Lamento deixar de publicar alguns comentários referentes a crise na OAB. Assumo que não os publiquei em respeito aos leitores, não os publiquei por serem acusações sem provas e baixarias, nada dignas da nossa classe, envolvendo até pessoas que nem sabem como esta briga começou.
Lamento terem transformado um debate de grande conteúdo jurídico sobre o papel da Ordem, em um processo de acusações éticas sem provas, articuladas por pessoas que não merecem o nosso respeito.
Teria sido bem melhor se aqueles que não concordavam que a OAB fosse dirigida por quem pensa diferente dos que estavam na instituição a tanto tempo expusessem suas divergências e chamassem a classe para mediar no voto. Teria sido diferente se o Presidente Nacional da OAB agisse como estadista e chamasse para si a conciliação, mas preferiu ouvir o pior lado do seu grupo. Teria sido bem diferente se os advogados de políticos não tivessem chamado seus clientes para participarem da nossas disputas internas. Teria sido diferente se a comissão de sindicância tivesse dado o direito de defesa e do contraditório aos acusados.
Houve quem divergisse do estilo de Jarbas administrar a OAB; discordaram das campanhas iniciadas pela Diretoria cobrando produtividade no Judiciário; agastaram-se com o apoio que os Maioranas deram a campanha da OAB contra corrupção na Assembléia Legislativa, etc. Tudo isto é perfeitamente compreensível e se resolve como nos velhos tempos da inteligência, expondo as divergências e partindo para o debate franco, mas transformar Jarbas Vasconcelos, Alberto Campos e Robério D'Oliveira, três brilhantes advogados de sucesso em bandidos, saqueadores do patrimônio da Ordem foi a gota d'água que levou a crise para o ralo, para o esgoto, justamente para o local onde os bandidos que pensaram nesta estratégia queriam, pois neste campo eles e só eles sabem jogar, ninguém vence essa gente no terreno enlameado onde eles sempre surfaram.
Não tenho medo de briga, mas não contem comigo para atacar inocentes, o blog não se prestará para isso e podem ameaçar a mim, a minha esposa e o meu Partido que não publicarei baixaria. Quando vocês tiverem conteúdo, estarei a disposição.
Quanto ao desfecho da crise, ainda acredito que o Conselho Federal ou o Poder Judiciário podem, nos recursos, rever a posição de intervenção e de processo ético, abrindo possibilidade para as pessoas de bem chegarem a um entendimento possível. Só as pessoas de bem podem encontrar o caminho do bem.