Protesto tem símbolo: "por uma Belém mais verde", pois a Orla é de todos.


Membros da Rede Voluntária de Educação Ambiental acorrentaram-se simbolicamente aos portões do prédio de 23 andares que a construtora PREMIUN quer construir irregularmente num terreno aterrado que fica na Rua Nelson Ribeiro, esquina da Travessa Manoel Evaristo, no bairro do Telegrafo, as margens da baia do Guajará, fechando mais uma janela de Belém para rio.
Durante o protesto, que durou toda a manhã do dia 09.05, muitos moradores fizeram questão de manifestar o apoio a causa "por uma Belém mais verde", simbolizada pela luta contra esta privatização irregular da orla da Cidade empunhada pelos ativistas verdes da REVOLEA, muitos assinaram o abaixo-assinado contra a construção irregular.
O terreno era a única janela que as pessoas que moram por ali dispunham para ter acesso ao rio. Inclusive era deste terreno que, todos os anos, os moradores, organizadamente, assistiam a passagem do "Cirio Fluvial" em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré.
As pessoas que moram no local, mesmo dando apoio a manifestação da Rede Voluntária e sendo contra a construção irregular, mostram-se descrente com as providências das autoridades, pois os donos do prédio são influentes. Os moradores dizem que o terreno pertenceu a Engeplan e sabem que o senador Flexa Ribeiro é um dos sócios da empresa incorporadora, PREMIUN, por isso, segundo eles, os órgãos fiscalizadores não tomaram providencias até agora. Mas a presença dos ativistas e da Semma, que esteve na obra fazendo fiscalização, acendeu a esperança por uma providência em favor de Belém.
As irregularidades da construção estão por todas as partes. Moradores disseram, ainda, que a colocação de estacas passou um tempo paralisada por ter tocado numa material duro, com dificuldade de ser ultrapassado, quando os responsáveis pela obra escavaram o terreno, encontraram um casco de navio que esta enterrado no local. O casco então foi cortado para dar passagem a estaca e a obra está prosseguindo por sobre o navio soterrado. Será que isto não representa um risco futuro de que este prédio venha a desabar? Com a palavra o Crea, MPE e Seurb.
O protesto, sengundo os manifestantes, seguirá com uma audiência publica dia 10.05, as quinze horas, na sede da OAB, onde as pessoas poderão questionar os órgãos públicos responsáveis por cuidar da nossa Cidade de Belém, mas que estão autorizando obras irregulares que privatizam o acesso de todos ao rio Guamá e a baia do Guajará. Os ambientalistas prometem novas ações na área, desta vez uma pouco mais forte.
 

Posts Comments

©2006-2010 ·TNB