Li com muito interesse a entrevista concedida pelo Dr. Ubiratan Cazetta aos três ícones do jornalismo paraense: Aline Brelaz, Carlos Mendes e Frank Siqueira. O jornal foi o Diário do Pará.
O tamanho da preocupação do Ministério Público Federal com o uso da internet, liberada na mini reforma, deve cingir-se a um fato muito importante. O Pará tem 75% de analfabetos funcionais, foi o que apurou a Fundação Paulo Montenegro, conforme artigo do deputado federal Jader Barbalho, sendo assim, o efeito deste instrumento, por pura impossibilidade de seu uso, nas próximas eleições será de menos de 25% dos eleitores. Deste percentual devemos retirar aqueles que, embora sabendo ler, escrever e interpretar não tem acesso à internet.
É importante pensar que parte dos próprios candidatos, pelo menos aos cargos proporcionais, é constituída de analfabetos digitais. Não sabem manejar estas ferramentas e nem acreditam na força deste meio de comunicação. Penso que em 2010, não será o grande problema, capaz de alterar o resultado eleitoral a ser enfrentado pelo MPE.
Por fim concordo com o Dr. Ubiratan: “Não faz sentido colocar amarras na internet. O ideal é que se trate como espaço democrático, de debates.”