Radicais comunistas, fascistas e nazistas

É o que Jader Barbalho pensa do novo Ministro da Justiça, recentemente anunciado pela presidenta Dilma, José Eduardo Cardozo. Jader disse isso e outras coisas mais em entrevista ao Estado de São Paulo, em 29 de outubro de 2010. A entrevista toda foi publicada no Blog da Repórter

Mas há uma norma pela qual o candidato responsável por provocar uma nova eleição não pode concorrer. O sr. vai aguardar as eleições de 2014 para disputar o Senado novamente?

Neste caso, o agente causador da nova eleição não serei eu. O responsável é o deputado José Eduardo Martins Cardozo que, se fosse candidato no Pará, não poderia disputar. Foi ele quem causou a inelegibilidade porque a questão da renúncia ao mandato não estava na proposta popular da Ficha Limpa. Se a eleição para senador do Pará for anulada, hoje, não é porque o candidato fraudou, comprou votos ou cometeu abuso de poder econômico. Eu não dei causa à nulidade da eleição.

O sr. está dizendo que a culpa é do deputado do PT José Eduardo Martins Cardozo?


O único responsável por isto é ele, o coordenador da campanha da Dilma Rousseff a presidente. Foi ele quem colocou uma encomenda do PT do Distrito Federal na lei da qual foi relator. Os radicais comunistas, fascistas e nazistas têm um ponto em comum: não respeitam as regras democráticas.

Se o seu problema foi causado pelo coordenador da campanha da Dilma e o sr. obteve 1,8 milhão de votos, o sr. vai dar o troco na eleição do Pará e votar no candidato tucano José Serra?


Meu voto é secreto. Mas é certo que os petistas vão pegar pancada na briga pelo governo do Estado. Esta (eleição para o governo do Estado) já foi perdida (pela petista Ana Júlia Carepa) para o Simão Jatene (tucano que disputa o segundo turno com a atual governadora). No restante do território, (a disputa) é mais ampla.


Mas o sr. não foi o único atingido.


Exatamente. O alvo era o Joaquim Roriz (candidato a governador do DF contra o petista Agnelo Queiroz que também renunciou ao mandato de senador e, diante da pendência jurídica, renunciou à candidatura e lançou a mulher Weslian em seu lugar). Botaram, em cima da hora, um passageiro clandestino na lei e o ministro Gilmar Mendes disse isso no julgamento do Supremo, com todas as letras. Para atingir esse objetivo também passaram por cima do Paulo Rocha. Deram prioridade à eleição do Distrito Federal e sacrificaram o candidato do próprio PT ao Senado. Focaram no Distrito Federal como objetivo e não respeitaram as regras democráticas.


Mesmo que se realize nova eleição, o sr. e Paulo Rocha são inelegíveis por conta da renúncia ao mandato e não vão poder concorrer.


No meu caso, o prazo de inelegibilidade que atinge o restante do mandato e mais oito anos termina no dia 31 de janeiro de 2011. O prazo do Paulo Rocha vai mais longe. O problema é que colocaram uma nova condição de inelegibilidade na proposta popular do Ficha Limpa, que se encerra antes de o novo Senado iniciar os trabalhos, em fevereiro do ano que vem.

 

Posts Comments

©2006-2010 ·TNB