Ruas de Belém

A pedido do Diretor Geral da Semma, Dr. Celso Botelho, vamos falar hoje da Travessa Padre Eutíquio.

Começo lembrando que meu pai gostava de fazer adivinhações. A noite, após o jantar, reunia os filhos e lançava os enigmas para adivinharmos.  Um deles era “qual a travessa que vai do Rio a Bahia?”  Era a Padre Eutíquio, que sai do rio Guamá, ali na Cremação e finda na baia do Guajará, no Comércio.

Sempre usando o auxílio do historiador Ernesto Cruz descreveremos características do homenageado, mas nesse caso atente para o fato do relato trazer um certo preconceito pelo fato de Padre Eutíquio ter sido um maçom de grande destaque.

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A Travessa homenageia Padre Eutíquio Pereira da Rocha. Exerceu importantes funções políticas no Pará, durante o ciclo imperial. Dom Antônio de Almeida Lustosa, na sua excelente obra denominada Dom Macedo Costa, usa das seguintes expressões, referindo-se ao padre Eutíquio:

“…Nesse mesmo ano (1880), morre o desventurado padre Eutíquio Pereira da Rocha, que tanto fez sofrer o prelado e a igreja. Em vão dom Antônio tentou chamá-lo ao bom caminho. Mandou distinto sacerdote à sua casa, na última enfermidade, mas nada obteve.

Após 14 anos de suspensão, já velho, envolto nas malhas da Maçonaria, partiu desta vida para o tribunal de Deus”

A travessa Padre Eutíquio foi antes chamada de São Mateus, tendo servido, nos tempo coloniais, de divisa aos bairros da Cidade Velha e Campina.

 

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