Sendo uma das cidades mais antigas do Pará, minha segunda Cidade, Bragança, completa hoje 398 anos de fundada. Esta data é contada da presença dos franceses e não dos portugueses. Quem fundou Bragança para os bragantinos foi o Daniel de La Touche, sob o título de Senhor de La Ravardière, um experiente capitão da Marinha Francesa, que veio da costa do Maranhão para tomar conta do Pará. Entrando na baia do Caeté, foi até o ponto onde localizou a aldeia dos
Caeté. Os portugueses viram depois para expulsar os franceses e também os primeiro habitantes.
Bragança, dominada pelos portugueses, guarda relíquias do período colonial, mas até hoje ainda mantém um elo com a presença francesas, é o pato bragantino, que em sabor não tem igual, do tipo barbárie, é o mesmo que os franceses usam para fazer o famosos "foie gras". Este pato, quando misturado ao tucupi e ao jambu, elemento da cultura indígena, vira uma comida dos deuses. Para completar o prato, nada como uma farinha "da boa".
O que Bragança tem de melhor, além dos peixes, dos pratos, das praias, dos igarapés, é a cultura local forte e enraizada, seja no falar ou nas diversas forma de transmissão de valores. Dentre as manifestações locais, a mais forte é a devoção ao "Santo Preto", o Santo que o bragantino, com intimidade, chama de "São Bené". A festa de São Benedito, também conhecida como Marajuda de São Benedito, encerra-se oficialmente no dia 26.12, com a procissão, mas, de fato, dura o ano inteiro. Vá lá, vale a pena conhecer.
Encerro minha pequena homenagem a minha segunda cidade com a história do poeta bragantino, Fernandes Bello, publicado no Blog do João Jorge Reis
zecarlosdopv@gmail.com