Devastador sem disfarce

O Sr. Armando Soares em um artigo, sem pé nem cabeça, intitulado “O ambientalismo sem disfarce”, volta a atacar os ambientalista, acusando-os de serem parte de uma plano mirabolante anglo-americano que envolve uma “poderosa rede de comunicação (ONGs, mídia, movimentos sociais e setores da igreja)” , que usa o tema aquecimento global para atrasar o desenvolvimento e o crescimento dos países subdesenvolvidos, principalmente regiões com a África e a Amazônia.

O geólogo Geraldo Luiz Lino, citado pelo o Sr. Armando, de fato combate, com argumentos científicos, a tentativa de descabonização com o desuso de combustíveis fósseis, mas o geólogo não autorizaria as conclusões do Sr. Soares.

O Dr. Armando, depois de todos os ataques, termina por dizer: o verdadeiro caminho para uma vida melhor, digna, “está na capacidade do povo de se organizar e se desenvolver apoiado na ciência e tecnologia e não em propostas que internalizam a pobreza e o subdesenvolvimento.”

Se o Dr. Armando iniciasse seu artigo pelo fim, com certeza, não atacaria os ambientalistas e nem eu faria este artigo. Pois não é cientifico o que muitos fazendeiros fazem ao derrubar suas matas ciliares. Não é tecnológico a forma de produzir, usando as queimadas como forma de preparar a terra para plantar. Não é econômico o nível de produtividade da nossa região. Não é racional, não é cientifico ou tecnológico destruir um patrimônio natural do porte e da riqueza da Amazônia para gerar menos de 5% do PIB brasileiro. 

Portanto, o ambientalismo nunca teve disfarce. Sempre defendeu uma vida digna para toda a população, gerada por uma sistema produtivo que respeita os processos naturais baseado na ciência e na tecnologia. O Dr. Armando, ao contrário, defende, no seu artigo, disfarçadamente o desmatamento e a devastação que até hoje, gerou uma brutal concentração de renda e uma sociedade subdesenvolvida como a amazônica.

 

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