice absurdo de analfabetos e não modificarmos a distribuição de renda, teremos concentração do mesmo jeito.

O analfabetismo é, antes de qualquer coisa, uma negativa de cidadania, a violação aos direitos humanos e o descumprimento da Carta Constitucional, chama de cidadã pelo maior líder político do PMDB Ulisses Guimarães. Com isso tenho toda concordância e aplaudo o artigo do Deputado.

No passo seguinte, depois de levantar as duas premissas, Jader propõe que seja realizado investimentos maciços na educação voltada para indústria pesqueira, metalúrgica, siderúrgica, agricultura, turismo ecológico e meio ambiente. O Governo Almir Gabriel apostou nas Escolas de Trabalho e Produção, gostaria que o Deputado Jader, num próximo artigo, analisasse aquele modelo levado à prática pelo PSDB.

Ao descrever a realidade de concentração de escolas profissionalizantes e universidades na capital Belém, o artigo peca um pouco pela desinformação, ficou preso no tempo. Hoje, ainda de forma insuficiente, os municípios pólos e alguns médios já dispõem de oferta de curso superior. Diferente de tempos atrás.

Uma pequena correção, nada que prejudique o artigo, O seminário que Vossa Excelência desapropriou para funcionar e que funciona até hoje como Escola de Ensino Juscelino Kubistschek, não foi o Seminário Pio X, mas o Seminário Redentorista. Pegando um carona no seu artigo, solicito, daqui,que a SEDUC que mande restaurar busto do ex-presidente, pois está bem acabadinho, e é um desrespeito aquele brasileiro importante.

 

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