Não a intervenção na OAB

Na sexta-feira, 11.11.11, as 10hs, os advogados do Pará estarão na porta da Ordem para, democrática e pacificamente, demonstrarem o descontentamento com a solução equivocada que o Conselho Federal, em sessão secreta, adotou para crise artificializada na nossa Instituição local.

Ao optar pela intervenção apenas ouvindo e prestigiando a minoria, incluindo os derrotados nas urnas, a diretoria do presidente Ophir Jr., demonstrou de que lado sempre esteve neste processo. Ao receber o pedido de intervenção, a Diretoria Nacional, principalmente o presidente, poderia ter adotado uma atitude justa e inteligente, patrocinando a pacificação, com a conciliação das partes, mas ao contrário resolveu prestigiar o seu grupo político local, usando a força para derrotar a divergência.

A intenção malévola e golpistas já estava demonstrada na sindicância de apuração da venda do terreno de Altamira, onde três roteiros poderiam ser escrito e a comissão adotou como verdadeiro aquele construído pelos adversários de Jarbas e Alberto, ao longo de meses de desgastes nas páginas do Diário do Pará.

Os investigadores da OAB Nacional vieram para Belém, ao que pareceu, não com o intuito de apurar a verdade, mas exclusivamente de robustecer a mentira construída ao longo de uma série de reportagens encomendadas e divulgada aos poucos, no estilo Paul Joseph Goebbels.

Se Jarbas errou, como acusam seus detratores, ao não impedir que o Grupo ORM participasse da campanha contra corrupção ou ao denunciar juízes TQQs e assessores especiais e com isso magoou poderosos políticos, como ex-governador Jader Barbalho, o que dizer daqueles que utilizaram da ira de Jader (o ex-senador não gostou das ações de afirmação da lei da Ficha Limpa desenvolvida pela diretoria de Jarbas) para denegrir a imagem da Ordem nas páginas do seu Jornal?

A estória que foi construída pelos adversários do “Grupo OAB de Todas” foi a de que Jarbas, Alberto e Robério colocaram o terreno da Ordem à venda e tentaram comprar por um preço abaixo do mercado, causando enorme prejuízo para Instituição, e que a venda só foi desfeita depois de ser denunciada.

Os documentos e os fatos demonstram o contrário, a venda foi autorizada pelo Conselho, publicada em edital, com o terreno sendo avaliado pelo presidente da subseção e todos os cuidados foram tomados para evitar prejuízos para OAB. Com a desistência do comprador, qualquer possibilidade de dano foi para o espaço. Isto é fato. Mas eles insistem em espalhar a mentira.

Os golpistas, ainda passam a idéia que Jarbas falsificou a assinatura do vice-presidente Evaldo Pinto em uma procuração para facilitar a venda. De fato a assinatura foi falsificada, mas não a mando de Jarbas ou Alberto e sim com a anuência do Dr. Evaldo, pela funcionária de sua inteira confiança Cinthia Portilho. Jarbas e Alberto, ao tomarem conhecimento do fato, adotaram as providências cabíveis de apuração e punição, mas isto, para os hitleristas, pouco importa, a versão os beneficia e eles, mesmo sabendo da verdade, nunca a desmentiram.

Mas vejam se não tem uma outro enredo para esta venda, apenas para argumentar, suponhamos que alguns advogados de Altamira ou com interesse advocatícios em Altamira tenham se juntado para comprar o terreno da Ordem. Obtiveram da diretoria a concordância em levar a questão ao Conselho, aprovada a venda, por algum motivo desconhecido, perderam os prazos e não conseguiram se habilitar para o negócio, dai, mesmo estando tudo de conformidade com a lei, decidiram tentar melar a transação levantando suspeita sobre os ritos e o preço avaliado, que havia sido alterado com a autorização da implantação da Usina de Belo Monte.

A estratégia, que poderia ter apenas o objetivo de reabrir o prazo para oferta de um novo lance, acabou servindo como vendetta a oportunistas e políticos corruptos, que a utilizaram para golpear a justiça e a democracia, afastando do comando da OAB os indesejáveis advogados que sonharam um dia em implantar uma administração participativa, a serviço de toda classe e da sociedade paraense. O Conselho Federal, em nome da nossa amada instituição, ao não ouvir as vozes dos fatos permitindo o direito de defesa e do contraditório, serve de intrumento para uma inominável injustiça.

O terreno de Altamira tinha um prédio onde funcionava a sede da subseção, prédio este construído na gestão do Dr. Edilson. O prédio, construído com o dinheiro dos advogados, foi posto abaixo e ninguém reclamou dos prejuízos, da legalidade da atitude, por quê? Por que os que dizem querer a moralidade na OAB nunca se levantaram contra isso? Nunca se indignaram quando souberam que a OAB estava afundada em dividas? Nunca ficaram do lado dos advogados na defesa das prerrogativas? Nunca reclamaram contra os juízes TQQs? Nunca denunciaram a nomeação de filhos de desembargadores como assessores especiais do governador? Nunca fizeram uma campanha de combate a corrupção no Estado? Nunca cobraram desempenho do Judiciário local? Nunca cobraram transparência nas indicações da Ordem?

A OAB, com Jarbas e Alberto, mudou e mudou para melhor, os advogados e mesmo os adversários sabem disso, como não se faz omelete sem quebrar ovos, o preço da mudança foi o golpe daqueles que tiveram seus interesses contrariados, esta é a verdadeira e triste história que estamos assistindo no Pará e que amanhã - o número não importa - estaremos repudiando no Ato em frente da nossa casa, na Praça da Trindade, as dez horas da manhã.

 

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