O Livro lançado, ontem (28), foi organizado pela doutora em comunicação Josebel Akel Fares e contou a participação dos escritores Advaldo Castro Neto, Joelciléa de Lima Ayres Santiago, José Denis de Oliveira Bezerra, Merynilza Santos de Oliveira, Renata dos Lameira, Urubatan Ferreira de Castro, Venize Nazaré Ramos Rodrigues e Wellingson Valente dos Reis.
O livro quer recuperar a memoria sociocultural de Belém, de 1940 a 1960. Esta dividido em três desenhos, como denominado pelos seus autores. O primeiro trata das orientações teóricos, metodológicos e intérpretes. O segundo está alicerçado nos depoimentos de dez internos da Pia União do Pão de Santo Antônio. O terceiro desenho extrai suas linhas dos depoimentos de artistas.
Retirei um depoimento, bem ilustrativo de como era Belém no período abordado:
“O leite era vendido em uma carrocinha o gelo numa serragem de madeira, de tarde era a matança do boi no Curro, ai a carne era vendida em carros de mão, com a balança. O vendedor pendurava os pesos na balança e botava tudo em cima para conferir os quilos. O padeiro vendia o pão naquela cesta grande de cipó. Um dia vinha o pão cacete, o japonês passava com uma cesta vendendo pão lulu, aquele pão massa fina em feitio de violão (maria José, 2004)”
