A Prefeitura Municipal quer cobrir o canal da Doca de Souza Franco alegando que o fedor provocado pelo esgoto a céu aberto é insuportável. O projeto é um mistério e será mais uma obra que ficará pela metade.
Para atrair o interesse da população que ali reside, a Prefeitura acena com praças e áreas de lazer que valorizariam o patrimônio de cada morador.
O projeto não passa de truque do prefeito em final de mandato para criar polêmica, numa estratégia de marqueting e de finanças. De marqueting, para deixar a sensação de que é um prefeito que fez muito e que suas obras precisam de um sucessor para dar continuidade. De finanças, por ser uma forma de fazer caixa com contratos milionários entregues a apoiadores de campanha. Genial.
A Doca de Souza Franco era antes o Igarapé das Almas, no qual a prefeitura deixou escorrer todo o esgoto da área do Reduto e Umarizal sem qualquer tratamento, até matá-lo.
O antigo e histórico Igarapé virou uma vala fedida por causa dos esgotos. A solução seria fazer estações de tratamento, onde as águas servidas contendo contaminantes de todos os tipos, seriam recebidas, passariam por tratamento e depois devolvida em condições ambientais aceitáveis.
Daria até para salvar o antigo Igarapé e livrar a Baia do Guajará, que junta com o Rio Guamá, recebe 150 toneladas diárias de esgoto sem qualquer tratamento.
A Prefeitura prefere o caminho mais fácil, passar uma laje por cima do canal escondendo a fedentina, adiando a solução ambiental e empurrando o problema para o futuro, onde nossas crianças viverão. Qualquer dia, quando o Rio Guamá começar a feder vamos assoalhá-lo?
A nossa responsabilidade com o futuro começa agora, repudiando este tipo de administrador que deliberadamente quer nos enganar.
Devemos cobrar nestas eleições compromisso sérios com nossa cidade que está prestes a completar 400 anos. Um sistema de tratamento de esgoto é fundamental para o nosso futuro.