As manifestações contra a intervenção decidida secretamente pelo Conselho Federal da OAB mostram o desapontamento da advocacia paraense por todos os aspectos que se possa analisar. Mas tem um em particular que remete a lembranças nada dignas de nossa história de paraenses.
Ophir Cavalcante Júnior, com este ato arbitrário de intervenção, injustamente perpetrado, com a nomeação de um interventor de outro Estado se assemelha a outros paraenses, filhos ingratos, que ao chegaram ao topo da carreira, traem os interesses dos seus pares e da sua amada terra.
Sarney é maranhense e amapaense e briga pelos interesses dos dois Estados. ACM sempre lutou em prol dos interesses políticos da Bahia. Gilberto Mestrinho deu o melhor de si para defender o Amazonas. Siqueira Campos é um aguerrido defensor dos tocantinenses. Assim faz Romero Jucá, Tião e Jorge Viana, por que só os daqui usam o poder conquistado para humilhar o Pará e sua gente?
Os políticos do Pará, homens destacados da nossa República, ao contrário dos citados, sempre que chegam a um cargo de destaque, usam o prestígio contra o nosso progresso e desenvolvimento, alguns usaram a força política para perseguir adversários e prejudicar interesses estaduais. Perdemos a ferrovia, o porto, a zona franca e tantos outros investimentos por causa da ingratidão dos nossos políticos, que preferem defender os seus próprios escusos interesses.
Ophir Cavalcante Júnior repete essa triste história de traição aos paraenses. Chegou a presidência nacional da OAB graças a união de todos os advogados daqui e para nós era com orgulho que dízimos desse feito. O grupo liderado por Jarbas Vasconcelos, ganharia a eleição estadual sem precisar do apoio dele, cedeu e fez a aliança necessária a vitória de Ophir a presidência da ORDEM. Ophir chegou lá graças a união da advocacia local, no Poder, usa-o para patrocinar a discórdia, a desagregação e a humilhação da advocacia paraense, patrocinando uma intervenção desarrazoada, com a nomeação de um interventor forasteiro a nos agredir.
É com essa indignação que um grupo de advogados, formados por advogados militantes, conselheiros, membros de comissão, decidiu convidar todos os colegas a um ato pacífico de protesto contra a intervenção na sexta-feira, 11.11, as 10h00, na Praça da Trindade, em frente do Prédio da OAB-Pará. Vamos dizer ao senhor interventor que tanto ele quanto a intervenção não são bem vindos e que aqui tem uma classe jurídica que merece o respeito.