Violência no Pará atormenta os pobres e apavora os ricos

Mortes por execução, latrocínios, assaltos aos montes e outras formas de violências atormentam os mais pobres e apavoram os ricos de todas as cidades paraenses. Antigamente era só em Belém ou na Região Metropolitana, mas hoje os delitos violentos ganharam as estradas e rios e foram importunar as vidas mais simples e mais pacatas do Pará.

A área de segurança pública não dá sinais que está no comando da situação, pois não desvenda assassinatos como o dos ambientalistas de Nova Ipixuna, mortos a mais de mês, e que é uma exigência nacional, com pressão de todos os lados, muito menos desvendará as execuções que são feitas na periferia de Santarém, Marabá ou na Região da Grande Belém. Para estas execuções de pessoas pobres, os policiais já tem o mote do “acerto de contas” e fica por isto mesmo.

O pior é que  para as vítimas dos assaltos fica o trauma permanente de ser humilhado, sentir-se impotente diante da arma e da violência do bandido, este não sai mais.

Em qualquer rodada, em qualquer casa desta Belém, temos uma pessoas que já foi assaltada ou viu alguém ser assaltado, o pior é que depois do assalto procurou a polícia, registrou a ocorrência e nada foi feito, nunca mais um membro dos órgãos de segurança pública retornou ao cidadão assaltado para dar qualquer satisfação.

O sentimento de insegurança está nas ruas e a sensação de que estamos abandonados pelas autoridades também. Volto a insistir que é preciso atuar em duas frentes. Num ponta fazendo programa de inclusão social e na outra utilizando a inteligência no lugar da força.

Dentre os programas sociais de inclusão estão os de educação e os de esporte. Se o Governo criasse alguns centros esportivos na RMB e nos centros urbanos para melhorar a auto-estima desta imensa massa de jovens, creio que seria de grande serventia e daria algum resultado.

Na área de inteligência proponho que uma equipe multiciplinar estude o banco de dados do sistema penal e conheça o perfil dos presos e das suas famílias, quem sabe o Estado não se aproxime melhor das causas da violência, ao invés de trabalhar apenas no efeito.

 

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