Divisão do Pará, nepotismo e ficha limpa foram os temas da sexta cultural na Fabel. Os debatedores eram Jarbas Vasconcelos, presidente da OAB; José Luiz, professor de antropologia; e Zenaldo Coutinho, chefe da Casa Civil do Governo do Estado.
Os debatedores, todos brilhantes, mostraram a estudantes e professores a necessidade de conhecer cada um dos temas, sendo que Zenaldo enfatizou mais a defesa de um Pará sem divisão, mostrando que a divisão enfraquece nossa luta por um novo pacto federativo.
Jarbas Vasconcelos acentuou o tema nepotismos e a moralidade publica, deixando bem claro a posição da OAB nestes casos e convidando a todos para estarem presente na grande marcha cívica contra a corrupção, dia 28.05, com saída prevista para oito horas da Praça da Trindade, em frente a OAB.
Coube ao professor de antropologia o papel de explicar as atitudes das pessoas que assume cargos na administração pública, do ponto de vista da formação histórica do povo brasileiro.
Eu que estava quietinho na platéia, apenas assistindo os interessantes debates, de repente, quando abriram a palavra para os alunos, fui chamado ao ringue. A aluna interpelou-me enfaticamente:
– que atitude o senhor como presidente do PV ou o PV tomará para fazer o deputado Gabriel Guerreiro assinar a CPI da Assembléia Legislativa?
Respondi que a Executiva do PV é totalmente favorável as investigações e que a CPI significará um gesto positivo dos parlamentares na direção da moralidade, gesto este esperado por todos os cidadãos de bem. Por isso a direção aconselha que o deputado assine a comissão.
Outro estudante, mas atento, resolveu aprofundar o debate questionando o papel dos partidos políticos. Disse a jovem: - o mandato é do Partido, pois durantes as campanhas eleitorais são os partidos que apresentam os candidatos para o eleitor votar.
Fiquei calado, pois não me deram mais o microfone já que eu não era debatedor, mas fica aqui as indagações que não são fáceis de responder: O mandato é do partido ou do parlamentar? Se o parlamentar não segue a orientação do seu partido ou que fazer?