Violência por toda parte

Estou em Bragança para as festas de final de ano e, por onde passo, escuto casos de violências. São assaltos e mais assaltos. Roubaram a casa de fulano, assaltaram a loja de sicrano. Ontem, na porta de casa, das dez pessoas que estavam conversando, cinco já haviam sido assaltadas.
A Polícia está prendendo e matando muito, as casas penais, as delegacias e os cemitérios estão abarrotadas de delinquentes, mas parece que diariamente brotam novos marginais, sempre em quantidade e ferocidade maior do que aqueles que foram presos ou mortos pela repressão do Estado.
O novo Secretário de Segurança Pública, Dr. Luis Fernando, a que dou todo o meu apoio, declarou que não é aumentado o efetivo polícial que resolveremos o problema, sabemos disso pela própria realidade, mas então qual é a sacada mágica? Programas sociais? Lula fez muito e não resolveu.
Eu aposto no uso da inteligência polícial, pois sem entedermos o que produz criminosos não venceremos essa batalha.
Com a aplicação de métodos planejados de inteligência policial descobriremos que o tráfico pesado de drogas está encrustado nos bairros de todas as nossas cidades.
Que este tráfico pesado de drogas domina o aparelho policial, que prende apenas aqueles que o tráfico deixa prender. Se a Inteligência Policial resolver olhar para os que estão estão dentro da cadeia verá que a maioria são jovens que já tiveram ou tem algum envolvimento com eles.
A Inteligência Polícial encontrá grupos de extermínio matando sempre pelo mesmo metódo, dois em um moto, aproximam da vítima e pimba, quando os policiais chegam já trazem a setença, acerto de contas e fica por isso mesmo.
A Inteligência Policial verificará que os BO´s são apenas registros eletrônicos e que nem uma investigação decorre deles, salvo se os envolvidos tiverem influência ou recurso financeira para tocar a investigação, como aconteceu no caso dos Novelinos.
A inteligência polícial precisará de equipe multidisciplinar que indique ao Governo, além das ações policias, quais as ações sociais devem ser implementadas para compensar tanta pobreza e tanta miséria gerada por uma econômia brutalmente concentradora de renda existente em nosso país.
Eu acredito que vivemos uma guerra. De um lado os empresários que querem o Estado para ficar a serviço dos seus abusivos lucros e de outro os miseráveis que do Estado tem apenas as severas leis.
O caso da saúde no Brasil é um exemplo disso. A indústrias famacêuticas, as de equipamentos hospitalares, as clinicas de média complexidade e os laboratórios sugam quase todo o dinheiro do SUS, deixando o Estado sem recurso para cuidar da baixa e alta complexidade, onde o povo pobre e sofrido paga todos os seus pecados.
Sei que esse é um assunto muito árido para um final de ano, mas é que eu não aguento ficar calado diante de tanta violência e ver a sociedade civil sendo induzida por meios de comunicação a clamar por mais violência, autoriando tacitamente o uso de métodos abusivos. Chega. Vamos nos rebelar e exigir resultados, afinal somos os maiores pagadores de impostos do Planeta. Aguardo as sugestões de ação.
 

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