Estou em Brasília, no Hotel, na porta do elevador, dois homens falavam empolgados para uma senhora sobre a divisão do Pará. Justificavam que o Estado é muito grande e o Governo não dá conta de administrar. A senhora perguntou, com o que Carajás contará para seu desenvolvimento? Eles falaram das minas e da riqueza mineral, do gado, de Tucurui e por ai foram. Eu, ao lado, só escutava. A senhora voltou a questionar, e o Tapajós ficará com que? Ah, ficará com a Hidrelétrica de Belo Monte, disseram os dois homens que não consegui identificar. A senhora então deu uma pausa e voltou a indagar, e o Pará ficará com o quê? Eles disseram, ah, com pouco menos de um terço e com a riqueza que já tem. Ela, de bate pronto, disse, escuta, mas o Pará hoje tem tudo e vai perder? E completou, assim não fica bom! Os dois se olharam, ficaram sem palavras, e a senhora desceu no décimo andar, sumindo no corredor do hotel. Os dois ficaram com um ar de a...é... Eu, quis agradecer aquela desconhecida, dizer-lhe que basta um pouco de inteligência para perceber que a divisão é ruim, mas não tive tempo, por isso relatei o fato.
Enviado do meu BlackBerry® da Oi.