A ocupação da Favela da Rocinha, a prisão do chefe do tráfico, Nem, e a apreensão de muita droga e armas foi uma vitória da segurança pública, sem dúvida, mas não põe fim a violência urbana movimentada pela droga, infelizmente.
Os traficantes estão saindo do Rio de Janeiro e ocupando outras cidades, associando-se a traficantes locais e exportando técnicas novas para continuar a vender drogas.
Não é só a batida do funk que começa a dominar até aniversário de adolescente aqui no Pará. O modo de vender drogas em bailes cariocas foi importado e está sendo utilizada em festas de aparelhagens.
Os traficantes bancam festas, com cerveja a um real, para um grupo de aviões venderem drogas a noite inteira. Segundo um desses patrocinadores, dez por cento do lucro da venda de drogas é suficiente para pagar as aparelhagens, a diferença do valor da cerveja e a estrutura da festa. Este método criminoso, ainda tem a "vantagem" de fazer novos usuários que movimentaram as diversas "bocas" espalhadas pelas periferias das nossas cidades.
O Governo Federal precisa discutir um Plano Nacional de segurança pública, incluindo alteração do art. 144 da Constituição Federal, para redistribuir as competências dos entes federados, deixando claro o papel dos municípios, inclusive como financia-los. O plano deve enfatizar o combate ao tráfico de drogas, motor da violência urbana generalizada.
É urgente que se tome providências em nível nacional e com envolvimento dos municípios, caso contrário será tarde de mais e a nossa juventude estará perdida.