Amazônia+20

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Participei hoje pela manhã do evento Amazônia+20, organizado pelo POEMA, no auditório Benedito Nunes, do Instituto de Ciências Jurídicas, da UFPA. Na mesa estão o deputado federal Arnaldo Jordy; Thomas Mistchen, do POEMA; Bessa, da Funai; Cláudia, da SEMA; Waldecir, liderança do povo Tembé; Virgilio, da Fundação Sustentável da Amazônia. O tema da mesa abordou: Territórios de populações tradicionais, serviços ambientais e o futuro da Amazônia.

Aproveitei a presença do Virgílio Viana, da FSA para destacar a estratégia dos dirigentes do estado do Amazonas que, diferente dos paraenses, no lugar de apenas se lamentarem, partem para vencer os desafios com idéias inovadoras e inclusivas, como é o caso dos projetos que a Fundação Sustentável vem desenvolvendo em parceria com Bradesco, Coca-cola e tantas outras empresas, para melhorar a qualidade de vidas das populações tradicionais. No Amazonas ninguém espera pelos outros e nem os políticos ficam acusando a Lei Kandir ou a União pela incompetência local em encontrar saídas. A elite amazonenses é bem mais moderna que a elite paraense, isto faz a diferença.

Propus que o encontro leve para Rio+20 propostas concretas de pagamento por serviços ambientais e que lancemos as bases para uma nova economia, baseada no saber das populações tradicionais e nos arranjos produtivos tecidos pela própria sociedade local. A classe política e o estado não querem ou não tem capacidade para solucionar os problemas dos seus cidadãos. A máquina pública é cara, custosa e ineficiente. A classe política, por seu turno, aprisionou o poder para resolver e proteger os seus próprios interesses. 

O Virgilio Viana, na sua manifestação final, propôs que o encontro leve para a reunião de Governadores da Amazônia a proposta de REEDD Indígena, que permita a venda de crédito de carbono das florestas protegidas em terras indígenas, e que os recursos sejam utilizados no financiamento de melhor qualidade de vida para as pessoas.

 

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