Acabo de ler o livro “Erros nas pesquisas eleitorais e de opinião” de Alberto Carlos de Almeida.
Claro que não li este livro motivado pelas últimas pesquisa do IBOPE no Pará que vem sendo distribuída fartamente através de e-mail.
O que me levou a ler o Livro foram os erros históricos e criminosos que o IBOPE vem cometendo impunemente nas eleições aqui no Pará.
O mais recente foi na campanha para prefeito. A candidata Valéria obteve número de votos bastante inferior aos que apontavam as pesquisa deste instituto.
O Livro trata dos erros amostrais e não amostrais. O erro amostral mais conhecido é o tamanho da amostra. Já na categoria de erro não amostral temos o erro de cadastro, o erro associados à não resposta e os erros de medição.
O Livro mostra, com bastante objetividade, que a posição da pergunta no questionário tem grande influência no resultado da pesquisa. O exemplo citado é do caso Benedita da Silva, negra, candidata a prefeita do Rio de Janeiro em 2000.
Quando o questionário fazia 20 perguntas sobre tolerância racial e eleitor lembrava do nome de Benedita. O mesmo não acontecia quando as 20 perguntas eram sobre política.
É preciso ficar atento com essas pesquisas divulgadas pela metade que não permite conhecer detalhes importantes como: amostra, questionário e todos os resultados.
Estes detalhes são o mínimo capaz de permitir dar crença aos resultados e poder fazer o que Vic Pires Franco chama em seu Blog de cruzamentos.
A Justiça Eleitoral paraense bem que podia chamar o autor do Livro e o cientista político Antônio Lavareda para ministrar cursos ao juízes eleitorais, que vão atuar no próximo pleito, sobre pesquisas: erros e manipulações.
Os juízes, após um bom treinamento, estariam mais aptos a liberar a publicação de pesquisas.