Nenê Constantino, de Brasília, pode operar o BRT Belem, você sabia disso?

Ônibus lotado

O BRT, embora seja o melhor sistema de transporte público de massas, aqui em Belém permanece com pontos obscuros que merecem transformar-se em debate eleitoral. Quem vai operar o sistema? Quem vai pagar o custo operacional? Quanto vai custar a tarifa? Se terá bilhete único, como será a remuneração das empresas? Como funcionará a integração com os outros modos de transportes? Como fica a ciclovia da Almirante Barroso? São algumas das perguntas que precisam ser respondidas, sob pena de colocarmos em risco o futuro da mobilidade urbana em  nossa cidade.

Ontem, tirei um tempo da minha campanha para conversar com um influente empresário de ônibus de nossa cidade, que deixo de nominar por pedido do próprio para não sofrer retaliações. Fiz-lhe apenas uma indagação: vocês que já operam o transporte público de Belém estão calados quanto ao BRT por que está tudo bem ? Dai em seguida, apenas ouvi atento a cada mensagem, algumas explicitas outras nem tanto.

O empresário me disse que não foram chamados e sabem muito pouco do BRT.  Que esperam duas possibilidades no caso da operação do sistema: a vinda de um empresário de fora, cita o Senhor Nenê Constatino, o maior operador de transporte do Brasil, sediado em Brasília, onde é acusado de ser o mandante do assassinato de oito pessoas, entre as quais dois genros seus e o líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, para operar o sistema aqui em Belém, neste caso deverá haver conflitos entre o BRT e eles.  Ou a prefeitura compra os veículos e assumi o BRT, implantando o bilhete único, neste caso eles ficarão operando as linhas alimentadoras e os custos do BRT serão assumidos exclusivamente pelos cofres públicos.

O empresário ainda falou do direito adquirido por aqueles que já estão há mais de vinte anos operado transporte público aqui. Falou que as licitações para operar por seis anos são inviáveis e que tempo mínimo ideal para operar um sistema desses seria de quinze anos ou vinte. Que o BRT deveria ter começado de Icoaraci e não do Entrocamento. Que as linhas que circulam pela Pedro Alvares Cabral ficarão completamente fora do novo sistema. Que o maior empresário local, Jacó Barata, também foi deixado de fora do debate sobre o BRT. 

No final da conversa, ficou-me a impressão que os empresários de transporte público de Belém, mesmo como todas as queixas, esperam eleger um novo prefeito e com ele celebrar novos acordos. Quem é o candidato deles? Que acordo já teriam previamente acertados? E o povo, como é que fica nisso tudo? 

Quanto a ciclovia da Almirante Barroso, nada se falou e continua a expectativa sobre o destino dos milhares de ciclistas que circulam todos os dias por ali.

Foto: internet livre

 

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