O Governador e sua equipe foram para o Japão, enquanto Simão Jatene e uma parte do seu secretariado estava do outro lado do mundo, os bandidos e a violência tomaram conta do nosso Estado. Cinco assassinatos em 20 horas, um audacioso assalto a sede da FIEPA e uma execução dentro do ônibus no centro da cidade.
A ousadia dos bandidos foi demonstrada em dois destes eventos criminosos. Um grupo de assaltantes entrou da sede da Federação das Indústrias, local onde se reúne uma parte significativa do PIB do Estado, e ali permaneceu por três horas seguidas, arrombando os caixas eletrônicos, sem que ninguém os importunassem. No outro evento, este ainda mais inusitado, um homem foi executado dentro de um ônibus em plena Avenida Governador José Malcher, na frente de passageiros incrédulos e assustados.
Os crimes demonstram que os bandidos não tem medo de nada, parecem saber que nunca vão ser alcançados pelo nosso sistema de segurança pública. Para as pessoas fica a sensação de total fragilidade ou como disse Almir Gabriel: "uma sensação de insegurança". Os empresários paraenses, abrigados na FIEPA, experimentaram esta sensação. Os órgãos que tem caixa eletrônico devem ficar alertas, pois podem ser a próximas vítimas.
Agora imaginem a sensação de estar num ônibus, indo para o trabalho ou voltando para casa e testemunhar uma execução bem ali na sua vista? Uma mocinha estava ouvindo música quando foi surpreendida pelos três disparos, ele contou que o som dos tiros permanecem no seu ouvido e nem a música substituiu. O passageiro ao lado do rapaz executado ainda recebeu um golfada de sangue na roupa e ficou marcado para sempre.
O Governador do Estado, o Comandante Geral das forças de segurança pública está longe, muito longe, mas se tivesse aqui estes crimes talvez não seriam evitados. Os bandidos estão cada vez mais audaciosos e parecem que tomaram as forças da nossas autoridades, incapazes de responder aos ataques destes bandidos. Ninguém está mais seguro. Não sabemos onde fica o limita das zonas vermelhas. Tudo virou território dos criminosos.
O Governador só vai ser avisado dos crimes ousados quando voltar de viagem, num relatório da Casa Militar. Nem um auxiliar de Sua Excelência quer importuná-lo com noticias ruins no meio da viagem a Terra do Sol Nascente. Nada podemos fazer. Talvez se avisassem enquanto Jatene está no Japão ele poderia aproveitar e indagar do Imperador como é que o Japão controlou a violência. Vamos todos aguardar a volta do nosso Comandante e esperar que ele adote as providências para nos dá a segurança que havia prometido durante a campanha eleitoral.