Mulheres são massacradas, na política.

E pensar que as mulheres conquistaram o direito de voto no Brasil apenas em 1932 e já venceram as eleições a presidência da república! Parece muito, mas ainda estamos longe desta tão sonhada igualdade entre homens e mulheres.

Nas fábricas e escritórios, a mulher ainda ganha menos que o homem na mesma função, mas é na política que esta desigualdade se manifesta com toda a sua força. Começa pelos cargos de senadores. São três por estado. No Pará todas as vagas foram preenchidas por homens. Depois da saída de Marinor Brito, primeira senadora da história do Pará, os senadores do nosso estado são: Mário Couto, Flexa Ribeiro e Jader Barbalho, homens. Temos direito a dezessete deputados federais e apenas uma mulher, Elcione Barbalho, compõe a bancada do Pará. Na Assembléia Legislativa, dos quarenta e um deputados estaduais que compõe o Parlamento, apenas sete mulheres resistem bravamente aquele ambiente machista insuportável. Duas bravas mulheres, Vanessa e Tereza Coimbra, enfrenta trinta e três homens vereadores na Câmara Municipal de Belém, é um massacre de gênero.

O quadro de representação política é a imagem decisiva que o ideal de igualdade ainda está longe de ser alcançado. Não é por pena das mulheres que devemos buscar a igualdade de representação, mas por uma imposição democrática fundamental. Se as mulheres representam cinqüenta por cento dos habitantes e o mesmo percentual de eleitoras, não ter representantes na mesma proporção compromete o sistema representativo do País.

Neste dia internacional das mulheres além de dar-lhes os parabéns, peço que vocês invadam os partidos políticos, ocupem seus postos nas direções das agremiações e acabem de vez com esta nódoa na nossa democracia representativa, é urgente.

 

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