O Partido Verde entende que a instalação da CPI não deve substituir a apuração conduzida pelo Ministério Público Estadual, mas será uma sinalização importante de que os atuais deputados não concordam com o roubo.
Os detalhes do roubo na Assembléia Legislativa, até agora apurado pelo MPE, surpreendem pelo nível de sadismo e de ousadia da atuação dos bandidos. Deputados prometiam cesta básica para pessoas pobres em troca de dados pessoais. As informações eram implantadas na folha de pagamento, gerava o contra-cheque que era sacado na boca do caixa.
O eleitor que teve o nome usado pela quadrilha, além de não receber o alto salário, terá que explicar-se com a Receita Federal, prestar depoimento nas investigações e comparecer em juízo para provar que nada teve com a bandalheira. É mole?
Segundo o presidente Manoel Pioneiro, a Assembléia Legislativa consumia 23 milhões de reais por mês, grande parte do dinheiro era esbanjado pelos ladrões. Este recurso, gasto para sustentar a quadrilha, podia ser usado para melhorar outros serviços como saúde e educação.
As madames que comandavam as falcatruas no Legislativo, usavam o dinheiro surrupiado para trocar de carros, comprar apartamentos de muitas suites, fazer cirurgias estéticas, adquirir bolsas e sapatos caros.
Os políticos paraenses envolvidos neste escândalo, além de proporcionar inúmeras mordomias as suas famílias, usavam os recursos surrupiados para comprar votos, ganhar novos mandatos e assim continuar fazendo girar a roda da fortuna com dinheiro alheio.
O PV lutará primeiro pela criação da CPI e depois de criada, incentivará a população a acompanhar passo a passo das investigações e que deve concluir pela punição exemplar dos culpados.
