Fiquei bastante animado quando Marina Silva arrancou de Edmilson Rodrigues compromissos com as causas ambientais. Isto foi alvissareiro. Arnaldo Jordy já tinha assinado a carta compromisso "Cidades sustentáveis" e acabou ganhando apoio do Partido Verde. Dois fortes concorrentes ao lado das causas do meio ambiente urbano numa mesma eleição é demais auspicioso.
Sonhei com os debates, onde os dois fariam a diferença ao defender questões como tratamento de esgoto, plano municipal de gestão de resíduos sólidos, inspeção veicular, mobilidade urbana sustentável, aproveitamento de águas cinzas, adesão ao plano municipal de arborização, construção de um sistema cicloviário ...
Mas neste domingo, ao ler a entrevista concedida pelo candidato do PSOL ao Diário do Pará, voltei a me entristecer. Nem um dos temas ambientais mereceu qualquer nota do candidato do PSOL. Mesmo os resíduos sólidos, quando abordado por ele, foi feito pelo viés da infância. Edmilson disse que havia tirado as crianças do lixão e por isso se sentia orgulhoso, não que isso não seja importante, mas se Edmilson tivesse feito um programa adequada para a coleta e o tratamento de resíduos sólidos, simplesmente não teríamos criança no lixão, porque eles deixariam de existir.
Acredito que nas próximas entrevistas, Edmilson Rodrigues corrija esta falha imperdoável com as questões ambientais e da sustentabilidade, tema novo no ideário socialista do PSOL.