A insegurança é pública

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A foto mostra o buraco que a bala fez no vidro dianteiro do carro, do lado do motorista, de uma pessoa próxima, um jovem que ainda tem muito para viver, mas escapou de morrer quando foi abordado na ponte da Marques de Herval com a Antonio Baena. Dois assaltantes, aproveitando que o motorista precisa diminuir a marcha para passar naquele trecho, ficaram na frente do veículo e mandaram parar. O rapaz abaixou-se no banco e arrancou. Eles atiraram na direção da cabeça do motorista. 

Nesta semana, quando recebíamos a imagem da Nossa Senhora de Nazaré, ouvimos uma gritaria na rua, em frente ao prédio onde moro, paramos a cerimônia e fomos saber que três senhoras foram assaltadas na esquina. Dois bandidos de moto e armados renderam-nas e levaram joias, dinheiro, cartões, celulares, tudo que puderam.

A violência em Belém está por todas as partes e não estamos vendo um plano eficiente da Segurança Pública paraense para diminuir as ondas de assaltos que muitos nem chegam a ser registrados porque a sociedade não acredita nas investigações polícias. Volto a reclamar aqui de inteligência polícia no combate a violência, ou descobrimos as causas  ou vamos continuar perdendo para os bandidos. 

Na campanha eleitoral tenho andado por todos os bairros e descoberto pistas importantes sobre a criminalidade na Grande Belém. Como eu sei que os fofoqueiros que querem me intrigar com o Governador Simão Jatene sempre levam minhas notas ao seu conhecimento, pois ele mesmo não tem tempo para ler um Blog mal escrito como é este aqui, vou aproveitar e dividir com o Governador as informações que tenho obtido nas minhas caminhadas.

1. A cidade cresceu, mas criou guetos em cada bairro, verdadeiras "comunidades" das drogas, onde os jovens, criados sozinhos e nas ruas enquanto pais e mães estão trabalhando, acabam envolvidos como usuários e depois participam de assaltos para pagar o vício;

2. Os bandidos que chefiam estes guetos usam as mesmas técnicas dos bandidos do Rio de Janeiro, expulso na operações de pacificação dos morros;

3. Os bailes funks, tão utilizados por traficantes cariocas para espalhar drogas e ganhar jovens para tráfico, ganhou versões paraenses;

4. Existe pontos em Belém onde se alugam armas para assaltos. Um revolver custa R$ 30,00 o aluguel durante o dia e R$ 50,00 a noite.

5. Se o revolver alugado for perdido durante um assalto, o locatário deve roubar outro e devolver ao locador, caso contrário pagará a arma com a própria vida;

6. Se for preso no assalto e perder a arma, ganha um prazo de carência até ganhar a liberdade quando deve providenciar a restituição da arma alugada para não morrer;

7. Os bandidos atiram em quem não atende suas ordens de parar como uma regra de intimidação para que a vítima saiba que ao receber a ordem deve obedecer.

Desmontando as quadrilhas de traficantes de drogas que dominaram a Grande Belém. Prendendo os alugadores de armas. Fazendo a urbanização dos guetos. Criando programas sociais e de  renda. Daremos um grande salto em direção a uma cultura de paz. Mas é preciso que o Governador, comandante supremo das forças de segurança, assuma pessoalmente a chefia do combate a criminalidade. Acredito que Jatene pode fazer isto por nós.

 

 

 

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