Estado está dividido sobre Belo Monte

O Governador criou um grupo de trabalho presidido pelo vice-governador Helenilson Pontes para acompanhar Belo Monte. Helenilson foi a OAB, acompanhou a representação da Ordem até a audiência com o Ministro das Minas e Energia e começou a inserir o Estado no debate sobre a construção da Usina Hidrelétrica.
Quando tudo parecia caminhar serenamente, o Governador nomeou o ex-deputado Nícias Ribeiro como secretário especial para área de energia. Fiquei logo apreensivo, por que dois dirigentes para cuidar do mesmo problema? Sim, pois como é que Nicias exerceria sua tarefa de cuidar de energia deixando Belo Monte de fora. Não deu outra, o Secretário partiu logo para Belo Monte e Comitê Gestor do Plano Regional Sustentável do Xingu dizendo que vai administrar um fundo de R$ 3,5 bilhões. Pergunto: como fica o Grupo criado e presidido pelo vice governador?  O vice governador vai ser comandado por um secretário sem pasta? De uma coisa tenho certeza, só unido é que o Pará sobreviverá a Belo Monte.
O Estado está fora oficialmente de Belo Monte, não faz parte do consórcio e não compõe o grupo interestitucional previsto nas condicionantes. A única possibilidade de participação é integrar Plano de Desenvolvimento criado pelo  DECRETO Nº 7.340, DE 21 DE OUTUBRO DE 2010. cuja coordenação e da Casa Civil da Presidência da República, indicando cinco representante.
Quanto ao dinheiro que Nicias Ribeiro diz que o grupo Gestor vai administrar, pergunto de onde virá os tais R$ 3,4 bilhões? Se for o dinheiro para cumprir as condicionantes virá do Governo Federal e do Consórcio Norte Energia. Este entregarão os recurso para o grupo criado por Nícias Ribeiro?
Nicias não tem e não terá os dinheiro e nem o fundo que anunciou, portanto o que fez, aliás não fugindo a prática tucana, foi um factóide com objetivo de desmerecer e isolar o grupo de trabalho presidido pelo dr. Helenilson Pontes, mas sem nem uma ganho adicional para o Pará. Brigas políticas nesta fase de Belo Monte não levarão a nada e perderemos novamente.
Além disso, lembro que o Grupo de Trabalho criado pelo Governador foi resultado de uma audiência com a OAB, ao esvaziá-lo com a criação da Secretaria Especial e do Grupo Gestor, Simão Jatene faz um sinal negativo para a prórpia Ordem.
 

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