A pergunta: “houve problemas com suas contas de gestão e até a Câmara Municipal se articulou para tentar reprová-las...”
A Repórter perguntou sobre conta de gestão e Edmilson respondeu sobre contas de governo. Desta pergunta em diante, Edmilson Rodrigues passou a interromper a entrevistadora, que profissionalmente fez questão de marcar as interrupções com providenciais reticências, postas no lugar certo.
Aqui é preciso um explicação técnica. Os tribunais de contas resolveram adotar a avaliação das contas públicas pelo sistema parlamentarista, dividindo a apreciação das contas em: contas de governo e contas de gestão, como se aqui tivéssemos chefe de estado e chefe de governo. Eu não concordo com isto, pois os eleitores elegem apenas o chefe do poder executivo e não os ministros ou secretários, estes são escolhidos livremente pelo chefe do executivo e com ele devem ser solidários.
Nas contas de governo oTribunal avalia os repasses constitucionais ao Poder Legislativo, para educação, saúde, assistência social; avalia ainda se os limites previstos nas leis de Responsabilidade Fiscal, Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias e a do Orçamento foram respeitados.
A conta de gestão é que vai avaliar os secretários e demais ordenadores de despesas para saber se as regras de execução das despesas públicas foram levadas em consideração. Nesta hora é que é possível ver se houve desvio de recurso públicos, superfaturamento, compra sem licitação. É na analise da gestão que os auditores vão detectar todas as prováveis irregularidades cometidas pela administração.
Edmilson Rodrigues teve seus oito anos de contas de governo aprovadas. A Administração do ex-prefeito Edmilson Rodrigues, no entanto, só poderá receber o título de honesta, se os seus secretários tiveram as contas de gestão aprovadas, pois eram eles que de fato administravam, por delegação do Prefeito, o nosso dinheiro.