Daqui a 60 dias deverá ocorrer o leilão para escolher o empreendedor para construção da AHE de Belo Monte. Serão três os municípios diretamente interessados. A obra é gigante e haverá muito impacto, mas está previsto compensações.
Se as compensações, seja as antecipatórias e as da própria operação do empreendimento forem desperdiçados, desviados, malversados por administradores corruptos ou incompetentes, de nada vai adiantar EIA/RIMA, Condicionantes ou outras medidas.
A população do Pará e, especialmente, dos municípios de Vitória do Xingu, Altamira e Brasil Novo devem espelhar-se em Tucurui para não cometer os mesmos erros ali acontecidos.
Quem já errou na primeira hidrelétrica, se errar aa segunda é burro ou conivente.
Não adianta negociar mais e mais recursos e condicionantes, impor restrições, se tudo for parar no ralo da corrupção municipal.
De 1993 até hoje, Tucurui já recebeu mais de um bilhão de reais em compensação pela implantação e operação da hidrelétrica. A pergunta que devemos fazer é se esses recursos foram utilizados para construir um município desenvolvido, capaz de resolveu os problemas básicos da população? Ou os problemas continuam, e alguns poucos políticos usaram essa montanha de dinheiro para seus negócios escusos?
Até hoje, prestações de contas municipais de Tucurui estão carentes de aprovação pelo TCM. O Ministério Público Federal ajuizou, em dezembro de 2008, denuncia contra gestores que, embora recebendo uma fortuna de royalties e descontando de seus funcionários, não recolheram o que era devido a previdência social.
Devemos aprender com Tucurui e tentar evitar que aconteça nos três municípios atingidos por Belo Monte os mesmos erros, desperdícios e desvios. Vamos tentar.
Para os municípios atingido por belo Monte ficam as lições. Para Tucurui a esperança que o atual prefeito, Sancler, use bem o recurso gerado pela Hidrelétrica de Tucurui.