Pesquisas tem o dom de iludir sempre

As duas pesquisas publicadas neste domingo, uma do IBOPE e a outra do IPESPE forma feitas no mesmo período mas trazem números diferentes, principalmente quanto a segunda colocação, objeto da disputa atual, uma vez que Edmilson Rodrigues já está consolidado na primeira colocação. Na comparação direita entre uma e outra, as diferenças podem ser explicadas pela margem de erro de 4% para  o IBOPE, exceto quanto aos números de Zenaldo Coutinho.

Edmilson Rodrigues aparece com 38% no Ibope e 41% no Ipespe, percentuais que estão dentro da margem de erro. Tanto um quanto o outro instituto mostram números que confirmam o segundo turno, embora Edmilson tenha passado a semana inteira apelando ao eleitor para lhe dar uma vitória logo agora. Segundo turno em uma grande cidade é muito melhor.

José Priante, o italiano, aparece no Ibope com 16% e com 12% no Ipespe. Os números ficam dentro da margem de erro de 4%.

Quando a pesquisa se refere ao candidato Zenaldo Coutinho, ai os números mudam radicalmente. No Ibope o candidato do Governador aparece com 20%. No Ipespe, Zenaldo empata com Priante, o italiano, em 12%. Uma diferença de 8%, o dobro da margem de erro sugerida.

A única forma de explicar esta diferença trabalhando com a margem de erros é a seguinte: No Ibope Zenaldo Cutinho pode ter alcançado 16% e teve seu percentual elevado em 4% da margem de erro, indo para os 20% publicado em O Liberal. No Ipespe ele atingiu o mesmo 16%, menos a margem de erro, ficou nos 12% que está na publicado no Diário do Pará. Neste caso, o Ipespe estaria certo ao dar os dois empatados. Mais este empate não corresponde o que está sendo visto nas ruas e na televisão, a campanha de Zenaldo Coutinho está bem superior a de Priante. 

Dia 07.10 a vontade do povo se manifestará nas urnas. Mas que vontade se as pesquisas já influenciaram nesta vontade? Minha sugestão é que o Ministério Público e a Justiça Eleitoral contratem bons estatísticos para auxiliar os promotores e juízes na leitura destas pesquisas e assim forçarem os institutos a serem mais criteriosos.  Bom domingo.

 

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