Dona Zilda Arns fundou a Pastoral da Criança da CNBB, mobilizou e capacitou mais de 240 mil voluntários, que atuam em 40.853 comunidades em 4.016 municípios. A entidade acompanha hoje quase 95 mil gestantes e mais de 1,6 milhão de crianças pobres menores de seis anos.
Zilda Arns, uma viúva, mãe de cinco filhos, médica sanitaristas, que resolveu salvar crianças da desnutrição, através de um programa de voluntariado, viveu para fazer o bem e morreu fazendo o bem, através de um programa privado, particular, não governamental.
Muitos que acreditam apenas no prazer do dinheiro devem pensar agora: do que adiantou fazer o bem e morrer numa tragédia?
Zilda Arns, para os que acreditam em um Deus, está hora, está ao lado do Criador e ganhou direito de participar do julgamento final das almas penadas que, aqui nesta Terra, apenas fazem para si e por si. Pessoas que passam por aqui sem deixar qualquer vestígio de bem. Pobres de espírito.
Dona Zilda é um exemplo digno de ser humano, próximo daquilo que Deus pensou para todos. Aqui ficam suas obras, seu nome e seu valor. Vá em paz, juntar-se aos escolhidos por Deus. Como disse Jesus Cristo: “Deixai que venha a Mim as criancinhas”
Encero esta nota de pesar, tomando emprestado as palavras do Bispo Emérito de São Paulo e irmão de Zilda, D. Paulo Evaristo Arns:
"Acabo de ouvir a emocionante notícia de que minha caríssima irmã Zilda Arns Neumann sofreu com o bom povo do Haiti o efeito trágico do terremoto. Que nosso Deus em sua misericórdia acolha no céu aqueles que na terra lutaram pelas crianças e pelos desamparados. Não é hora de perder a esperança."
