O IBOPE é uma instituição que tem dívidas com Belém e precisa, urgente, resgatar sua credibilidade, arranhada pela última eleição municipal, quando inflou, durante toda campanha, os percentuais da candidata Valéria Pires Franco. A candidata aparecia tecnicamente empatada com o líder da pesquisa Duciomar Costa, mas acabou em quarto lugar.
Edmilson Rodrigues, que agora aparece com um grande beneficiado, com um percentual de 42% das intenções de votos, foi vítima em duas eleições das armações do IBOPE. Lembro de um resultado de pesquisa que ficou sendo negociado nos bastidores, quando agentes ofereciam a manipulação da margem de erros. Até um Jornal teve que ser reimpresso para comportar um empate técnico salvador as vésperas do pleito.
Edmilson Rodrigues agora está sendo atraído para uma nova farsa. Querem que ele legitime a pesquisa para depois mostrar uma tendência de queda, quando então não poderá reclamar de nada.
O IBOPE de domingo é missa encomendada, foi preparado para alimentar os programas eleitorais e o resultado das próximas pesquisas. O que é estranho, sem dúvida, é a passividade do Ministério Público Eleitoral, tão duro com os pobres candidatos que erram meio centímetro na pintura de um muro, mas tão passivo com a manipulação das pesquisas. Depois não digam que eu não avisei.