A internet, nesta eleição, foi muito importante na opção dos eleitores.
Amanhã (03.10), oito horas, abrem-se as urnas para colher a vontade política do povo brasileiro. Mesários, brasileiros voluntários a serviço da democracia, estarão a postos. Servidores da Justiça eleitoral, também. Dirigentes políticos sérios ajudaram a fiscalizar e legitimar o pleito.
O cidadão, que acordou cedo, pegou seu título e um documento de identidade, dirigiu-se ao seu local de votação para exercer sua livre vontade. Muitos já estão com a colinha na porta cédula ou na bolsa com todos os números anotados, de deputado estadual ao presidente da república.
Candidatos sérios, honestos, éticos, cheios de bons propósitos, irão votar, apreciar um pouco o movimento e se recolher a espera do resultado. Este é o retrato de um país ficha limpa, moderno, democrático e pronto para o século XXI.
Do outro lado, o cenário é obscuro, sombrio, frio, tenebroso. No escondido atuam os fichas sujas. Candidatos sem propostas, sem projetos e de procedência duvidosa. Eles e seus cabos eleitorais estão prontos para fraudar a vontade popular e farão de tudo para obter seu desiderato.
A dias estão cadastrando gente que querem vender o voto. Estas pessoas serão disfarçadas como formiguinhas, boca de urna ou fiscal de eleição. Alguns apenas precisam votar e levar o voto da família para o candidato, após isso receber certa quantia em dinheiro.
Outras ficarão nas esquinas, próximo as sessões eleitorais, querendo, a todo custo, mudar a opção de voto do eleitor. Empurram os santinhos, puxam conversas, propõe acertos, sem que as autoridades o importunem.
Mas não é só isso. Na madrugada deste sábado, cabos eleitorais estarão visitando casas de famílias numerosas na periferia das cidades para entregar a quantia em dinheiro previamente combinada para pagar pelo voto de todos. Outros receberão o dinheiro das passagens e uma gratificação para votar no interior do Estado.
Mesmo sabendo de tudo isso, eu que lutei contra a ditadura militar por democracia e participei dos movimentos por uma política limpa, estou bastante animado. Sinto que muitos políticos bandidos vão ficar decepcionados ao ver que seus esquemas tiveram pouco efeito, o povo está mais informado e consciente nas suas escolhas.
O que mudou? A internet foi importantíssima. Não como elemento de campanha para os candidatos, nesta área ainda jogou um papel ínfimo, mas como instrumento de comunicação e informação para os eleitores, pro bem e pro mal.
As redes sociais foram ocupadas por jovens de periferia para saber a vida e as propostas dos candidatos e trocar informações entre si. Estas informações, obtidas na infovia, foram socializadas com os pais e vizinhos que não tem acesso ao mundo virtual e agora concreto, criando um clima favorável à conscientização, esta tarefa foi completado pela grande mídia, pelas ONG´s, Igrejas e outras instituições sérias.
Estou feliz, embora saiba que o resultado geral ainda não será de todo satisfatório por culpa das regras eleitorais que são complexas e dominadas por poucos, mas isso é matéria para uma boa reforma política a ser feita num futuro próximo.
