Ato contra o desmatamento e construções irregulares na ilha de Caratateua (Outeiro)

Está sendo implantado, na área norte da ilha de Caratateua, um empreendimento imobiliário de grande porte num terreno de 4.365.891 m², que ocupará parte das margens do furo do Maguari e da nascente do igarapé queiral. O Alphaville Belém prevê em sua primeira fase, a
implantação de um condomínio com 495.431 m², sendo um residencial com 429 unidades – de 450 m2 a 831 m2 –, uma área comercial com 34 unidades, um clube social, com mais de 21.900 m2, e quatro praças. Ao final da fase 1 serão 2.145 habitantes, estando previstas 7 fases ao todo. Anunciam ainda a construção da “maior marina da Amazônia” com mais de 600 vagas náuticas. O que causa espanto no entanto, não é a grandiosidade da obra, mas o fato de que, dado o seu porte e consequente impacto sobre uma Zona Especial de Interesse Ambiental e
sobre às margens do Furo do Maguari e, segundo constato em recente fiscalização da SEMMA, o empreendimento não possua os estudos ambientais necessários para o seu licenciamento ambiental.
No outro lado, na orla da Baia de Santo Antônio, constatou-se que os “movimentos sociais” iniciaram a ocupação irregular de uma área de várzea do igarapé queral. Esta área, importante para a manutenção dos recursos hídricos locais, está sendo desmatada e, segundo denuncia dos
moradores das comunidades do Fama e Tucumaiera, loteadas e vendidas para famílias que não precisam verdadeiramente de moradia. Por tudo isso, a Rede Voluntária de Educação Ambiental e o Fórum de Desenvolvimento Sustentável das Ilhas de Belém estarão realizando amanhã (28/07), às 10h, um protesto, na ponte do outeiro. A ponte será fechada com correntes e os manisfestantes estarão no interior de uma bolha de plástico para simbolizar a bolha da calor que tem se tornado a nossa cidade com a perda  cada vez mais acelerada de nossas áreas
verdes.
Reivindicaremos da SEMMA multa e embargo imediato da obra do Alphaville Belém até que apresentem os estudos ambientais e um plano de compensação ambiental para a área do entorno do empreendimento, além de medidas urgentes das autoridades ambientais para barrar o desmatamento causado nas comunidades do FAMA e Tucumaiera, pelo movimento de invasão.
 

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