Você sabia que de Belém partiram todos os equipamentos e artefatos militares para fortificar e garantir o domínio português sobre a Amazônia?
Você sabia que Belém tinha um Governo próprio, independente do Rio de Janeiro, ligado direto a Portugal?
Você sabia que foram as ordens religiosas: Jesuítas, Franciscanos, Dominicanos, Carmelitas que catequizaram os índios e os tornaram amigo dos colonizadores?
Você sabia que Antônio Landi, arquiteto italiano, desenhou e construiu todas as obras do século XVII, sendo devoto de Santa´ana, construiu sua Igreja e lá foi sepultado?
Você sabia que Landi herdou o sitio e a fazenda Murutucu, onde hoje está localizada a EMBRAPA?
Você sabia que o Colégio Santo Antônio e a Capela da Ordem Terceira de São Francisco, foram alvo de disputa das duas ordens religiosas e que até hoje guardam a memória desta disputa, basta ver o altar dedicado a Santa Paula Francinete?
Você sabia que a luta cabana é considerada uma das mais importantes batalhas populares do mundo, pois o povo de fato conquistou e exerceu o poder?
Você sabia que as Praças D. Macedo Costa e das Mercês foram os locais de grande acontecimentos cabanos?
Você sabia que o Cônego Batista Campos foi um figura muito importante para a cabanagem, sendo, inclusive deportado de Belém e preso na Ilha de Fernando de Noronha?
Você sabia que o gráfico cearense Lavor Papagaio foi o mais importante jornalista da Revolução Cabana?
Você sabia que 300 líderes cabanos foram presos, acorrentados, jogados no porão do Brigue Palhaço e mortos por asfixia com cal?
Você sabia que os arqueólogos localizaram um importante sítio arqueológico, ali onde fica a residência do presidente da CDP, no qual devem está os restos mortais dos cabanos mortos no Brigue Palhaço?
Você sabia que o líder cabano Eduardo Angelim, governou o Pará em nome do povo, contra a coroa portuguesa?
Você sabia que após a derrotar da revolução popular as forças legalistas, ligadas a coroa portuguesa, trataram de apagar a memoria desta importante luta, e que o maior líder cabano, Eduardo Angelim, tem como homenagem apenas uma praça no Bairro da Sacramenta?
Você sabia que o primeiro planejador urbano de Belém foi Jeronimo de Albuquerque, sendo de sua autoria a primeira expansão da Cidade, ligando o Largo do Pólvora (Praça da República) ao Largo de Nazaré?
Você sabia que a Avenida Governador José Malcher já foi chamada de São Jerônimo em homenagem a este importante governador do Pará?
Você sabia que Antônio Lemos o segundo e mais importante planejador urbano de Belém concretizou importantes obras para nossa Cidade? Foi dele a idéia da Praça Batista Campos, o desenho das ruas dos bairros do Marco da Légua e da Pedreira, do Bosque Rodrigues Alves, do Teatro da Paz?
Você sabia que Antônio Lemos concedeu ao arquiteto e engenheiro Francisco Bolonha o direito de construir quiosque iguais ao que da Praça da República, que esses quiosque foram todos quebrados em uma revolta popular sobrevivendo apenas o da Praça da República?
Você sabia que Antônio Lemos decidiu trocar a arborização de Belém, antes feita de taperebazeiros, por mangueiras, por causa dos frutos, pois os taperebas caídos nos paralelepípedos, provocavam muitas quedas nas senhoras?
Você sabia que foi durante a ditadura militar que Belém perdeu importantes monumentos como o Reservatório Carlos Gomes, o Central Hotel e a Fábrica Palmeiras?
Você sabia que foi após a abertura da Rodovia Belém-Brasília e a implantação dos Grandes Projetos, Belém inchou e perdeu sua característica planejada e bucólica?
Você sabia que durante os anos oitenta Belém experimentou muitas invasões ou ocupações urbanas que a descaracterizaram definitivamente?
Depois de saber de tudo isso e ainda mais que faltou ser dito, qual é a Belém que podemos ter neste poucos anos que faltam para 2016? Devemos enfrentar o problema de transporte e trafego, do esgotamentos sanitário e da poluição da baia do Guajará e Rio Guamá, do lixo e do aterro sanitário do aurá, da segurança pública, da arborização urbana, de mais praças e parques, do crescimento imobiliário, do ordenamento das vias públicas, do comércio ambulante e do transporte clandestino, do futuro das nossas ilhas, das ciclovias e ciclofaixas, das questões ambientais para tornar Belém sustentável.
São esses os nossos compromissos com o futuro da Metrópole da Amazônia.